23.11.06

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Está, como se vê, lançada a guerra no PS de Matosinhos.
Além dos ataques pessoais que já por aí andam, e estão escarrapachados nos jornais, há algumas questões que se podem levantar:
1 - Porque é que o Narciso Miranda e os seus apoiantes não apresentaram listas concorrentes ao congresso?
2 - Porque não quiseram correr o risco de obter resultados irrisórios?
3 - Porque os seus apoiantes que foram eleitos na lista da concelhia ficavam numa situação dificil, por ter de optar?
4 - Porque é que o Narciso Miranda esconde que foi convidado para integrar a lista da concelhia e recusou?
5 - Porque esconde que o processo disciplinar que foi instaurado contra o António Parada é o mesmo em que ele e o Manuel Seabra também eram arguidos, e que "morreu" porque não interesava ao partido apurar a verdade do que aconteceu na Lota e que, em rigor, foi da única e exclusiva responsabilidade dele, Narciso?
6 - Que essa "extinção" permitiu ao Narciso, através do Jorge Coelho desinar o executivo da Câmara?
7 - E que apesar de o terem os dois tentado, não conseguiram evitar que o Parada se candidatasse á Junta?
8 - Será que os amigos do Narciso se vão demitir da Concelhia?
9 - E arriscam-se a provocar novas eleições?
10 - E isso não seria antecipar um conflito que neste momento pode não lhes interessar?
11 - Se forçarem o Guilherme Pinto e os veredores a tomar posição desde já, isso não pode suscitar a manutenção da confiança da concelhia nos eleitos?

Matosinhos Hoje

Narciso Miranda
Notas soltas...
3- O DESCONTENTAMENTO dos socialistas de Matosinhos e do distrito do Porto vai alastrando como uma mancha de óleo. Praticamente em todos os concelhos se sente reacções negativas a comportamentos mais sectários, mais autistas, com sinais de intolerância e revanchistas. É pena. O governo está a fazer o que Portugal precisa, governando com grande espírito reformista e com grande capacidade de preparar o futuro. O Primeiro-ministro demonstra grande competência politica e de gestão e uma determinação capaz de responder aos grandes desafios de Portugal. O governo precisa de um PS coeso e determinado para, no terreno, explicar e defender as medidas governamentais e para este combate são precisos todos os socialistas sem excepção. Em consequência, em vez de abrir caminho à pacificação interna, à inclusão e à tolerância, como demonstrou, a nível nacional, o Eng. José Sócrates, a distrital do PS Porto fez tudo ao contrário: radicalizou posições, caminhou pela via da exclusão, provocou descontentamento generalizado e fragilizou o PS. Será que aquele que foi Presidente da Câmara de Santo Tirso mais de 20 anos (Dr. Joaquim Couto) já não é um bom quadro? Será que aquele que foi deputado do PS, candidato à Câmara de Penafiel (Dr. Nelson Cunha) já não é um bom quadro? Será que o Eng. Nuno Cardoso já não é quadro? Será ainda, apenas para apontar mais um exemplo entre tantos outros, que o último candidato pelo PS a presidente da câmara de Vila Nova de Gaia, Barbosa Ribeiro, já não serve? É óbvio que só não vê quem não quer e o desgaste da situação criada está a deixar marcas complexas e difíceis de ultrapassar. O PS no distrito está profundamente dividido. Basta "percorrer" cada um dos concelhos e fazer a leitura politica daquilo que por ai se passa. O que aconteceu não é nada de bom para o futuro e vai ser necessário um esforço suplementar para corrigir os efeitos destas atitudes, porque o PS tem que estar acima das estratégias e ambições pessoais

Matosinhos Hoje

Alexandre Lopes revoltado pelo que se passou no Congresso Nacional do PS
“Demitam-se!”

Alexandre Lopes apela a que os membros do executivo da Comissão Política Concelhia, que fazem parte da estrutura política camarária, se demitam da comissão sob pena de “estarem a compactuar” com o que se passou no Congresso Nacional do PS.

