29.12.08

378


Assim se fecham corações

Como podia eu, com um coração tão vasto que, como canta Jacques Brel, só se consegue ver metade dele, deixar de acreditar no que me garantia há meses, olhos nos olhos, o primeiro-ministro, que "ninguém que esteja com o coração limpo, com o coração aberto, pode concluir que esta proposta do Governo de Código do Trabalho não se destina a combater a precariedade e a defender os trabalhadores"?

Foi, por isso, um tremendo choque para o meu pobre, "limpo" e "aberto" coração ficar a saber pelo Tribunal Constitucional que o alargamento de 90 para 180 dias do período experimental afinal "dificulta o acesso […] à segurança no emprego". A agitação que vai no meu coração, com aurículas e ventrículos recriminando-se mutuamente e a tricúspide mergulhada em profunda crise de confiança nas instituições! De tal modo que, quando quis convencer o coração de que, como o primeiro-ministro garante agora, "a avaliação dos professores é indispensável para a melhoria do sistema educativo em Portugal nos próximos anos", o coração, outrora crédulo, me fez - imagine-se! - um manguito. Ou talvez não tenha sido a mim.

27.12.08

377










Linha Editorial???
 
Fiquei hoje a saber, pelo Jornal de Matosinhos que a Câmara de Matosinhos tem uma linha editorial para os livros que os outros publicam.
 
Segundo aquela «publicação», inquirido na última Ass. Mun. por um tal Carlos Paiva sobre qual a razão pela qual teria sido impedido de fazer a apresentação de um livro da sua autoria na Biblioteca Municipal, o Dr. Pinto respondeu: 
"Para apresentação do livro, a Câmara tinha de perceber se tinha qualidade, se estava dentro da linha editorial do munícipio, sem que isso signifique nada contra a liberdade".
 
Dada a sanha que anima o director daquele periódico contra o Dr. Pinto fui tentar confirmar a informação na outra «publicação» do concelho.
Nessa, que agora é uma espécie de «A Voz» do Dr. Pinto, nada. 
Trazia o "relato" do ocorrido na Assembleia, mas sobre a intervenção do Sr Paiva nem letra. O que leva a concluir que será verdadeiro o relatado, mas percebendo-se a enormidade da afirmação do Dr. Pinto se optou por escondê-la.   

Finalmente, e noutras fontes, percebe-se que o livro do Sr. Carlos Paiva é um manifesto contra a política de educação do governo e do partido agora popular. Daí a manobra para a evitar num edifício municipal.
Não vão o chefe, ou o chefinho distrital, ou a senhora da DREN, tecê-las.

Chegados aqui merece alguma reflexão a atitude do preclaro presidente G. P. 

A Biblioteca Municipal, como outros edifícios, tem e deve ter uma função de suporte das actividades culturais, formativas e informativas; e entre elas a da apresentação pública de obras literárias, artísticas, científicas.

É legítimo a Câmara impedir a sua utilização pelos particulares para além das impossibilidades materiais de agenda?

Parece que no entendimento do Dr. Pinto pode, e segundo dois critérios: 
1 - a qualidade da obra 
2 - a linha editorial do munícipio.

Pode a Câmara, como o Dr. Pinto pretende, fazer um juízo prévio da qualidade da obra apresentada, obra que a Câmara não patrocina, não edita, não a responsabiliza?
E quais são as premissas para aquilatação dessa qualidade? Quem as fixa, o vereador da cultura ou o do pelouro da matéria que a obra trata? Como são fixadas, para serem públicas, as regras da "qualidade"? Vão a discussão na Assembleia Municipal, ou são da competência do executivo? São afixadas em edital, ou aprovadas por postura? Quais os critérios da qualidade? O aspecto gráfico? A correcção gramatical? a impecabilidade do estilo? A escolha do tema?

