26.6.10

2135

Sócrates diz que Mário Soares sempre aliou o pensamento à ação


Redacção do eng. de domingo






"Mário Soares é um patriota, gosta de Camões.
 Eu gosto dos políticos que gostam de Camões.
 Eu gosto muito do doutor Mário Soares"




no EXPRESSO

2134





Campanha eleitoral de José Luís Carneiro





1 - Quem quiser exercer com dignidade cargos políticos não pode deixar de se distanciar das políticas erradas, e agora erráticas, do partido; do clepto-socretismo.

2 - Contra o Renato Sampaio, até no rato mickey votava. 

2133

2132

PSD........................................48%
PS...........................................24%
BE..............................................9%
CDS..........................................7%
CDU.........................................6%



25.6.10

2131




Entregues à bicharada

Em 1998, era Guterres primeiro-ministro, Portugal tinha o mais baixo poder de compra da Europa a 15 calculado em termos de PIB por habitante, honroso lugar que perdemos em 2004 e 2007 com o alargamento da UE aos países "pobres" do centro e leste europeus. De acordo com dados do Eurostat, o poder de compra dos portugueses andava então pelos 79% da média europeia. Guterres foi entretanto desta para melhor (muito melhor), veio Durão, que igualmente se foi para (muitíssimo) melhor, depois Santana, depois Sócrates e, 12 anos mais tarde, o poder de compra dos portugueses, em vez de aumentar... diminuiu, sendo em 2009 já só de 78% da média europeia. Como Groucho diria, partimos do nada e, numa dúzia de anos, conseguimos chegar à mais extrema miséria. Isto enquanto, tirando Malta, todos os países que em 1998 tinham, como Portugal, poder de compra inferior à média europeia convergiram com essa média ou a ultrapassaram. Durante esses gloriosos anos, fomos governados ora pelo PS (de 1998 a 2002 e de 2005 a 2009) ora pelo PSD e CDS coligados (de 2002 a 2005). Não há dúvida de que estivemos bem entregues.

2130

CRÓNICA ESPECTADOR COMPROMETIDO

Uma história exemplar

por Pedro Adão e Silva,

Há dois anos, os chips das matrículas foram apresentados pelo governo como uma solução virtuosa para todos. Em mais um arremedo de deslumbramento tecnológico, falava-se em "potenciar um cluster na telemática rodoviária", num "aumento da segurança rodoviária", tudo com o objectivo de "fiscalizar veículos e não pessoas". Claro está que o essencial era o não dito. Era necessário criar um mecanismo que permitisse cobrar portagens nas Scut, onde não foram inicialmente construídas praças para o efeito. Dois anos passados, estamos mais ou menos na mesma situação. O governo não conseguiu encontrar uma solução alternativa à obrigatoriedade dos chips e continuamos a aceitar dois princípios insólitos: que é possível existirem auto-estradas sem custos adicionais para os utilizadores e, pior, que é adequado fazer política redistributiva através da rede rodoviária. Para ajudar à festa, enquanto o governo quer monitorizar através de um conjunto de indicadores socioeconómicos as Scut que se devem manter gratuitas, o PSD contrapropõe com isenções para os moradores e agentes económicos das regiões. Entretanto, o PSD a norte e o PS a sul ameaçam com contestação à introdução de portagens, ainda que de intensidades diferentes. Tudo isto serve para revelar que, quando era necessário uma simplificação e racionalização das políticas públicas, caminhamos sempre no sentido da sua complexificação. Que esta complexificação tenha chegado a um domínio aparentemente tão material como o modelo de financiamento das auto-estradas é revelador do monstro que está a ser construído. Politólogo

2129


Um péssimo negócio

O modelo de financiamento das Scut foi excelente para as construtoras e para os bancos, mas um péssimo negócio para os contribuintes. A culpa foi dos políticos que tiveram pressa em fazer obra rápida ainda por cima sem ter de a pagar logo.
Por:Armando Esteves Pereira, Director-Adjunto
Na prática, foi como dar um cartão de crédito ilimitado a viciados em compras.


Guterres e Cravinho adoptaram o conceito que foi continuado por Jorge Coelho – que trabalha agora numa das construtoras mais beneficiadas por este modelo de engenharia financeira – e pelo seu antigo secretário de Estado Luís Parreirão.
Tal como um vírus, este modelo de project finance, em que se entregou a privados concessões que seriam pagas no futuro com as rendas da utilização, foi usado e abusado, não apenas nas estradas como nos hospitais. São as famosas parcerias público-privadas, em que o lucro é privado e o prejuízo dos contribuintes.
As Scut construídas são necessárias. Era inadmissível cidades como Guarda, Castelo Branco, Viseu, Viana do Castelo ou Chaves não terem auto-estrada. Mas se as obras fossem financiadas com recurso à dívida pública teriam ficado mais baratas.
As portagens apenas mitigam o custo das parcerias público-privadas. A partir de 2013, a conta vai disparar. Se algum político lhe prometer que a austeridade acaba em 2013 não acredite.

