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"Radicais" que se cuidem
Leitor: se alguma vez pecou (ou tenciona pecar) por pensamentos, palavras e obras "radicais" - coisa que tanto pode passar por ir hoje para a noite de S. João com um cinto de explosivos como ter ideias menos próprias acerca do sistema financeiro mundial ou opiniões "radicais" sobre políticos e gestores de grandes empresas semelhantes, a crer na sondagem ontem divulgada pela Lusa, às de 80% dos portugueses - ponha-se a pau, que a UE está de olho em si. Um tal "Acordo 8570/10" aprovado no recente Conselho do Luxemburgo, permite de facto à UE (ou aos governos nacionais por ela), se achar, por exemplo, que o seu novo corte de cabelo é excessivamente "radical" ou ameaçadoramente "antiglobalização", pôr todas as polícias da Europa a vasculhar o seu "grau de compromisso ideológico ou político" e a sua situação económica ("desemprego, dificuldades, perda de uma bolsa ou de ajuda financeira", etc.). Ou muito me engano ou acabei mesmo agora de ser fotografado pela câmara do meu próprio computador ("Tu quoque, Brutus?"). Logo hoje, que não fiz a barba! Quem me manda a mim escrever crónicas "radicais"?
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