Ou pura e simplesmente não ser contra a política do Dr. Pinto e do seu partido? 
Até porque não se percebe a invocação do critério de qualidade quando se conhece a qualidade ( ou falta dela ) de muitos dos livros que a Câmara publica, apoia, patrocina.

E a Câmara de Matosinhos tem uma linha editorial?  
Qual? Quem a definiu? Onde? Como? É pública?
E tem, sobretudo, uma linha editorial para os livros que os outros escrevem e  editam?

Em suma, a explicação esfarrapada do Dr. Pinto envergonha-o, envergonha o partido a que pertence, envergonha os cidadãos de Matosinhos.
O Dr, Pinto quis abafar a apresentação do livro por razões meramente políticas.

Isso tem um nome!   

E não é bonito!

E é, rigorosa e unicamente contra a liberdade!

26.12.08

376


O pântano!

O que está, hoje, a acontecer no Marco de Canaveses, com a “traficância” do candidato natural do PS pelo número dois de Avelino, é um sintoma claro do pântano fedorento em que se tornaram os partidos do centrão.

Aliás, o mesmo procedimento aconteceu hà uns anos com o PSD que deixou de apoiar o seu candidato natural para apoiar Ferreira Torres.

Agora, essa traficância envolveu um funcionário de uma empresa de construção civil (que desempenha, entretanto, o papel – não o cargo! – de deputado) e o presidente da Federação Distrital do PS. Obviamente, terão tido a conivência de quem lidera, a nível nacional, as questões autárquicas.

Pensávamos que essa atitude seria condenada por todos os militantes, mas, foi com espanto, que ouvi uma justificação arrepiante, feita em forma de desafio: “então, quem paga uma campanha não tem o direito a escolher o candidato?!...”

Isto diz tudo!

Respondi: se é assim, então é mais transparente privatizarem os partidos. Mas, pensando melhor, esse passo já foi dado! 

Já não se escolhem candidatos que se identifiquem com os valores do partido e sejam capazes de lutar pelo bem-comum das populações, mas contratam-se "craques" do jogo de ilusões, como no futebol.

Para os partidos do centrão o interesse-comum (o único que dá sentido à política) tornou-se no "meu interesse e no interesse dos meus clientes ou dos que me apoiam".Fazem da política uma "arte de meter a mão no bolso dos contribuintes".Naturalmente, sempre com o ilusionismo da retórica propagandística de “servir o povo”.

Povo que, quando der conta, terá de pagar os milhões que este Governo anda a despejar nos bolsos dos que criaram a crise que estamos a viver?!...

Quando acabarem as obras da megalomania socrática, onde irá esse povo procurar trabalho, que garantias terão as suas reformas, que dinheiro haverá para os hospitais, as escolas, etc.?!...

Chamam a este Governo socialista e popular (que ideia tão demagógica), como lhe podiam chamar gertrudes ou outra coisa qualquer!

24.12.08

375


Boas Festas

374


A questão da escolha do candidato a presidente no Marco de Canavezes parece ter atravessados negócios - supõe-se que rendosos para justificar a "guerra" - entre dirigentes federativos e o candidato que estes pretendem.
A ser assim constitui não só direito, mas dever dos militantes que os conheçam, vir divulgá-los e tornar pública a porcaria que nos governa e se governa.
Por outro lado começa a perceber-se a golpada delineada pelo Renato Sampaio, pelo Guilherme Pinto e pelos que os acompanham no secretariado da federação.
É triste ver isto acontecer.
E mais triste darem oportunidade ao N. M. de armar em virgem púdica, como se fosse pessoa séria.
A eleição em Matosinhos já tem mais uma questão candente para ser debatida, e não deixará de o ser para prejuízo do PS.
O G. P. continua a fazer, alegremente como os tontos, a cama em que se vai deitar.
.
Em aparte, não pode deixar de se fazer notar a grande qualidade do «site» da concelhia do Marco do PS: 

373









Ainda virão as "cassandras" do costume dizer que levar a discussão para fora de casa é que causa dano ao partido.

