Alexandre Lopes revoltado pelo que se passou no Congresso Nacional do PS“Demitam-se!”Alexandre Lopes apela a que os membros do executivo da Comissão Política Concelhia, que fazem parte da estrutura política camarária, se demitam da comissão sob pena de “estarem a compactuar” com o que se passou no Congresso Nacional do PS.
O Congresso Nacional do PS está longe de estar encerrado. Pelo menos no que diz respeito à discussão das suas consequências. Mais propriamente da composição da nova Comissão Nacional que excluiu, ou colocou em lugares menores, figuras preponderantes do partido. Foram os casos de Narciso Miranda, Manuel dos Santos, Mário de Almeida, Fernando Gomes, Francisco Assis, entre outros.
Alexandre Lopes, em seu nome pessoal e “representando um grupo eleito com 20% dos votos para a Comissão Política de Matosinhos”, tomou posição contra este “esquecimento” de alguns histórios socialistas. E, desde logo, responsabiliza “a Distrital e o seu presidente, Renato Sampaio”, tal como “o Presidente da Comissão Política Concelhia”. Para o actual Presidente da Junta de Freguesia da Senhora da Hora, “é inqualificável a ausência de Narciso Miranda esquecendo o seu capital histórico, político e eleitoral. Mais uma vez demonstrando que o PS Porto e o PS de Matosinhos não têm memória.”
Para além disso, “desprezam um quadro excelente do partido socialista, cabeça de lista pela secção da Senhora da Hora ao congresso, angariador de 1500 assinaturas para a sua moção e que só é vice-presidente do Parlamento Europeu - o camarada Manuel dos Santos.”Ao passo que estes nomes foram arredados da Comissão Nacional, outros ganharam protagonismo. “Consideraram “outros”, como o meu amigo Presidente da Junta de Matosinhos e secretário coordenador dessa secção, quadros mais importantes do que os anteriores citados Narciso Miranda, Manuel dos Santos ou ainda Mário de Almeida, Fernando Gomes, Francisco Assis e outros.”
Mesmo os que não foram esquecidos ficaram em posições que não agradaram a Alexandre Lopes. “Relegaram para terceiro aquele que pelas funções que exerce deveria ter outro destaque nas indicações de Matosinhos - o Presidente da Câmara Guilherme Pinto. Erro político cuja leitura é inquestionável, o Presidente da Concelhia, o Presidente da Distrital e o próprio Presidente da Junta de Matosinhos fragilizaram o Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos.”
Daí que o autarca questione a pacificação no partido. “Por que é que, mais uma vez e à semelhança do Congresso Distrital, a Concelhia não reuniu para falar com os seus membros antes do Congresso? Não reconhecemos legitimidade política nem moral para o Presidente da Concelhia poder, de uma forma autista, falar por nós.” E as questões continuam. “Que esperar dum presidente da distrital do porto que anuncia a candidatura no seu gabinete em Lisboa? Que esperar de um presidente da concelhia que não participou na campanha em Matosinhos nem no dia de festejar a vitória? Ao invés, esteve no Porto para ser visto na televisão.”
Com tudo isto, Alexandre Lopes reitera que o grupo do qual é porta-voz “está e estará ao lado do Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos e de todo o seu executivo”. Daí que “esta falta de respeito com a sua pessoa e para com o cargo que desempenha obriga a que este grupo solicite, desde já, uma tomada de posição política.” O Presidente da Junta da Senhora da Hora pede, assim, que os membros do executivo da Comissão Política Concelhia que compõem a estrutura política camarária Nuno Oliveira, Joana Felício, e as administradoras municipais Olga Maia e Helena Vaz se demitam da Comissão Política Concelhia matosinhense. “Sob pena de, não o fazendo, estarem a compactuar com estes actos e assumirem-se também como responsáveis.”
Dando continuidade a esta manifestação pública de desagrado, já nesta sexta feira, 24 de Novembro, vai-se realizar no Hotel Tuela, no Porto, um jantar de apoio não só a Narciso Miranda mas também aos que foram relegados para segundo plano no último congresso.