O Congresso Nacional do PS está longe de estar encerrado. Pelo menos no que diz respeito à discussão das suas consequências. Mais propriamente da composição da nova Comissão Nacional que excluiu, ou colocou em lugares menores, figuras preponderantes do partido. Foram os casos de Narciso Miranda, Manuel dos Santos, Mário de Almeida, Fernando Gomes, Francisco Assis, entre outros.
Alexandre Lopes, em seu nome pessoal e “representando um grupo eleito com 20% dos votos para a Comissão Política de Matosinhos”, tomou posição contra este “esquecimento” de alguns histórios socialistas. E, desde logo, responsabiliza “a Distrital e o seu presidente, Renato Sampaio”, tal como “o Presidente da Comissão Política Concelhia”. Para o actual Presidente da Junta de Freguesia da Senhora da Hora, “é inqualificável a ausência de Narciso Miranda esquecendo o seu capital histórico, político e eleitoral. Mais uma vez demonstrando que o PS Porto e o PS de Matosinhos não têm memória.”
Para além disso, “desprezam um quadro excelente do partido socialista, cabeça de lista pela secção da Senhora da Hora ao congresso, angariador de 1500 assinaturas para a sua moção e que só é vice-presidente do Parlamento Europeu - o camarada Manuel dos Santos.”Ao passo que estes nomes foram arredados da Comissão Nacional, outros ganharam protagonismo. “Consideraram “outros”, como o meu amigo Presidente da Junta de Matosinhos e secretário coordenador dessa secção, quadros mais importantes do que os anteriores citados Narciso Miranda, Manuel dos Santos ou ainda Mário de Almeida, Fernando Gomes, Francisco Assis e outros.”
Mesmo os que não foram esquecidos ficaram em posições que não agradaram a Alexandre Lopes. “Relegaram para terceiro aquele que pelas funções que exerce deveria ter outro destaque nas indicações de Matosinhos - o Presidente da Câmara Guilherme Pinto. Erro político cuja leitura é inquestionável, o Presidente da Concelhia, o Presidente da Distrital e o próprio Presidente da Junta de Matosinhos fragilizaram o Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos.”
Daí que o autarca questione a pacificação no partido. “Por que é que, mais uma vez e à semelhança do Congresso Distrital, a Concelhia não reuniu para falar com os seus membros antes do Congresso? Não reconhecemos legitimidade política nem moral para o Presidente da Concelhia poder, de uma forma autista, falar por nós.” E as questões continuam. “Que esperar dum presidente da distrital do porto que anuncia a candidatura no seu gabinete em Lisboa? Que esperar de um presidente da concelhia que não participou na campanha em Matosinhos nem no dia de festejar a vitória? Ao invés, esteve no Porto para ser visto na televisão.”
Com tudo isto, Alexandre Lopes reitera que o grupo do qual é porta-voz “está e estará ao lado do Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos e de todo o seu executivo”. Daí que “esta falta de respeito com a sua pessoa e para com o cargo que desempenha obriga a que este grupo solicite, desde já, uma tomada de posição política.” O Presidente da Junta da Senhora da Hora pede, assim, que os membros do executivo da Comissão Política Concelhia que compõem a estrutura política camarária Nuno Oliveira, Joana Felício, e as administradoras municipais Olga Maia e Helena Vaz se demitam da Comissão Política Concelhia matosinhense. “Sob pena de, não o fazendo, estarem a compactuar com estes actos e assumirem-se também como responsáveis.”
Dando continuidade a esta manifestação pública de desagrado, já nesta sexta feira, 24 de Novembro, vai-se realizar no Hotel Tuela, no Porto, um jantar de apoio não só a Narciso Miranda mas também aos que foram relegados para segundo plano no último congresso.

Matosinhos Hoje

Diz Narciso: “tentaram assassinar-me politicamente mas não conseguiram”

