6.2.10

1706


1 - Os que defendem Sócrates não negam a veracidade do que se vai sabendo, não justificam politicamente os actos praticados, não dão a cara pelo «chefe».
Discutem qualidade de jornalismo e segredo de justiça.

2 - Os que defendem o «chefe» e os que não se distanciam da porcaria em que ele está atolado e para a qual nos quer arrastar terão no futuro dificuldade e apresentar-se como sérios, democratas, socialistas.
E de esquerda.



1705



Calhandra
Melanocorypha calandra

4.2.10

1701


1700




1699

Chegamos ao pântano?


PSI 20 (act.)
Lisboa afunda 5,7% e volta a níveis da falência da Lehman
Eudora Ribeiro


A bolsa portuguesa está a acentuar as perdas da sessão e voltou aos níveis da falência do histórico Lehman Brothers. O PSI 20 é o índice que mais cai em todo o mundo e tem 12 títulos a perder mais de 6%.
O PSI 20 afundava 5,68% para 7.388,30 pontos, o nível mais baixo desde a falência do norte-americano Lehman Brothers, que esteve na origem da maior crise mundial desde a Segunda Guerra Mundial.
A bolsa portuguesa é mesmo a que mais afunda em todo o mundo, seguida pela bolsa espanhola, que perde 5,6%. Isto porque, depois da Grécia, as atenções dos investidores voltam-se agora para outros países da zona euro que apresentam mais riscos de entrar em incumprimento, ou seja, Portugal e Espanha, onde os planos para reduzir o défice foram menos agressivos, tal como notou na semana passada a Moody's numa nota de análise sobre Portugal.
Os bancos são os que mais estão a ser castigados por este 'sell-off' porque são os que vão ser mais penalizados pelo aumento do custo da dívida nacional que também se está a fazer sentir. É que os CDS portugueses a cinco anos estão hoje a negociar acima dos 220 pontos, o que corresponde a um novo máximo recorde.
Em Lisboa, os títulos do BCP tombavam 8,66% para 0,70 euros, enquanto BES e BPI cediam mais de 6,5%.
A Teixeira Duarte era, contudo, a acção que mais valor perdia em Lisboa, com uma queda de 9,2% para cotar nos 0,84 euros. A Cimpor e a Sonae Indústria também se destacam com tombos superiores a 8%.
As acções da EDP, da Portugal Telecom e da REN são as que melhor estão a resistir a este 'sell-off', com descidas de cerca de 2%.
Mas não são só as bolsas portuguesa e espanhola que estão a viver um dia negro. As bolsas europeias estão a viver a pior sessão dos últimos dois meses, com quedas superiores a 2% e os índices norte-americanos também caem cerca de 2%.
"Há receios de que os défices da Grécia, de Portugal e Espanha estão demasiado altos", afirmou Manfred Hofer, especialista da LGT Capital Management à Bloomberg.

aqui








“Ou se continua como até aqui, aumentando todos os anos o quinhão de estado, e correndo mais tarde ou mais cedo o risco de estouro ou podemos cortar forte na despesa pública. Teremos guerras e guerrinhas, corporações em peso em protesto, clima de guerrilha institucional e um governo de curta duração. Cortar forte na despesa pública só pode significar um explosivo cocktail que incluirá na sua receita coisas como programas de redução de funcionários públicos, encerramento de dezenas de institutos e comissões, concessões de serviços até aqui públicos, menos dinheiro para a saúde, educação e cultura (encerramento de escolas, diminuição de subsídios), cortes importantes em subsídios e na segurança social, privatizações da RTP, TAP, ANA, etc. Mas… só assim poderemos esperar taxas de crescimento futuras que nos aproximem da UE. Quem terá coragem? Estas coisas não são fáceis de conseguir em democracia.”

1698

Lacão promete consequências políticas se lei for aprovada



Jorge Lacão: “Está naturalmente em causa a governabilidade”



Esperanças...

1697

1696





Umas 'migalhas' para Jardim

Jardim tem-se dado bem com o recurso sistemático à chantagem para vampirizar o Orçamento do Estado e conseguir recordes de endividamento que lhe vão permitindo fazer, com dinheiro alheio, a obra "urbanística, rodoviária e turística" que Almeida Santos tanto admira e alimenta há anos as tentaculares clientelas locais do PSD. Agora, com o défice em 9,3% e um Orçamento fortemente restritivo (salários congelados, obras públicas suspensas, aumento de impostos à vista), Jardim exige mais uns milhões (umas "migalhas", diz Guilherme Silva) aos "cubanos", contando com o facto de ter o PSD como refém. À custa dos otários do Cont'nente, a Madeira tem hoje um poder de compra "per capita" de 95,46% da média nacional (Trás-os-Montes tem 66,33%, o Douro 67,93%, o Minho 71,21%, a Beira Interior Norte 70,88%, o que, como diz Vítor Bento, mais que justificaria que fosse a Madeira a ajudar essas regiões e não elas a continuar a pagar o Carnaval orçamental madeirense). Mas vá dizer-se isso à Oposição parlamentar que, falando muito em "rigor", apenas vê no caso a oportunidade para entalar o PS minoritário...

