12.2.11

2456


"O MINTIROSO"
Lembram-se de um dos candidatos ás presidênciais, pressionar os cidadãos, dizendo que votando nele, dada a influência que tinha e sendo economista, era respeitado pelos mercados, e assim sendo era um voto seguro?????
Pois houve uns papalvos que foram na conversa, o parolo ganhou as eleições, e esta semana os juros da dívida bateram todos os recordes.
Claro que já não sei se é vigarice ou incompetência. Estou inclinado para a hipótese de serem as duas coisas.
Depois, quem o conhecerá la fora????
Foi bom o Presidente da Alemanha ter cá vindo. Um estranho, tal como o nosso quando vai a qualquer lado.
Só que o nosso de tão provinciano e vaidoso, acha que toda a gente sabe quem ele é.
É dele o reino dos céus......

noticias do ESTADO SOCIAL


Cinco maiores bancos ganharam 4,7 milhões de euros por dia


Os cinco maiores bancos a operar em Portugal obtiveram lucros de 1.682 milhões de euros em 2010, menos 2,5 por cento do que no exercício anterior, isto é, ganharam 4,7 milhões de euros por dia.


JN


Galp regista lucros de 840 mil €/dia

Os lucros da Galp em 2010 atingiram os 306 milhões de euros, registando um crescimento de 43 por cento relativamente a 2009. São 840 mil euros por dia. A apresentação dos melhores resultados de sempre da petrolífera portuguesa acontece numa altura em que os combustíveis em Portugal estão à beira de atingir os preços recorde de meados de 2008.


CM

10.2.11

quem joga com sócrates


Dia a dia

Quem joga com Sócrates

Os homens de Sócrates têm-se esforçado por desafiar Manuel Maria Carrilho a avançar contra o líder no congresso do PS. Já fizeram de tudo, inclusive ataques pessoais.
Por:Eduardo Dâmaso, director-adjunto
Fica-se a saber que este PS não suporta quem debata ideias, que não pode com os que têm condições para não serem lambe-botas, que necessita desesperadamente de eleger um adversário interno para poder instigar a turbamulta congressista à união. Nem que seja construída na base do assobio, do insulto, do esmagamento do adversário.
A rapaziada de Sócrates escolhe o caminho mais fácil: Carrilho é o adversário conveniente. Não tem tropas no aparelho, é detestado entre o ‘povo socialista’ por ser um ‘intelectual’, atreve--se a criticar o chefe quando o partido deveria estar unido perante os ataques externos. É a habitual manipulação da acefalia colectiva que costuma caracterizar certo tipo de lideranças partidárias. Na verdade, os fiéis de Sócrates jogam nesse tabuleiro porque não têm coragem de desafiar António José Seguro. Sabem que Seguro tem tropas, tem uma ideia para a estratégia do partido, pode criar um sério problema a Sócrates. Estão nervosos com o silêncio de Seguro que, pelo seu lado, também não pode continuar calado. Se quer conquistar o PS e o País, tem de fazer prova de vida. O tempo já não corre para tacticismos. Nem de um lado, nem de outro.

2451




"Ressentidos" & "zangados"

A reacção da actual direcção do PS ao pensamento crítico que, surpreendentemente, ainda sobrevive no partido, tem-se limitado a repetir o velhíssimo e primário método de, em vez de discutir as críticas, desautorizar os críticos.

Assim, Manuel Maria Carrilho comete o grande e horrível crime de pensar porque - diz Almeida Santos, actual presidente do PS (ou, talvez melhor, presidente do actual PS) - "está zangado""por ter sido apeado do lugar que tinha [embaixador de Portugal na UNESCO]".
Por sua vez, a ex-secretária de Estado da Educação Ana Benavente, que acusa Sócrates de coisas como "autocracia", "incompetência" e "falta de credibilidade", estará - garante Capoulas Santos, director da campanha do secretário-geral para o próximo congresso - ressentida porque "aspirou a ser deputada (...), um objectivo que aparentemente não foi atendido".
Começa, por isso, a ser preocupante a ausência de explicação para a recente entrevista do ex-dirigente e ex-deputado Henrique Neto ao "i". Alguém que diz que Almeida Santos censura as reuniões da Comissão Nacional e que Sócrates tem uma "visão totalitária", tendo cometido "tantos erros, e de tal maneira graves, que põem em causa a independência nacional", tem que estar, de certeza, "ressentido" ou "zangado" com qualquer coisa. Veremos nos próximos dias se Capoulas Santos e Almeida Santos desvendam o mistério. Ou então se Henrique Neto terá que ser internado.