    2128


    Hospitais

    Nove milhões para os gestores

    Estado dá subsídios de 40 mil euros para a compra de automóveis e despesas com representação podem ultrapassar os dois mil euros por mês.

    2127

    ESTUDO

    Portugal ganhou 600 novos milionários em ano de crise

    por JOÃO CRISTÓVÃO BAPTISTA

    No final de 2009 havia 11 mil portugueses com fortunas superiores  a um milhão de dólares, mais 5,5% do que em 2008

    23.6.10

    2124




    Hoje é S. João



    AMANHÃ
    Há SCUT's





    2123

    Ministro da Justiça não explica derrapagem de nova prisão de Lisboa
    O ministro da Justiça não teceu qualquer comentário à derrapagem de mais de 100% nos custos da construção do novo Estabelecimento Prisional de Lisboa e Vale do Tejo, que se irá localizar em Almeirim. Alberto Martins assegurou ainda que a opção de contratação por ajuste directo, justificada por "razões de segurança", não significa que vá haver "arbitrariedade" na atribuição da realização da obra.



    Bruno Simões
    O ministro da Justiça não teceu qualquer comentário à derrapagem de mais de 100% nos custos da construção do novo Estabelecimento Prisional de Lisboa e Vale do Tejo, que se irá localizar em Almeirim. Alberto Martins assegurou ainda que a opção de contratação por ajuste directo, justificada por “razões de segurança”, não significa que vá haver “arbitrariedade” na atribuição da realização da obra.

    Em audição parlamentar na comissão de Direitos, Liberdades e Garantias, o titular da pasta da Justiça, que foi convocado pelo Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) para discutir a localização da nova prisão, não respondeu esta tarde aos deputados de quase todos os grupos partidários, que o questionavam sobre as derrapagens nos custos.

    O novo estabelecimento prisional “estava avaliado em 50 milhões de euros”, segundo o documento onde estava inscrita a Reforma do Parque Prisional, adiantou o deputado do PCP João Oliveira. Porém, houve uma resolução “que mais que duplicou o valor da construção”, passando a avaliar o empreendimento em 110 milhões de euros. O deputado frisa que a mesma situação sucedeu ainda com os custos das prisões de Castelo Branco e Grândola.

    Apesar de não ter dito uma palavra sobre o assunto, Alberto Martins revelou que a escolha da Herdade dos Gagos, em Fazendas de Almeirim, resulta de uma opção política baseada na “gratuitidade” dos terrenos. Em resposta ao deputado do PEV José Luís Ferreira, que exigia um estudo de impacto ambiental, o ministro adiantou que “um escritório de advogados contratado pelo Governo garantiu que a construção de um estabelecimento prisional não exige tal estudo”.
    Sobre o eventual estudo de outras propostas, questão que também foi colocada pela generalidade dos deputados, o ministro referiu que “a opção, política, é anterior a este momento”.

    O actual Estabelecimento Prisional de Lisboa, que verá os actuais reclusos serem transferidos quando a nova prisão estiver pronta, foi entretanto alienado à empresa Estamo por 49 milhões de euros.

    2123


    Obviamente, demitam-no

    Os governos de José Sócrates conduziram o país a uma situação deplorável, a pior de que há memória. Em tudo que mexe, o Governo estraga. O desemprego atingiu uma dimensão socialmente insuportável. São já 600 mil os afectados, cerca de metade dos quais não dispõe sequer de qualquer rendimento. A dívida pública chegou aos piores valores desde os alucinantes tempos da Primeira República, o país ameaça bancarrota.