Jantar de solidariedade e repúdio na próxima sexta-feira

Foi para o ar a 36ª edição do programa “Olhos nos Olhos”. Numa semana quente do congresso do Partido Socialista e no qual a figura de Narciso Miranda andou na boca daqueles que não aceitaram o “esquecimento” do seu nome para fazer parte das listas para a Comissão Nacional, onde entrou toda a gente que, segundo se diz, tenha estado nas graças do dirigente nacional Marques Perestrelo. E José Sócrates, tudo o indica, terá assinado de cruz, de tanto preocupado estava em fazer o discurso para o espelho. Isto é o pensamento de quem está por fora.Na Rádio Club de Matosinhos não esteve, como de costume, por ausência de Matosinhos, João Lourival para o enunciar das perguntas a Narciso Miranda, sendo substituído por José Carlos Oliveira. Está claro que o interesse do programa estava no “abrir dos olhos” para o rescaldo do congresso. E isso foi feito, tal como a audiência do programa esperava. Mas antes disso ainda se falou doutras coisas.
A vassourada – A não inclusão do nome de Narciso nas listas segundo este não foi uma atitude do PS, mas uma atitude de “gente pequena, insegura, sem nível”. Narciso diz que foi demonstrada grande fragilidade humana de quem tomou a atitude e um gesto do mais repugnante sectarismo. “Já me quiseram assassinar politicamente, mas não conseguiram. Tenho sete fôlegos”. Referiu Narciso que é de fugir de quem pensa baixinho, sem grandeza política e humana, rematando que “tive sempre medo das pessoas que não estão preparadas para exercer cargos, porque começam a olhar para as sombras e, alguns, por causa disso, transformam-se em ditadores”.
Narciso aludiu que outros nomes importantes na vida do Partido também foram esquecidos e outros tratados de maneira absurda ao serem ultrapassados por “desconhecidos” na vida do PS.
A forma de esquecer Narciso – Ainda sobre esta situação de tapar o caminho ao ex-presidente da Câmara, este explicou que as coisas se passaram da seguinte forma: o presidente da concelhia de Matosinhos, na linha do que tem vindo a fazer nos últimos dois ou três anos, escolheu-se a ele próprio e a mais dois amigos, entre os quais um deles – o António Parada – que há dois anos, em nota disciplinar assinada por nomes como Almeida Santos, Vera Jardim, Jorge Lacão e outros, foi apontado para um processo de expulsão do partido, o qual estranhamente foi protelado e acabaria por vir a permitir que o visado fosse eleito presidente da Junta de Freguesia, dirigente local, distrital e nacional. E tudo isto com o beneplácito dos coordenadores da Concelhia e da Distrital. E Parada ficaria à frente do presidente da Câmara de Matosinhos e de nomes de relevo do Partido. O que é isto?! Por isso dou os parabéns ao Parada e a quem o ajudou na promoção. Tudo funcionou e funciona na base da mentira. Diz ainda Narciso que certamente neste grupo de escolhidos que Renato Sampaio diz “serem os melhores do Porto” estarão os nomes dos próximos candidatos à presidência das Câmaras do distrito. Vamos aguardar.
É mau de mais – Narciso não tem dúvidas em afirmar que tudo isto é mau de mais e faz um aviso: eu quero continuar a apoiar a Câmara de Matosinhos, o seu presidente e a sua equipa porque foi gente, na sua maioria que trabalhou comigo e tem a minha confiança, mas é muito feio dizer que eu tenho o Guilherme Pinto como meu ponta de lança. Dou-lhe o meu apoio, sem dúvida, mas de amigo, de militante de base e de autarca de grande experiência.
O jantar de repúdio – Está marcado para a próxima sexta-feira, pelas 20 horas, no Hotel Tuela, na cidade do Porto, um jantar de solidariedade para com Narciso Miranda e de repúdio pelo ataque que lhe foi feito com o não incluír do seu nome nas listas para a Comissão Nacional, jantar que é organizado por um imenso grupo de militantes. Narciso mostra-se satisfeito com a atitude e está admirado por lhe ter sido dito que a lotação já estará esgotada. Tem pena porque é sinal que o partido cada vez se divide mais e começa a ser uma doença. E num gesto de manifesto descontentamento não tem dúvidas em afirmar que em Matosinhos, na concelhia, aí sim, se usam métodos stalinistas, retirando fotografias minhas e pintando os dentes a outras. É pena que haja alguns que são coniventes por omissão. Enalteceu a forma como a Senhora da Hora se tem vindo a impor, tendo a dirigir as actividades partidárias um jovem que tem tido um comportamento adulto como cidadão e político.
A continuidade de Narciso – O ex-presidente da Câmara deixou dito, a terminar, que politicamente vai continuar a trabalhar no espaço socialista, mas intensificando essa actividade das mais diversas formas, sobretudo motivando o debate em volta da cidadania. Daí jamais se afastará. Profissionalmente diz que tem de procurar viver e já tem muito com que se preocupar.

Jornal de Notícias

Assis foi mal tratado na lista"

O jantar de apoio a Narciso Miranda, marcado para amanhã, já está com lotação "esgotada", garante o próprio, que promete reafirmar as críticas pela sua exclusão da Comissão Nacional do PS e inclui no leque dos "mal tratados" outros nomes como Francisco Assis.
Depois de, em entrevista ao JN, ter acusado a Distrital e a Concelhia de Matosinhos de o tentarem "assassinar politicamente", o próximo passo de Narciso será dado no Hotel Tuela. O jantar, anunciado logo após o congresso socialista, já tem lotação esgotada desde segunda-feira, garante. Para participar, os apoiantes têm de pagar 15 euros e, ontem à tarde, as vendas situavam-se já nas 880 pessoas.
Narciso, que já enumerou uma série de quadros que foram preteridos, dá o exemplo de Assis, cujo "posicionamento na lista à Comissão Nacional (atrás de outros socialistas do distrito) tem leituras políticas"."
Tenho um grande respeito pelos nomes indicados. Mas então os quadros que foram considerados os melhores para serem candidatos as presidências de câmara, como Nélson Cunha, de Penafiel, agora já não o são?", questiona. "Quanto a Francisco Assis, estou à vontade para falar dele, por já lhe ganhei eleições e vice-versa. Divergimos sempre mas é, de facto, um grande quadro da vida política e do PS", disse, concluindo que "ele foi, como outros, mal tratado", neste processo.
Antes, numa alusão às autárquicas, havia já afirmado que "a tendência, sobretudo daqueles que andaram com grande energia ao lado de Assis, foi a de dizer que ele foi o único responsável" pela derrota no Porto. "É uma enorme injustiça. Os mesmos que diziam que ia ganhar com maioria absoluta agora dizem que é o unico responsável, lavam as mãos como Pilatos", acusou.
De sua parte, diz ser cedo para falar em candidaturas à Distrital, ou para responder aos comentários de apoiantes, que o apontam para as câmaras de Matosinhos ou do Porto.
Carla Soares