9.2.11

o «socialismo real»

As tropelias do Partido Socialista y sus muchachos

Na sequência das revoluções em curso na Tunísia e no Egipto, a Internacional Socialista, à qual pertence o Partido Socialista, apressou-se a publicar duas notas de esclarecimento onde anunciava a expulsão do Partido de Ben Ali e de Hosni Mubarak. Trata-se de uma grande mentira que mais não pretende do que esconder as responsabilidades desta Internacional com o terror vivido ao longo de décadas por egípcios e tunisinos.
A mentira fica clara com uma leitura dos estatutos da dita Internacional, que ao contrário do que quer fazer passar o seu Secretário-Geral Luís Ayala e o Presidente Papandreou, os partidos dos ditadores Mubarak e Ben Ali só podem ser expulsos mediante decisão do Congresso por maioria de dois terços.
O comunicado da Internacional Socialista é falso, viola os seus próprios estatutos e pretende apenas salvar a face de quem sempre deu cobertura não só a estes como a outros partidos de natureza ditatorial.
E agora uma passagem da carta ao NDP de Mubarak, assinada pelo Secretário-Geral Luis Ayala:
José Sócrates com Ben Ali
A partir de uma investigação de Miguel Lopes que nos chegou nesta caixa de comentários.

DO 5DIAS, data venia

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questões de liberdade




E veja a pouca vergonha, a falta de decoro, o desrespeito pelos direitos individuais desta gente que ocupa o poder neste pobre país.

noticias do ESTADO SOCIAL socretino

Bancos mantêm lucros mas pagam menos impostos




As quatro maiores instituições de crédito ganharam 3,9 milhões de euros por dia o ano passado.
Apesar de registarem 1,4 mil milhões de euros de lucro, quase o mesmo que em 2009, os bancos Espirito Santo, Santander Totta, BPI e Millenium pagaram menos 168,8 milhões de euros em impostos.

2446




E agora, José?

Os EUA querem dados pessoais, impressões digitais e perfis de ADN dos cidadãos europeus que tenham tido algum problema (grande, médio, pequeno ou nem por isso) com a Justiça. Só que não dão garantias sobre o que farão com esses dados, em especial sobre a sua protecção ou a possibilidade de virem a ser utilizados para condenações à morte, algo que violaria constituições como a portuguesa e o próprio Tratado de Lisboa. Por isso as negociações com a Comissão Europeia (CE) arrastam-se.

Para forçar a CE com factos consumados, os EUA têm tentado acordos bilaterais com governos europeus mais subservientes e despreocupados com os direitos dos seus cidadãos.
Foi aí que entraram o Governo português e o sempre "you are welcome" ministro Luís Amado. E o Governo português, "yes, Sir!", agiu "rapidamente e em força" e assinou de cruz o cheque em branco dos dados pessoais de milhares de cidadãos portugueses. Com a excitação, esqueceu-se até de ouvir - como a lei manda - a Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD).
Conta agora o DN que, ouvida ano e meio depois, a CNPD considera esse cheque (que terá que ser ratificado na AR) "abusivo, excessivo, demasiado genérico, [de] difícil controlo de pesquisas indevidas, sem garantia da protecção dos dados [...] e [falho] de salvaguarda da pena de morte".
Se eu fosse o Governo, mandava já aos EUA os dados pessoais, impressões digitais e ADN dos membros da CNPD.

8.2.11

do socretismo como modo de vida



Governo vai pagar em juros um terço daquilo que pediu ontem emprestado


segredo???

Sócrates apareceu em Bruxelas, perante os telespectadores portugueses, sorridente e optimista. Aparentemente, se fizermos fé no que nos diz a imprensa internacional, não terá muitas razões para isso, apesar de no dia anterior ter conseguido conter, pela segunda vez, os mercados especulativos. Mas, como a política portuguesa, ultimamente, parece ser dirigida pela máxima de que o "segredo é a alma do negócio", talvez Sócrates tenha razões para estar optimista que a razão dos portugueses não conhece. Veremos.















Citações:

A partir de António Guterres começou um processo muito forte de centralização e os grupos que tomam conta do partido são cada vez mais pequenos. É sabido que José Sócrates foi escolhido numa reunião entre oito ou nove pessoas. O Jorge Coelho, o António Costa...


