10.2.13

O dr. Pinto abandonou o partido, mas não vai para a reforma.

Aparentemente propõe-se continuar no activo e a presidir à Câmara.

E, continuando a presidir, candidatar-se contra o partido em representação do qual preside.

É todo um carácter que se manifesta.

Mas como o partido do qual acaba de sair é - por força do socretismo - contra os «julgamentos de carácter», essa questão é irrelevante.

E o que vai fazer o PS, nomeadamente a concelhia?

Vai conviver com um presidente de câmara que se candidata contra o partido?

Retira-lhe a confiança política? E daí?

Força os vereadores a demitirem-se para fazer cair a Câmara?

Vai ser interessante!




13.1.13

A REFUNDAÇÃO



A refundação do «camarada» Narciso prossegue hoje no Público pela pena da mandatária regional para o efeito.
Lida a notícia, verificar-se-á que nada de novo traz em relação à publicada na semana passada. Nada!

Mas há que refundar o  homem. Sempre terá empregos para dar...


notícia !!!(para assinantes)

5.1.13

As palavras são como o algodão: Não enganam












No PÚBLICO de ontem:









PS sonda Narciso para encabeçar lista à Assembleia Municipal de Matosinhos

17.6.12


A vitória do José Luís Carneiro não me entusiasma particularmente. Não acredito que dela possa sair uma renovação do PS, nem nada que se pareça. Não é mais do que uma vitória de uma parte do aparelho contra outra parte do mesmo aparelho.
Ou seja, não estão em causa opções políticas diferentes, não é uma visão nova e inovadora para o PS, não se trata de perspetivar a intervenção política em moldes diferentes e inovadores.
É mais do mesmo, a mesma ausência de debate ideológico, a mesma falta de visão crítica para o País, a mesma falta de consciência da necessidade de mudar para responder à necessidades e carências dos portugueses
Não traz um projecto de intervenção social e político novo, ou sequer remoçado, não tem novas respostas para as questões sociais nesta fase cítica do País, não apresenta alternativas para um combate político radical contra os interesses instalados, não define linhas de combate à injustiça social, à corrupção à pouca vergonha (não me lembro de ter ouvido uma referência crítica a essa pouca vergonha absoluta que é o «affaire» Paulo Campos.
Penso que o PS não terá qualquer futuro político – e até espero que não o tenha – enquanto não fizer uma reflexão profunda e séria sobre o seu exercício do poder, sobretudo a última passagem pelo governo. Tirando dessa reflexão as consequências necessárias a um partido que se pretende de esquerda.
Não tenho qualquer esperança que o faça, até porque isso implicaria alienar uma parte significativa do seu «património» e das suas figuras de relevo, que iriam rapidamente acolher-se onde se sentiriam bem e onde pertencem: na direita dos interesses e dos negócios a que de facto pertencem.
Isto posto não posso deixar de dizer que me alegra a derrota do Dr. Pinto e a sua remessa para o caixote do lixo da história a que pertence.
O Dr. Pinto encarna, para mim, o mais repulsivo da política à portuguesa.
O carreirismo, a subserviência cega ao líder do momento, a ausência de carácter, a ânsia de poder que não olha a meios - e é até capaz de morder a mão que longamente o alimentou - a incompetência, a falta de preparação, a prepotência, a ausência de princípios democráticos, …
E porque o penso, não me posso deixar de alegrar com as duas derrotas significativas que acaba de averbar: a sua pessoal e a da sua continuidade que tentou impor na eleição para a concelhia.
Derrotas que podem abrir uma nova via para o PS pelo menos ao nível de Matosinhos.
Quer isto dizer que o Parada pode fazer a diferença?
PODE!
Se souber travar, e ganhar, duas batalhas cruciais:
 Uma contra a parte do aparelho que o vai combater até às suas últimas forças.
Outra contra a parte do aparelho que o vai apoiar até às suas últimas forças.
Espero que tenha coragem e a força de travar essas duas batalhas. E de as ganhar. 


26.4.12


Testemunha do caso Freeport diz que Sócrates sugeriu troca de arquitetos

O antigo diretor de operações da Benoy Architects disse esta quinta-feira que o então ministro do Ambiente José Sócrates forneceu uma folha com o nome e número de telefone da empresa de arquitetos Capinha Lopes para o Freeport.
Nicholhas Lamb, que falava através de videoconferência para o Tribunal do Barreiro como testemunha do processo Freeport, disse que José Sócrates alegou que a Freeport tinha os "arquitetos errados" (Promontório) e que "apoiavam o partido errado".
Segundo o diretor de operações da Benoy, que ocupou o cargo entre 1999 e 2002, tudo se passou numa reunião realizada em janeiro de 2002, já depois do chumbo do processo Freeport, com o então ministro do Ambiente José Sócrates.
"Não estive presente na reunião, mas segundo o que o sr. Rawnsley me disse, que foi quem esteve na reunião (diretor executivo do Freeport na altura e que já admitira em tribunal ter-se reunido com José Sócrates), o ministro disse que tinham os arquitetos errados", acrescentou.
"O que o ministro disse foi que o problema não era a Benoy, mas a equipa de arquitetos. Eram os arquitetos errados e apoiavam o partido errado", frisou.
Acrescentou ainda que José Sócrates terá dito que, com a equipa de arquitetos de Capinha Lopes, teriam "muito mais hipóteses de o projeto ser aprovado".
Nicholas Lamb disse ainda em tribunal que o que estava em causa no estudo de impacto ambiental realizado pela Promontório "não era a capacidade técnica nem de recursos humanos".
A testemunha mostrou-se ainda surpreendida por sempre lhe terem falado de um prazo de "seis a oito meses" para a realização de um estudo de impacto ambiental e de o projeto do Freeport ter sido viabilizado "em pouco mais de dois meses" depois da sua inviabilização.
E quando questionado pelo tribunal se a Capinha Lopes tinha mais experiência do que a Promontório naquele tipo de trabalhos, Nicholas Lamb disse perentoriamente que "não".
"Não, a Promontório tinha muita experiência, a Capinha Lopes não tinha essa experiência", afirmou.
Questionado sobre se tinha conhecimento de pagamentos a membros do Governo ou a partidos políticos para a viabilização do outlet de Alcochete, Nicholas Lamb disse que não, mas admitiu ter conhecimento da existência de conversas sobre "lobbying".
"Essas conversas eram sempre informais e ocorriam ao final da tarde, num hotel de Alcochete e estavam relacionadas com taxas de trabalho de lobbying, mas não tenho conhecimento de ter sido feito qualquer pagamento", disse.
Questionado pelo tribunal sobre se alguma vez tinha ouvido a expressão "envelopes castanhos", a testemunha disse que sim. "Sim, sim, nessas conversas foi referido o termo envelopes castanhos", garantiu.
A testemunha mostrou-se ainda surpreendida por a viabilização do Freeport "ter ocorrido dois antes de eleições [março de 2002], uma vez que "habitualmente, os estudos de impacto ambiental demoravam entre seis a oito meses".
O julgamento prossegue durante a tarde, com a audição de Keith Payne, autor do fax enviado a administradores do Freeport inglês em que fala explicitamente do pagamento de luvas de dois milhões de libras para o licenciamento do Freeport em Portugal.
O julgamento do Freeport tem como arguidos os ex-sócios Manuel Pedro e Charles Smith, acusados do crime de extorsão na forma tentada.