Está constituída e é conhecida a lista que o Guilherme Pinto vai encabeçar na candidatura à C.P.C. a qual, em princípio, dados os apoios que tem na estrutura, deverá ganhar as eleições do próximo dia 5.
Pena que o voto secreto nos impeça de saber se todos os que a constituem vão votar nela!
Vale, de todo o modo a pena, analisar a sua constituição.
.
Antes de mais devem revisitar-se as razões pelas quais é o G.P. que se candidata á liderança local.
O Manuel Seabra tinha esgotado um ciclo de liderança da concelhia, caracterizado pelo total desaparecimento da vida política activa, quer da estrutura partidária quer dele próprio. Nos últimos tempos até as meras convocatórias para as raras iniciativas partidárias eram assinadas em conjunto por ele e pelo G. P.
Esta omissão de actividade não foi acidental. Percebe-se claramente que foi uma estratégia de sobrevivência pessoal.
Como ele próprio disse o seu ciclo político em Matosinhos estava acabado. Nem tinha alternativa a propor, nem capacidade de criar uma, nem coragem para a levar adiante.
Claudicou completamente na capacidade de colocar os «seus» na constituição da lista que ganhou a Câmara. Tinha prometido que os faria entrar em paridade com os indicados pelo G. P. e não meteu nem um. Como se sabe a lista foi feita pelo N. M. e apadrinhada pelo Jorge Coelho.
Restava-lhe recuar para uma posição que lhe assegurasse a calma e o conforto da segurança e a proximidade do poder, condições para fazer singrar uma carreira partidária.
Deixou órfãos os que se reuniam à sombra da sua bandeira e que agora repartem entre si – ainda amigavelmente – os restos do poder. Órfãos de factor aglutinador; não de liderança, de ideologia, de conceitos e interesses comuns porque esses nunca existiram, já que M. S. nunca teve capacidade de os criar.
Perante esta fuga «gueterro-barrosista» poderia ter avançado para a liderança uma das figuras que o apoiavam, designadamente um dos secretários coordenadores. E vários deles ponderaram essa possibilidade.
Em rigor nenhum dos possíveis candidatos conseguiria reunir um apoio unânime, nenhum tinha força para avançar em confronto com os demais.
E sobretudo nenhum quis enfrentar uma questão mais complicada: com uma eventual candidatura independente do N. M. a pôr em risco a vitória nas autárquicas, o líder da concelhia era o primeiro responsável político pela eventual derrota. (Mal, do meu ponto de vista, porque é óbvio que a decisão vai ser avocada por Lisboa).
Perante isto resolveram uma coisa mais simples: se o G. P. quer ser candidato à Câmara que assuma a responsabilidade política disso.
.
Voltando à lista, se analisarmos a sua constituição verificaremos que integra diversas matrizes do PS concelhio:
Em primeiro lugar aqueles que há muito, por diversas e diferentes razões, estão contra o N. M., e que estavam acantonados nas hostes seabristas.
As razões da divergência raramente são ideológicas ou políticas e antes se devem a questões pessoais, a conflitos de interesses, a razões menores.
Não tem unidade entre si, movem-se segundo interesses díspares, dificilmente constituirão um grupo coeso e articulado na concelhia até por não conseguirem encontrar uma liderança capaz.
Terão portanto dificuldade em sobreviver como facção organizada, dissolver-se-ão na voragem dos interesses e das questões concretas.
Ainda por cima vão ser obrigados a fazer campanha autárquica com e pelo G. P. - pois que muitos são presidentes de junta ou candidatos - quando sempre estiveram contra ele, discordam da forma como conduziu a gestão camarária e sofreram a má relação que teve com as Juntas.
Vão eleger uma parte significativa da C. P. C. porque conseguiram impor ao G. P. a colocação de gente sua em lugares elegíveis.
.
Em segundo lugar temos a coorte dos arrolados pelo G. P e que integra vereadores, administradores de empresas municipais, assessores, avençados, funcionários municipais, dirigentes de cooperativas de construção, etc, etc, etc.
E a figura inefável da senhora da DREN, de narcisismo até agora inquebrantável.
Desta turba é muito difícil saber quem e quais as posições que vão assumir na C. P. C.
Quantos se manterão fiéis ao G. P., quantos se bandearão imediatamente com o Alexandre Lopes, quantos se conservarão no limbo a ver em que param as modas. A muita desta gente conviria uma candidatura do N. M. nas listas do PS para evitar ter de se definir.
Alguns não poderão deixar de estar com uma candidatura independente, assim arruinando longos e cuidados anos de militância.
È aqui que está a incógnita da futura C. P. C. Para que lado cairão no momento próprio (vamos ver muitas votações por voto secreto).
Com jeito ainda vamos ver a C. P. a propor a candidatura do N. M. pelo partido.
.