No "Público"


PS do Marco exige falar com José Socrates
24.12.2008, Margarida Gomes
Uma delegação de dirigentes da concelhia do PS do Marco de Canaveses prepara-se para se deslocar a Lisboa para se reunir com José Sócrates e confrontá-lo com a decisão da distrital do PS-Porto relativamente ao processo eleitoral autárquico no concelho. "O secretário-geral do PS tem de saber que Renato Sampaio [líder da federação] quer entregar o partido nas mãos de Ferreira Torres", disse ontem ao PÚBLICO o presidente da concelhia marcoenese, referindo-se ao facto de o líder federativo ter escolhido Norberto Soares, "ex-número dois" do antigo autarca do Marco, como candidato do partido à presidência da câmara.
Eleito por unanimidade pela concelhia para encabeçar a lista do PS à presidência da Câmara do Marco, Artur Melo e Castro viu a distrital fazer tábua rasa desta decisão. Anteontem à noite, na reunião do secretariado da concelhia ouviram-se críticas ferozes à forma como a distrital geriu o processo que contrastaram com as palavras de incentivo e de apoio a Melo e Castro. Em função dessa onda de solidariedade, o líder da concelhia recuou na intenção de se demitir e prometeu "levar até às últimas consequências este caso". "Não acredito que o secretário-geral do PS saiba o que é que se está a passar no Marco. Renato Sampaio abriu uma guerra de consequências imprevisíveis", declarou ao PÚBLICO o líder concelhio, afirmando que a tempestade política que se abateu no PS do Marco "está a abrir brechas profundas na candidatura de Norberto Soares". 
Reservando para mais tarde eventuais comentários sobre as verdadeiras razões que sustentaram a escolha do candidato - em vários blogues afirma-se que a opção está relacionada com negócios imobiliários e despesas de anteriores campanhas eleitorais -, Melo e Castro diz que, para já, não pode alongar-se nos comentários, porque ainda não obteve autorização do partido para falar sobre esta questão. Mas sempre vai dizendo:" Não me espanta que a escolha esteja relacionada com o pagamento de favores".
Narciso Miranda veio ontem acusar o aparelho do PS estar a destruir o património do partido e desafiou o líder da federação a explicar se estas são as novas regras do partido. 

No JN

Autárquicas: PS/Marco considera "ultrage" convite da Distrital do Porto a ex-vereador de Ferreira Torres

Marco de Canaveses, 23 Dez (Lusa) - O secretariado do PS/Marco de Canaveses considerou hoje "um ultrage" o convite ao antigo vereador de Avelino Ferreira Torres para candidato socialista à câmara local, em 2009.

Em reunião realizada segunda-feira aquele órgão socialista - que conseguiu demover da anunciada demissão o presidente da Concelhia - decidiu denunciar aos órgãos nacionais do partido o comportamento da liderança do PS/Porto.

O "ex-número dois" de Avelino Ferreira Torres, Norberto Soares, que já tinha anunciado uma candidatura independente, foi convidado pela distrital do Porto do Partido Socialista a encabeçar a lista do PS à Câmara do Marco de Canaveses nas Autárquicas de 2009.

Segundo os socialistas do Marco de Canaveses, a atitude do PS/Porto foi considerada "um ultraje aos órgãos do partido".

"Esta atitude encerra em si mesma tudo o que mais vil e torpe se pode imaginar, não só ao nível do relacionamento pessoal e institucional, mas sobretudo porque não atende à história do PS em Marco de Canaveses que sempre lutou com denodo e afinco pelos mais elementares direitos democráticos na sua terra", refere o comunicado socialista.

O secretariado dos socialistas marcuenses também decidiu não aceitar a demissão do presidente da Concelhia, Artur Melo, manter a proposta de o candidatar pelo partido às eleições autárquicas no próximo ano e solicitar a convocação de uma reunião da Comissão Política Distrital do PS/Porto.

