"Mário Soares é um patriota, gosta de Camões.
Eu gosto dos políticos que gostam de Camões.
Eu gosto muito do doutor Mário Soares"
no EXPRESSO
Obviamente, demitam-noOs governos de José Sócrates conduziram o país a uma situação deplorável, a pior de que há memória. Em tudo que mexe, o Governo estraga. O desemprego atingiu uma dimensão socialmente insuportável. São já 600 mil os afectados, cerca de metade dos quais não dispõe sequer de qualquer rendimento. A dívida pública chegou aos piores valores desde os alucinantes tempos da Primeira República, o país ameaça bancarrota.Perante cada nova dificuldade, o Governo agrava os problemas, em vez de os minorar. Sócrates não consegue reduzir o esbanjamento no Estado, aumenta impostos e estrangula a economia. Já sem rumo, o Executivo tropeça em contradições constantes. Ora apresenta medidas de apoio aos desempregados e incentivos às empresas; ora anuncia o fim das medidas de combate à crise… em nome da própria crise. Sócrates assegura que o aumento de impostos é por um ano, e, no dia seguinte, Teixeira dos Santos vem proclamar que o sacrifício perdurará no tempo. Os portugueses sofrem amargamente os resultados destas políticas erráticas. Mas nem todos… O Governo não mexe nos interesses dos construtores e da banca, mantém a intenção de construir o TGV e o novo aeroporto. Nem tão-pouco acaba com os privilégios duma corte de assessores. Por outro lado, acentua a discriminação em termos regionais, martirizando os nortenhos com portagens nas vias rápidas, enquanto se isentam lisboetas e algarvios. O chefe do Governo faz assim tábua rasa dum princípio constitucional básico, o de tratar por igual todos os cidadãos. O primeiro-ministro de Portugal não tem já qualquer credibilidade. Envolvido em sucessivos escândalos, da licenciatura "fast-food" ao caso Freeport, já roça o patético. No recente episódio do encontro forjado com o cantor Chico Buarque, anunciado como a pedido deste, foi desmascarado. Com mais esta mentira, deixa-nos a todos envergonhados. Sócrates é inapto, sacrifica desfavorecidos, preserva uma estrutura de poder inútil, beneficia os amigos do regime com negócios, é caprichoso e mimado. Para mim, basta! Despeçam-no. |