12.10.10

A baixa Conveniente mesmo sem ser Pombalina

Já não me lembro quem chamou ao anterior Procurador Geral da República "gato fanhoso".
Sei que a partir desse dia em minha casa adoptamos essa alcunha.
A sua voz nasalada e aquele ar sorridente olhando o infinito, faziam de facto lembrar um tareco fanhoso.
Este não. Este com um olhar sibilino, parece estar sempre a dizer entre dentes:- Já t´entalo.
É o estilo de pessoa, que eu se puder, atravesso o passeio não vá distraidamente pisá-lo.
Ai valha-me deus;porque tem mesmo ar de quem não perdoa nem um cêntimo quanto mais uma pisadela.
Este estilo de gente, anda sempre de mãos nos bolsos; ou sacam uma arma ou metafóricamente dão-nos com a que trazem entre mãos.
Fica-lhe bem o título de Procurador; não faz outra coisa senão procurar um para entalar.
(Lá está este a atacar o carácter das pessoas, dirão alguns dos que me lêem).
Quer dizer; um gajo passa a vida a escolher com quem se vai deitar o resto da vida, e mesmo assim farta-se de falhar; mas se for um sacana qualquer que nos pode tramar a vida sem nos conhecer sequer, cai o Carmo e a Trindade porque, não se deve fazer, etc etc.
Wilhem Reich, escreveu um tratado volumoso a que chamou exactamente Análise do carácter, indo mais além do que Freud foi.
Sem me estender muito, ele(Wilhem)diz que o homem se torna hostil ao meio que o rodeia, (chamando a este fenómeno, a alienação sócio-económica), até se identificar com esse meio.
Se não se identificar com o meio, entra em desespero, e ou ataca desvairado ou foge.
A propósito os meninos pequenos também fingiam doenças quando faziam asneiras.
Estamos entendidos???????

Rui Viana Jorge

1 comentário:

Anónimo disse...

Sem quaisquer margens para dúvidas.
Eu não quero, sinceramente, que a doença que provoca a suspensão do seu mandato seja grave, mas gostaria que o ar na Procuradoria se tornasse mais saudável e menos permeável aos ventos mais fortes.
Onde vivemos as gaivotas cagam quando menos esperamos, onde está o dito cujo fazem-no, segundo parece, por encomenda.
Um abraço, caro Rui