Finalmente deve haver os incondicionais do G. P., que lhe serão leais.
Agradeço a quem souber onde estão e quem são, que me venha esclarecer.
Pena que o voto secreto nos impeça de saber se todos os que a constituem vão votar nela!
Vale, de todo o modo a pena, analisar a sua constituição.
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Antes de mais devem revisitar-se as razões pelas quais é o G.P. que se candidata á liderança local.
O Manuel Seabra tinha esgotado um ciclo de liderança da concelhia, caracterizado pelo total desaparecimento da vida política activa, quer da estrutura partidária quer dele próprio. Nos últimos tempos até as meras convocatórias para as raras iniciativas partidárias eram assinadas em conjunto por ele e pelo G. P.
Esta omissão de actividade não foi acidental. Percebe-se claramente que foi uma estratégia de sobrevivência pessoal.
Como ele próprio disse o seu ciclo político em Matosinhos estava acabado. Nem tinha alternativa a propor, nem capacidade de criar uma, nem coragem para a levar adiante.
Claudicou completamente na capacidade de colocar os «seus» na constituição da lista que ganhou a Câmara. Tinha prometido que os faria entrar em paridade com os indicados pelo G. P. e não meteu nem um. Como se sabe a lista foi feita pelo N. M. e apadrinhada pelo Jorge Coelho.
Restava-lhe recuar para uma posição que lhe assegurasse a calma e o conforto da segurança e a proximidade do poder, condições para fazer singrar uma carreira partidária.
Deixou órfãos os que se reuniam à sombra da sua bandeira e que agora repartem entre si – ainda amigavelmente – os restos do poder. Órfãos de factor aglutinador; não de liderança, de ideologia, de conceitos e interesses comuns porque esses nunca existiram, já que M. S. nunca teve capacidade de os criar.
Perante esta fuga «gueterro-barrosista» poderia ter avançado para a liderança uma das figuras que o apoiavam, designadamente um dos secretários coordenadores. E vários deles ponderaram essa possibilidade.
Em rigor nenhum dos possíveis candidatos conseguiria reunir um apoio unânime, nenhum tinha força para avançar em confronto com os demais.
E sobretudo nenhum quis enfrentar uma questão mais complicada: com uma eventual candidatura independente do N. M. a pôr em risco a vitória nas autárquicas, o líder da concelhia era o primeiro responsável político pela eventual derrota. (Mal, do meu ponto de vista, porque é óbvio que a decisão vai ser avocada por Lisboa).
Perante isto resolveram uma coisa mais simples: se o G. P. quer ser candidato à Câmara que assuma a responsabilidade política disso.
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Voltando à lista, se analisarmos a sua constituição verificaremos que integra diversas matrizes do PS concelhio:
Em primeiro lugar aqueles que há muito, por diversas e diferentes razões, estão contra o N. M., e que estavam acantonados nas hostes seabristas.
As razões da divergência raramente são ideológicas ou políticas e antes se devem a questões pessoais, a conflitos de interesses, a razões menores.
Não tem unidade entre si, movem-se segundo interesses díspares, dificilmente constituirão um grupo coeso e articulado na concelhia até por não conseguirem encontrar uma liderança capaz.
Terão portanto dificuldade em sobreviver como facção organizada, dissolver-se-ão na voragem dos interesses e das questões concretas.
Ainda por cima vão ser obrigados a fazer campanha autárquica com e pelo G. P. - pois que muitos são presidentes de junta ou candidatos - quando sempre estiveram contra ele, discordam da forma como conduziu a gestão camarária e sofreram a má relação que teve com as Juntas.
Vão eleger uma parte significativa da C. P. C. porque conseguiram impor ao G. P. a colocação de gente sua em lugares elegíveis.
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Em segundo lugar temos a coorte dos arrolados pelo G. P e que integra vereadores, administradores de empresas municipais, assessores, avençados, funcionários municipais, dirigentes de cooperativas de construção, etc, etc, etc.
E a figura inefável da senhora da DREN, de narcisismo até agora inquebrantável.
Desta turba é muito difícil saber quem e quais as posições que vão assumir na C. P. C.
Quantos se manterão fiéis ao G. P., quantos se bandearão imediatamente com o Alexandre Lopes, quantos se conservarão no limbo a ver em que param as modas. A muita desta gente conviria uma candidatura do N. M. nas listas do PS para evitar ter de se definir.
Alguns não poderão deixar de estar com uma candidatura independente, assim arruinando longos e cuidados anos de militância.
È aqui que está a incógnita da futura C. P. C. Para que lado cairão no momento próprio (vamos ver muitas votações por voto secreto).
Com jeito ainda vamos ver a C. P. a propor a candidatura do N. M. pelo partido.
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Finalmente deve haver os incondicionais do G. P., que lhe serão leais.
Agradeço a quem souber onde estão e quem são, que me venha esclarecer.