"Os princípios e os valores que defendemos levam-nos, pelo contrário, a exigir que tais comportamentos sejam, em definitivo, expurgados do Partido Socialista e da sociedade em geral", defende a estrutura socialista do Marco de Canaveses, que entrou definitivamente em ruptura com a liderança do PS/Porto.

A Lusa não consegiu contactar, em tempo útil, a direcção distrital dos socialistas portuenses.

JDS.


372

Não passarão!

Cara/o militante, simpatizante, marcoense,

 

Foi num clima de grande fervor e amor à terra e ao partido que ontem reuniu o Secretariado da Concelhia do PS Marco. Tivemos a honra de ver a casa cheia de militantes, simpatizantes e cidadãos independentes que nos honraram com a sua presença. Esta reunião decorreu conforme os estatutos do PS que no seu artigo 21º prevê a participação de cidadãos independentes nas reuniões dos órgãos do partido, excepto nas deliberaçoes, como é natural.

 

As pessoas que participaram nesta reunião, para além dos membros do Secretariado, fizeram-no em resposta ao convite pessoal que lhes enderecei. Para algumas foi a primeira vez que entraram naquela sede e sei que o fizeram porque sentem que a situação que agora se vive no PS do Marco de Canaveses, extravasa já o partido: é uma questão de afirmação da cidadania e de amor à terra. 

 

A reunião culminou com a aprovação de uma proposta do Secretariado (ver texto integral secção comunicados) que na sua essência apela a um sentimento novo na sociedade portuguesa: é preciso higienizar a política e na expurgá-la deste tipo de comportamentos. Igualmente, não foi aceite o meu pedido de demissão. Quanto a isto, senti um forte sentimento de coesão em volta das decisões tomadas e de repulsa e censura por tudo o que nos/me fizeram. Também sei que muitos esperavam a minha morte política e alguns até já me tinham feito o enterro. Mas enganaram-se. Depois do que ontem vi, senti profundamente que ainda há causas e que estas podem mobilizar as pessoas.

 

Tal como no passado um grupo de marcoenses se barricou na ponte de Canaveses derrotando com arames e paus as baionetas e a pólvora dos canhões do melhor exército do mundo, também os marcoenses saberão agora dizer a quem nos quer assaltar: NÂO PASSARÂO!. 


 

 

Artur Melo e Castro,

Presidente da Comissão Política Concelhia

 

 aqui

371

Comunicado do Secretariado
23 Dezembro 2008

Os membros do Secretariado Concelhio do PS Marco, reunidos no dia 22 de Dezembro de 2008, para analisar a situação criada pelo presidente do PS Distrital em convidar para candidato às autárquicas de 2009 o ex-número 2 de Avelino Ferreira Torres, consideram que tal atitude é um ultraje aos órgãos do partido e, particularmente, ao presidente da Concelhia do PS Marco e candidato democraticamente escolhido pelos órgãos do partido às próximas eleições autárquicas, Artur Melo e Castro.

 

Esta atitude encerra em si mesma tudo o que mais vil e torpe se pode imaginar, não só ao nível do relacionamento pessoal e institucional, mas sobretudo porque não atende à história do PS em Marco de Canaveses que sempre lutou com denodo e afinco pelos mais elementares direitos democráticos na sua terra, enquanto e, pelo contrário, aquele que o PS Distrital queria agora escolher pactuava com um poder genuinamente antidemocrático.

 

Por isso, abandonar o partido significava também aceitar tal decisão do presidente do PS Distrital. Os princípios e os valores que defendemos levam-nos, pelo contrário, a exigir que tais comportamentos sejam, em definitivo, expurgados do Partido Socialista e da sociedade em geral.