Primeiro de Janeiro

Militantes do PS de Matosinhos contestam lista da Comissão Nacional
Ausência de Narciso polémica

Um grupo de militantes da Concelhia de Matosinhos do PS reuniu-se, quinta-feira, para contestar a composição da lista para a comissão nacional. O porta-voz, Alexandre Lopes, considera inqualificáveis algumas ausências, nomeadamente a de Narciso Miranda.
Eduardo Coelho
As ausências de Narciso Miranda, Manuel dos Santos, Mário Almeida, Fernando Gomes e Francisco Assis da nova Comissão Nacional (CN) do Partido Socialista estiveram na origem da reunião de um grupo de militantes do PS de Matosinhos, que se realizou, na quinta-feira, na sede da secção da Senhora da Hora.Alexandre Lopes, presidente da autarquia local e candidato opositor a Manuel Seabra nas últimas eleições para a concelhia, explicou que aquela reunião foi feita em nome daqueles que votaram na sua lista, ou seja 20 por cento dos votos expressos.Em comunicado distribuído aos órgãos de comunicação social, o dirigente socialista mostrou-se desagradado com a composição da nova CN eleita no congresso do passado fim-de-semana em Santarém.“É inqualificável a ausência de Narciso Miranda. Desta forma esquecem-se do seu capital histórico, político e eleitoral. Uma vez mais se demonstra que o PS do Porto e de Matosinhos não têm memória”, refere o comunicado distribuído aos jornalistas.
Desprezo
Além do antigo presidente da câmara municipal, Alexandre Lopes lembrou ainda o “desprezo” a que foi votado Manuel dos Santos, vice-presidente do Parlamento Europeu e militante do PS senhorense. O também presidente da Junta de Freguesia da Senhora da Hora considerou ainda uma vergonha o facto de Guilherme Pinto ter sido relegado para terceiro plano. “É um erro político cuja leitura é inquestionável: todos quiseram fragilizar o actual presidente da câmara municipal”.Face a este cenário, o grupo de militantes levanta a questão: “É esta a pacificação que se apregoava? Porquê que, mais uma vez, e à semelhança do congresso distrital, a concelhia não reuniu com os seus militantes”.
Demissão
O comunicado vai ainda mais longe ao recordar o facto do actual presidente da distrital do Porto ter apresentado a sua candidatura num gabinete em Lisboa ou “dum presidente de concelhia que não participou na campanha em Matosinhos, nem no dia de festejar a vitória”.A concluir o documento, Alexandre Lopes lançou um apelo para que os membros do executivo de Guilherme Pinto que compõem a Comissão Política Concelhia do PS se demitam. O dirigente socialista referia-se aos vereadores Nuno Oliveira e Joana Felício, bem como as administradoras municipais Olga Maia e Helena Vaz. “Se não o fizerem estarão a compactuar com estes actos e assumirem-se também como responsáveis”, refere o mesmo documento.Contactados pelo JANEIRO, os presidentes da distrital do Porto e da concelhia de Matosinhos, Renato Sampaio e Manuel Seabra, respectivamente, preferiram não se pronunciar sobre o teor do comunicado do grupo liderado por Alexandre Lopes. A mesma reacção teve o presidente da câmara municipal, Guilherme Pinto.Já Narciso Miranda, em declarações ao JANEIRO, reconheceu que a sua exclusão da Comissão Nacional se deveu a uma acção concertada entre a concelhia, liderada pelo seu ex-número dois, Manuel Seabra, e a distrital, presidida por Renato Sampaio. Narciso Miranda afirmou, entretanto, que esta situação está a criar uma instabilidade nos socialistas do distrito. “Quiseram assassinar-me do ponto de vista político, apesar do meu passado. Sou socialista por convicção”, concluiu o ex-autarca.
Jantar de apoio
Na próxima sexta-feira, uma unidade hoteleira da cidade do Porto acolhe um jantar de apoio a Narciso Miranda e outros conhecidos militantes da estrutura distrital do PS, excluídos da mesma forma da lista apresentada durante o congresso do PS.