    Perante cada nova dificuldade, o Governo agrava os problemas, em vez de os minorar. Sócrates não consegue reduzir o esbanjamento no Estado, aumenta impostos e estrangula a economia. Já sem rumo, o Executivo tropeça em contradições constantes. Ora apresenta medidas de apoio aos desempregados e incentivos às empresas; ora anuncia o fim das medidas de combate à crise… em nome da própria crise. Sócrates assegura que o aumento de impostos é por um ano, e, no dia seguinte, Teixeira dos Santos vem proclamar que o sacrifício perdurará no tempo.
    Os portugueses sofrem amargamente os resultados destas políticas erráticas. Mas nem todos… O Governo não mexe nos interesses dos construtores e da banca, mantém a intenção de construir o TGV e o novo aeroporto. Nem tão-pouco acaba com os privilégios duma corte de assessores. Por outro lado, acentua a discriminação em termos regionais, martirizando os nortenhos com portagens nas vias rápidas, enquanto se isentam lisboetas e algarvios. O chefe do Governo faz assim tábua rasa dum princípio constitucional básico, o de tratar por igual todos os cidadãos.
    O primeiro-ministro de Portugal não tem já qualquer credibilidade. Envolvido em sucessivos escândalos, da licenciatura "fast-food" ao caso Freeport, já roça o patético. No recente episódio do encontro forjado com o cantor Chico Buarque, anunciado como a pedido deste, foi desmascarado. Com mais esta mentira, deixa-nos a todos envergonhados.
    Sócrates é inapto, sacrifica desfavorecidos, preserva uma estrutura de poder inútil, beneficia os amigos do regime com negócios, é caprichoso e mimado. Para mim, basta! Despeçam-no.

    2122




    "Radicais" que se cuidem

    Leitor: se alguma vez pecou (ou tenciona pecar) por pensamentos, palavras e obras "radicais" - coisa que tanto pode passar por ir hoje para a noite de S. João com um cinto de explosivos como ter ideias menos próprias acerca do sistema financeiro mundial ou opiniões "radicais" sobre políticos e gestores de grandes empresas semelhantes, a crer na sondagem ontem divulgada pela Lusa, às de 80% dos portugueses - ponha-se a pau, que a UE está de olho em si. Um tal "Acordo 8570/10" aprovado no recente Conselho do Luxemburgo, permite de facto à UE (ou aos governos nacionais por ela), se achar, por exemplo, que o seu novo corte de cabelo é excessivamente "radical" ou ameaçadoramente "antiglobalização", pôr todas as polícias da Europa a vasculhar o seu "grau de compromisso ideológico ou político" e a sua situação económica ("desemprego, dificuldades, perda de uma bolsa ou de ajuda financeira", etc.). Ou muito me engano ou acabei mesmo agora de ser fotografado pela câmara do meu próprio computador ("Tu quoque, Brutus?"). Logo hoje, que não fiz a barba! Quem me manda a mim escrever crónicas "radicais"?

    22.6.10

    2121


    O Dr. Pinto veio hoje a público bolsar umas vacuidades sobre a questão das SCUT's.


    Percebe-se o Dr.Pinto: quer agradar aos eleitores, aos munícipes; e ao mesmo tempo precata-se de agravar o «chefe».


    O Dr. Pinto é susceptível de ser acusado de tudo e mais alguma coisa.


    Há uma acusação que ninguém lhe pode fazer: a de ter coluna vertebral!

    2120

    Estradas

    Sócrates e Passos Coelho negoceiam 

    .

    solução para portagens nas SCUT



    PSD insiste em eliminar obrigatoriedade do ‘chip’ electrónico, mas negoceia com o Governo outras formas de garantir a cobrança de portagens.

    2119




    Quando tudo arde

    "Que fazer quando tudo arde?" À pergunta retórica de Lobo Antunes os portugueses respondem com o habitual bom senso: "Chamam-se os bombeiros". Os bombeiros são, de facto, segundo uma sondagem da GfK realizada em 19 países, os profissionais em quem os portugueses hoje mais confiam. No extremo oposto, entre os que merecem menos confiança aos portugueses, estão os políticos, os advogados, os banqueiros, os gestores de grandes empresas e, com entrada directa no "top ten" dos menos confiáveis, os juízes. Ora os juízes ainda há poucos anos apareciam sempre, em sondagens semelhantes, no topo da confiança do povo em nome do qual se diz que administram a justiça. Foi-se porém tornando evidente o que já era apontado por "dois em cada três eleitores" num estudo da SEDES de 2009: que há hoje, em Portugal, duas justiças, uma para políticos, banqueiros, gestores e congéneres, e outra para o cidadão comum. A novidade é que a responsabilidade pela situação era, antes, atribuída às leis e agora é-o também aos juízes. Alguma coisa terá mudado entretanto, e não parece que tenha sido a sensatez dos portugueses.