... E por isso defendo a necessidade de eleições primárias dentro do PS. Sem isso os que estão no topo escolhem os que estão na base e os que estão na base agradecem ao líder escolhendo-o a ele. E andamos nisto. Isto aplica-se à comissão nacional, à comissão política e é também assim na escolha dos deputados. Depois existe uma massa de militantes que olham para o partido como se fosse um clube de futebol. Independentemente daquilo que o partido faça está bem feito, porque o partido tem de bater o PSD...


Eu tenho ouvido alguns militantes dizerem que já não querem José Sócrates, mas acham que se votarem contra ele estão a contribuir para retirar o partido do poder. Não lhes ocorre que essa pode ser a única maneira de evitar que o PSD chegue ao poder, porque, nas actuais circunstâncias, a única alternativa do PS era ganhar consciência dos erros que cometeu e tentar convencer os portugueses de que tem capacidade para os corrigir.

É verdade, mas também é verdade que nas reuniões da comissão nacional, por exemplo, o presidente do partido, Almeida Santos, controla tudo. Só dá a palavra verdadeiramente a quem quer, corta a palavra, diz que não há tempo....

As actas ou não são feitas ou não são votadas. E não são votadas, porque as actas não correspondem minimamente àquilo que lá se passou. Na última reunião houve um dirigente que escreveu uma carta ao Almeida Santos a dizer que as actas estavam erradas e que queria discutir isso. O presidente do partido, nesta última reunião, no domingo, como viu que este dirigente ia falar disse-lhe que depois falaria com ele no final da reunião para que não se desse ali um incidente interno. 

O próprio primeiro-ministro disse, numa reunião interna do partido, que se o partido for mexer muito no Estado está a mexer na base de apoio do PS

Acho que é impossível resolver qualquer problema com o José Sócrates à frente do poder. Nestas condições qualquer solução é melhor que a actual. Um governo PS sem José Sócrates, um governo de coligação, um governo do PSD. Ele hoje é o poder, os ministros não contam para nada. O partido não conta para nada. O que ele quer é o que se faz e o que ele quer infelizmente é quase sempre errado.

Com excepção do dia-a-dia nas Finanças, o governo não existe. É interessante que o primeiro-ministro tenha tanta fama de ser determinado e duro e depois o governo seja a bandalheira que é. Quando sai nos jornais que uma empresa ou instituto não está a cumprir as regras, o governo vai a correr tentar resolver o problema. Parece que há uma lei para isso. Ou seja, é um governo que anda a correr atrás dos problemas. Isto é o pior que se pode fazer. O governo eficaz é aquele que consegue prever. E, portanto, este governo é pior que os outros porque é mais improvisador e tem mais competência a improvisar, porque o José Sócrates tem competência a vender ideias que de repente lhe surgiram como se fossem a solução. E o partido vai atrás daquilo convencido de que ele tem mesmo a solução. Mas ao fim de algum tempo esquece essa ideia e parte para outra. 

Se olhar para a bancada do PS neste momento, não há lá ninguém que tenha a mínima ideia sobre o que é a economia. Um dos poucos deputados que tinham alguma perspectiva disso - o Afonso Candal - acabou por sair. Os deputados não têm experiência de vida. 

7.2.11

soma e segue


Audiovisual

Taxa da RTP vale 8,7 milhões em IVA

Governo aplica IVA sobre a taxa do audiovisual que financia a RTP e vai conseguir cerca de nove milhões de euros na sobreposição dos impostos.

«pecados»

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Os sete pecados mortais do PS, segundo Ana Benavente


1 - " Adoptou "políticas neoliberais e, portanto, abandonou a matriz ideológica socialista";


2. "Autoritarismo interno e ausência de debate, empobrecendo o papel do PS no país";


3. "Imposição de medidas governativas como inevitáveis e sem alternativa, o que traduz dependências nacionais e internacionais não assumidas nem clarificadas para o presente e o futuro";

4. "Marketing político banal e constante, de par com uma superficialidade nas bandeiras de modernização da sociedade portuguesa";

5. "Falta de ética democrática e republicana na vida pública e na governação";

6. "Sacrifício de políticas sociais construídas pelo próprio PS em fases anteriores";

7. "Falta de credibilidade, quer por incompetência quer por hipocrisia, dando o dito por não dito em demasiadas situações de pesadas consequências".