 

Assim, o Secretariado toma a seguinte posição:

 

• Não aceitar o pedido de demissão do presidente da Concelhia e rejeitar a forma e o conteúdo adoptados pelo presidente da Federação do PS Porto; • Ratificar a estratégia autárquica adoptada até agora, nomeadamente a escolha do candidato do PS Marco às autárquicas de 2009, Artur Melo e Castro; • Solicitar a convocação de uma reunião da Comissão Política Distrital com carácter de urgência para analisar a conduta do presidente da Distrital e do coordenador dos deputados neste processo e que dessa análise se retirem as devidas consequências, pois tal actuação não deve ficar impune a bem da higiene política no interior do PS e da Democracia em Portugal; • Levar esta infâmia ao conhecimento dos órgãos do partido a nível nacional.

 

Esta proposta depois de discutida foi aprovada por unanimidade e será remetida à Comissão Política Concelhia para ratificação, com reunião prevista para o início Janeiro de 09.

 

Esta reunião decorreu de acordo com os Estatutos do PS, nomeadamente o artigo 21º, que prevê a participação de cidadãos independentes nas reuniões dos órgãos do partido e foi votada somente pelos membros do Secretariado.

 

Marco de Canaveses, 23 de Dezembro de 2008.

O Secretariado do PS Marco.


aqui



23.12.08

370










Qual é o PSD que os portugueses preferem?
O PSD populista e demagógico de Luís Filipe Menezes , que aposta em Santana Lopes para cargos importantes, ou o PSD sério e credível de Manuela Ferreira Leite, que aposta em Santana Lopes para cargos importantes?

Ricardo Araújo Pereira na Visão de hoje 

369



Um homem antigo, vindo do Minho, escreveu-me uma carta.
A carta é um panfleto de propaganda eleitoral, que traz encavalitada uma mensagem de boas festas. 
O homem antigo só pode ter-me mandado esta carta porque teve acesso a uma base de dados da qual consta o meu nome e direcção.
Os quais sáo constam de bases de dados oficiais e protegidas por lei.
Se o homem antigo teve acesso a essas bases cometeu (mais) uma ilegalidade.
Espero que o custo destas cartas apareça na contabilidde da cmpnha eleitoral 

368









O recém anunciado PARTIDO POPULAR já está em franca actividade e exibe-se em todo o seu esplendor!
O chefe distrital mostra-se e age de acordo com as mais elementares regras (ia escrever princípios, mas era desadequado) do populismo oportunista:
.
Contactado pelo PÚBLICO, Renato Sampaio revelou que "o líder da concelhia não tem condições para ser candidato, porque vale apenas 2,9 por cento, enquanto Norberto Soares vale 20 e tal por cento". Indiferente ao percurso político do ex-número dois de Ferreira Torres, Renato informa que "Norberto Soares não é acusado de nada". 

367

Modesta contribuição:









22.12.08

366

Taticismo rasca!

Quando são os aparelhos partidário, com os seus sindicatos de voto, a escolherem lideranças, só podem escolher lideranças rascas, sem mérito. E o resultado è evidente: estas, depois, orientam a política no estilo que lhes é próprio -- pelo vale-tudo!

Desde finais de Setembro que, á socapa, o líder da Distrital do PS, Renato, com o deputado Jesus, ex-funcionário de Gaspar Ferreira (empreiteiro, testa de ferro de Avelino Ferreira Torres, sócio do Major Valentim Loureiro e de um tal Luís Oliveira. Com um currículo admirável, basta lembrar que, segundo as contas da autarquia de Gondomar e conforme foi noticiado, começou a construção de um bairro social pelo telhado) tratavam de “trespassar” a candidatura à Câmara do Marco (já anunciada) do Presidente da Concelhia para o nº 2 de Avelino, Norberto Soares.

Esta criatura, que já pertenceu ao PSD, foi depois para o CDS e agora é bandeira do PS, substituiu, na Câmara do Marco, Avelino, na altura em que este se candidatou à Amarante, e nesse período adquiriu por dois milhões de euros a Gaspar Ferreira o cineteatro do Marco, que não valia mais que 250 mil euros?!... Como se vê soube seguir os passos do “mestre”!