    2118

    MARIO SOARES
    O certo é que, mais uma vez, os dirigentes europeus deram mostras de pouca coragem ou não quererem encarar a realidade da segunda crise - que resulta do ataque especulativo ao euro - e implica, para a resolver, reformas estruturais, que conduzem a um novo modelo de desenvolvimento, como têm insistido os reputados economistas (prémios Nobel) Joseph Stiglitz e Paul Krugman, entre outros.
    Em vez disso, resolveram lançar uma "operação verdade" para tornar transparente a situação dos bancos europeus e para lhes entregar o encargo de velar pelas medidas necessárias, a tomar pelos Estados, para reduzir os deficits e o endividamento externo, tanto público como privado.
    Tratou-se de criar mais austeridade, apertando os vencimentos e aumentando o IVA, certos impostos, taxas e outras medidas que pouco atingem os mais favorecidos e que são muito gravosas para as classes menos abastadas. É a teoria que tem uma expressão clara: "Os pobres que paguem a crise..."´

    2117


    Contas por explicar

    Por:Armando Esteves Pereira, Director-Adjunto

    Os pensionistas e funcionários públicos que já receberam o salário de Junho foram os primeiros a notar no recibo o impacto do aperto do cinto, por causa da sobretaxa de IRS. A partir de 1 de Julho todos vamos sentir mais directamente a austeridade com a subida de IVA de 1 ponto percentual a aumentar o custo de vida, já que todos os produtos, dos transportes aos combustíveis, dos medicamentos à alimentação, vão pagar mais imposto.
    Mas este aperto do cinto não chega sequer para pagar os prejuízos que os portugueses terão de suportar nos buracos do BPN e do BPP. O descalabro destes bancos foi em 2008, mas a conta ainda está por pagar. No BPP, os bancos já executaram o aval do Estado concedido para um empréstimo de 450 milhões de euros. Quando este empréstimo foi concedido Teixeira dos Santos repetiu que não havia risco, porque o BPP tinha dado garantias ao Estado. Mas na semana passada, o vice-governador do Banco de Portugal, Pedro Duarte Neves, disse que "em caso de litigância é difícil sabermos o valor da recuperação" dos activos dados em garantia ao Estado.
    No BPN, os prejuízos de 216 milhões de euros em 2009 são uma péssima notícia. Quando terminarem estas novelas, os contribuintes têm de saber onde foram gastos todos os cêntimos, porque os danos provocados por Oliveira e Costa e João Rendeiro não desculpam os erros posteriores.

    21.6.10

    2116





    CENÁRIOS

    PS já discute o futuro de Sócrates

    por JOÃO PEDRO HENRIQUES

    A evolução da economia e a acumulação de 'casos' transformaram o futuro de Sócrates numa incógnita. No PS deixou de ser certo que se recandidate novamente


    Socráticos apostam na resistência do primeiro-ministro



    2115




    Do Vaticano a Belém

    O oficioso "Osservatore romano", que o Vaticano costuma usar para atirar pedras escondendo a mão, achou que a morte de Saramago seria boa altura para o apedrejar, tanto mais que, agora, ele já não pode defender-se. O apedrejador de serviço meteu, por isso, mãos à vaticana obra e, mesmo não percebendo por que motivo terá Deus deixado Saramago viver até à "respeitável idade de 87 anos" e andar por aí a exibir uma "crença obstinada" não nos dogmas da Igreja mas nos do materialismo histórico, condenou-o às chamas do Inferno (infelizmente a Igreja já não tem poder para condenar gente como Saramago à fogueira na Terra). Também Cavaco tem queixas de Saramago mas, no seu caso, só protocolares pois, ao contrário do Vaticano, Cavaco não é rancoroso. Saramago não teve, de facto, o cuidado de acertar a data da morte com a agenda da Presidência, o que impediu o presidente de ir ao funeral. Saramago devia saber que Cavaco "gosta de cumprir promessas" e que prometera "à família que no dia 17 partiria com eles para a ilha de S. Miguel". Ora regras de concordância gramatical podem interromper-se, férias não.

    2114



    PSD pode vir a propor escutas telefónicas para as "secretas"

    Bacelar Gouveia faz proposta no âmbito da revisão constitucional, abrangendo poderes do PR

    20.6.10

    2113

    2112

    Obrigado Cavaco

    Obrigado Cavaco Silva, por não teres estado presente no adeus a Saramago.
    Obrigado pela sinceridade; obrigado por não esqueceres o que lhe mandaste fazer.
    Fazem falta homens como tu; daqueles que não se desdizem, que mesmo depois de serem Honoris Causa em literatura (?) mesmo que por uma Universidade tipo daquela que dá licenciaturas ao domingo, mantém o ódio á cultura e a raiva a quem sabe algo mais que o deve/haver.
    Fazes bem Aníbal, em não te confundires com essa “turba multa” que só pensa em cultura, essa coisa abjecta em que não perdeste tempo, nem na tua juventude nem agora.
    Não farás nunca ideia como a família de Saramago agradece a tua ausência.
    Quem não sabe quantos cantos têm os Lusíadas (lembras-te?) quem confunde Tomas Man com Tomas Moore, fica bem fora destas coisas.
    Obrigado Cavaco

    ruivianajorge@kanguru.pt