2439

EDITORIAL

O laboratório explosivo do dr. Passos Coelho

por Ana Sá Lopes
Passos Coelho, mesmo sem querer, tem contribuído para disfarçar a agressividade das políticas sociais do governo Sócrates
Calhou ao socialista José Sócrates o papel de liderar o governo mais à direita dos últimos anos. Por razões variadas, e nem todas dependentes da sua própria vontade, o PS de Sócrates é o responsável pelos cortes de salários dos funcionários públicos e dos reformados e pelo mais violento ataque ao Estado social dos últimos anos, expresso na diminuição de apoio público, em momento de grave crise económica, aos mais desarmados dos cidadãos: os desempregados, reduzindo o direito ao subsídio de desemprego e cortando o subsídio social de inserção, vulgo rendimento mínimo garantido. O Orçamento necessário para contentar Bruxelas e evitar a aterragem do FMI foi feito com as soluções do próprio FMI: cortar salários e subsídios e o Estado social. 
Como se não chegasse, a nova agenda para facilitar os despedimentos e a futura comunhão com Angela Merkel para a governação económica europeia podem colocar o PS de Sócrates (e o seu congénere espanhol) na lista de partidos do centro-direita - por muito que as medidas tenham sido arrancadas à força por Bruxelas, enquanto o PS deitava o programa eleitoral ao lixo.
Mas não deixa de ser um delírio que o primeiro-ministro que aprovou o orçamento mais socialmente agressivo dos últimos anos e que se está a preparar para facilitar os despedimentos muito em breve, apareça como o grande paladino do Estado social. Mas se isto consegue acontecer no Portugal de 2011 é porque Pedro Passos Coelho, o líder da oposição, tem aberto, sempre que pode, o espaço à exploração, por parte do governo, do tema "social". O laboratório de ideias liberais de Passos Coelho começou com a intenção de privatizar a Caixa Geral de Depósitos, ideia entretanto abandonada, e desembocou no Verão, na proposta de revisão constitucional, com a já famosa intenção de não proteger constitucionalmente o despedimento sem justa causa. Esta semana, um discurso sobre empresas públicas sem propostas concretas - mas com a vaga ameaça de fechar algumas - e o lançamento da ideia de aumentar o passe social "para os que podem pagar" deu o mote a mais um contra-ataque de Sócrates e cúpula socialista sobre o ataque do PSD ao Estado social. Os esforços de ontem de Miguel Macedo, o líder parlamentar do PSD, e do vice-presidente Marco António Costa para retirar a agenda liberal de cena foram notáveis, mas o "mal" estava feito - um sábado inteirinho com Sócrates ao ataque.
O laboratório de ideias de Passos Coelho tem-se revelado explosivo - de cada vez que o PSD está no cimo das sondagens, uma nova proposta liberal arrasta-o para a descida, para júbilo do governo.
Tony Judt achava que "em lado algum na Europa existe um eleitorado a favor da abolição dos serviços de saúde públicos, do ensino gratuito ou subsidiado ou da diminuição da prestação pública dos transportes e outros serviços essenciais". Passos Coelho, mesmo sem querer, tem contribuído esforçadamente para disfarçar a agressividade das políticas sociais de Sócrates.

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Pede deferimento

Ex.mo Sr. Director Nacional da PSP:

O acima assinado, tendo tomado conhecimento pelo DN de que (1) a PSP guarda informações sobre a "origem étnica, comportamento da vida privada, fé religiosa, convicções políticas, filiações partidárias ou sindicais" de milhares de cidadãos; (2) de que isso é ilegal; e (3) de que a PSP promete entrar na legalidade "oportunamente";
vem, sabendo o que significa "oportunamente" em "oficialês", e com intenção de que a estimada base de dados da PSP esteja o mais actualizada possível, de modo a que todos os portugueses se possam orgulhar dela tanto quanto V. Ex.cia,
requerer que, no lhe diz respeito, V. Ex.cia se digne tomar "oportunamente" nota das seguintes fiáveis informações: que a sua (do requerente) origem étnica distante recua a uma bactéria anónima que viveu há cerca de 3,5 mil milhões de anos e, mais proximamente, a avós australopitecos "afarensis" chamados Kadanuumuu e Lucy; que tem pecado por pensamentos, palavras e obras (principalmente palavras) contra a ordem política estabelecida; que não tem filiação partidária nem religiosa, mas aceita propostas em envelope fechado; e que, quanto a sindicatos, pertence ao dos jornalistas (se ainda não foi posto na rua por indecente e má figura); e, por fim, que a sua (do requerente, é óbvio) vida privada não tem, infelizmente, nada de excitante e digno de figurar nos estimados registos de V. Ex.cia.
Pede deferimento.