Mas, bem vistas as coisas, mesmo copiando estilos (como a compra do cineteatro) de Avelino, nunca ganhará o fulgor do mestre!

Hoje, o PS é uma agência de propaganda que utiliza uma bandeira que nada tem a ver com os valores e princípios que representou. Por isso, não se estranha que tenha substituído o candidato Artur Melo, filho do dr. Artur Melo, um médico muito prestigiado no Concelho, por uma espécie de fotocópia de Avelino.

O que se estranha é que prefira a fotocópia ao original!....

366








O presidente da Federação Distrital do PS avança na golpada que delineou ( e na qual é apoiado pelo G. P.) para ultrapassar as concelhias, e tentar impôr-lhes os candidatos da sua escolha.
Mas sendo quem é, e sobretudo o que é, não hesita, não olha a meios, não tem qualquer espécie de consideração por valores, lealdades, princípios.
Propõe-se indicar para candidato a presidente da Câmara do Marco de Canavezes um tal Norberto Soares que foi, durante anos, o apaniguado número dois do Ferreira Torres naquela Câmara.
Vale a pena  ler, a propósito, o texto publicado pelo António Melo e Castro na página do PS do Marco.
Podem ler-se outras notícias e textos aqui, aqui, aqui , aqui


18.12.08

365

O anúncio da candidatura independente do Narciso Miranda à Câmara, e a sua confirmação pública e definitiva, compromete-o de forma a não poder recuar, e vem introduzir um factor relevante na definição da estratégia do PS.

Se essa candidatura fosse, como até aqui,  uma mera intenção,  poderia sempre surgir na discussão interna a posibilidade de uma proposta, no órgão próprio, de o apresentar como candidato do partido.

E essa eventual proposta, na discussão que suscitaria,  faria acantonar todos os que estão contra ele atrás do G. P. (do mal o menos).

 Ultrapassada essa possibilidade tem o partido, a nível local, de  discutir e escolher quem vai integrar as listas à Câmara e à A. M.

As listas, e não só os respectivos presidentes.


E a questão que se põe é a de saber se uma candidatura encabeçada pelo G. P.,  com uma parte significativa dos vereadores do actual executivo, tem condições para ganhar. 

Ganhar ao N. M. e ao PSD que não vai deixar de aproveitar esta oportunidade histórica.

E creio que a resposta não pode deixar de ser negativa.

Não,  pelo passado hipotecado à condução política do Narciso, que é mais esperto que eles todos juntos e os come de cebolada (até porque lhes conhece os podres que não deixará de expôr,  abundantemente,  na praça pública).

Não, porque  ao longo deste mandato não deram provas de ter um projecto estruturado, pensado e coerente para o concelho, que cative e atraia os eleitores.

Não, porque com a crise que aí vem,  com a política que o governo tem (ou não tem) para socorrer as necessidades dos mais pobres e carenciados, com as duas eleições, europeias e legisltivas antes das autárquicas , o apoio explícito do Sócrates e do aparelho do partido ao G. P. pode ser um autêntico beijo da morte.

Parece pois evidente que para ter sucesso, ou seja para não perder a Câmara, o P. S. vai ter de encontrar dentro de si, em Matosinhos, uma alternativa credível que possa disputar as eleições para ganhar.


364









O P. S. passou ontem, pela voz do "chefe", a partido popular (de esquerda, diz ele).
O que não surpreende.
Desprezadas as questões ideológicas já há muito remetidas para o caixote do lixo da história, abandonada a luta pelos direitos sociais  a proveito do capital, sobretudo do financeiro, menosprezada a defesa dos direitos essenciais, resta a actuação por critérios de oportunidade com a finalidade única de conquistar e manter o poder.  
Essa é a matriz verdadeira de qualquer partido popular.
Em suma, o populismo avassalador que aí está.

17.12.08

363











Pode, à luz dos princípios do neo-liberalismo triunfante, ser o negócio dos piratas somalis considerado um "cluster"?
Também operam "off-shore"! 

16.12.08

362

A  GOLPADA









O valoroso camarada Renato Sampaio e os que o acompanham no Secretariado da Federação ou tresleram ou são ignorantes ou estão de má fé.
Divulgaram um comunicado no qual afirmam, além de outras «minudências», que depois de reunirem com os presidentes de todas as Com. Pol. Concelhias do distrito decidiram, eles presidente e secretariado que:


6 - Foi decidido que que os cabeças de lista às Câmaras serão definidos até ao final do mês de Dezembro e ratificados pelas Comissões Políticas Concelhias até meados do mês de Janeiro  

Ora os Estatutos do Partido são claríssimos:

CAPÍTULO VI

DOS CARGOS POLÍTICOS

Artigo 91º

(Da designação para cargos políticos)

  • 1. A designação para cargos políticos compete:
  • a. À Assembleia Geral da secção de residência, relativamente aos candidatos às assembleias de freguesia;
  • b. À Comissão Política Concelhia, quando se trate de cargos de âmbito concelhio ou relativamente às freguesias, às quais não corresponde secção de residência;
  • c. À Comissão Política da Federação Distrital, quando se trate de cargos de âmbito distrital;
  • d. À Comissão Política da Federação Regional, quando se trate de cargos de âmbito regional;
  • e. À Comissão Política Nacional, quando se trate de cargos de âmbito nacional ou europeu.
  • 2. Quando a Comissão Política Concelhia da respectiva área declarar, em resolução fundamentada, aprovada por maioria de 2/3 dos membros presentes, de importância concelhia a designação para os cargos a que se refere a alínea a) do número anterior, podem tais designações, no todo ou em parte, ser por ela avocadas para deliberação ou ratificação.
  • 3. Quando a Comissão Política de Federação da respectiva área declarar, em resolução fundamentada, aprovada por maioria de 2/3 dos membros presentes, de importância distrital ou regional a designação para os cargos a que se referem as alínea b) do número anterior, podem tais designações, no todo ou em parte, ser por ela avocadas para deliberação ou ratificação.
  • 4. Se a resolução fundamentada referida no número anterior, que declarar a importância distrital ou regional da designação para os cargos aí previstos, for aprovada por maioria simples dos membros presentes, não obtendo 2/3, ou se o mesmo suceder com a deliberação de designação para os cargos em sentido contrário ao da Comissão Política Concelhia, o processo de designação subirá para a Comissão Política Nacional para deliberação, ou ratificação da deliberação inicial da Comissão Política Concelhia.
  • 5. Quando a Comissão Política Nacional declarar, em resolução fundamentada, aprovada por maioria de 2/3 dos membros presentes, de importância nacional a designação para os cargos referidos nos números anteriores, podem tais designações, no todo ou em parte, ser por ela avocadas para deliberação ou ratificação.
  • 6. A Comissão Política Nacional pode ainda deliberar, em última instância, em sede de recurso devidamente apresentado e fundamentado por qualquer dos órgãos da Concelhia ou da Federação (Distrital ou Regional).
 
É claro o que isto quer dizer:
1 - Em primeiro lugar que a competência para a escolha das listas à Câmara é, antes de mais das Comissões Políticas Concelhias;
2 - Para ser a Com. Pol. da Federação a tomar essa decisão tem de declarar de importância distrital ou regional essa escolha, decisão que tem de ser fundamentada e aprovada por maioria de dois terços dos seus membros que estejam presentes na reunião convocada para o efeito .

Para quem for dotado de um mínimo de literacia, de bom senso e de seriedade política é evidente que o presidente da federação e o secretariado da dita não se podem arrogar competências que são próprias de outros órgãos: as comissões políticas concelhias, a Com. Política da Federação e, até, a Com. Política Nacional.
 
Admitir, sequer, que o camarada Renato e "sus muchachos" se possam arrogar esta ousadia  seria consentir numa espécie de golpe de estado interno.