3.2.10

1695



Contas cruzadas



Carlos Marques de Almeida 

Equilibrar o Orçamento é como ir para o Céu – todos querem lá chegar, mas ninguém é capaz de fazer o mínimo para lá chegar.
O Orçamento de Estado para 2010 nem sequer sofre desta ilusão, uma vez que assume os comportamentos desviantes do Governo sem vergonha ou omissão. Pode dizer-se então que estamos perante um Orçamento realista? Talvez. Mas a forma da besta com 8.3% no ´deficit' e 85.8% na dívida pública desfaz o mito urbano e socialista de uma governação competente. A maioria moral que governou o país nos últimos cinco anos conseguiu o feito de atrasar Portugal por mais dez anos. O primeiro-ministro Sócrates pode orgulhar-se de ser o autor de mais uma década perdida. No meio de uma crise estrutural agravada por uma pesada crise internacional, o primeiro-ministro só pode ser a imagem de mais um herói improvável. A verdade é que o Orçamento é uma peça desgarrada, uma alavanca solta de um Governo sem engrenagem. Não há visão ou propósito, não há confiança nem ambição. Salve-se pois o pouco que ainda resta.
Politicamente, o Orçamento é um ponto zero, é a negação da Legislatura anterior. O Governo vem exibir ao sufrágio público o fiasco político e o colapso de mais uma modernização. Aliás, basta observar o clima político que envolve o país. O primeiro-ministro foge do debate puro e duro e vive numa redoma rosa em que cada discurso completa mais um momento zen. O Governo tem uma estratégia defensiva e conformista em que a apatia alterna com a excitação. O primeiro-ministro transformou a governação numa espécie de ‘road show' para português ver. Junte-se ainda o elemento da chantagem política virada para a Oposição e apontada contra a Presidência da República. A chantagem do Governo é a fonte da instável estabilidade em que o país vive. Mas a Oposição também não prima pela eficácia neste cenário turbulento. Na questão política do Orçamento, a esquerda radical revela a sua estrutural inutilidade, agarrada a um estatismo reciclado e suicida. As direitas, perdidas e sem projecto, são o velho abono de família de uma esquerda moderada e envergonhada no PS. Assim se explica um Orçamento à medida da conveniência do Governo e à escala da monstruosa inconveniência dos portugueses. O Orçamento é o resíduo das oportunidades perdidas pelo Governo e pelo país.
No entanto, no centenário da República, o Governo celebra cem dias de política. Cem dias de Governo equivalem a cem dias de um país em estado de coma. A República sectária, instável, violenta e nada democrática parece constituir uma inspiração para o Governo. Fraca e pobre inspiração. Na confusão de tamanho anacronismo, o Governo anuncia os infalíveis "cheques-bebé". O primeiro-ministro só pode ser um génio da política ao serviço de um país maléfico e ingrato.

1694



A lei proposta não resolve o problema da corrupção.

Mas ajuda.

Daí, apoio!

1693


Texto do Rui Viana Jorge:

O Orçamento de Estado para 2010, apresentado pelo Governo, não é, como poderia e deveria ser, um instrumento para combater a grave crise económica e social, nem para atenuar as desigualdades sociais e as assimetrias regionais que se têm avolumado de ano para ano.
A destruição do aparelho produtivo, a repartição da riqueza cada vez mais desigual e em desfavor dos rendimentos do trabalho, o aumento do desemprego e da pobreza são, entre outras, marcas das políticas que os sucessivos governos têm implementado.
O Orçamento de Estado para 2010 vai em sentido contrário ao que o País necessita, designadamente quanto ao reforço da sua capacidade produtiva, à melhoria das condições de vida de quem trabalha, ao desenvolvimento harmonioso combatendo as assimetrias.
O Orçamento de Estado para 2010 constitui um documento pouco transparente, com verbas avultadas em verdadeiros “sacos azuis”, sem qualquer referência a taxas de execução de investimentos que transitam de orçamentos anteriores e a forma como o Governo apresenta o PIDDAC dificulta a comparação, é uma manobra deliberada para tentar impedir o acesso à informação.
Tudo isto revela o propósito de se esconder o que o orçamento realmente é, tornando-o depois, na sua aplicação, uma caixinha de surpresas, contudo sempre amargas para a generalidade dos Portugueses.




AGRAVA-SE O DESINVESTIMENTO NO DISTRITO


O que o OE 2010 nos mostra é que o investimento público diminui substancialmente face ao ano anterior. E mostra-nos, ainda, em termos de PIDDAC que o Distrito do Porto continua a ser fortemente descriminado, e de uma forma crescente, pelo actual Governo PS, tal como nos anteriores de maiorias absolutas sejam elas do PS,PSD com ou sem o CDS.
É bom recordar que o PIDDAC 2009 foi inferior ao PIDDAC 2005 em mais de 850 milhões de euros, significando uma redução de 71%!
Sabe-se, e a população sente-o, que o Distrito do Porto vem empobrecendo crescentemente há vários anos. A destruição do tecido produtivo a um ritmo mais intenso do que se verifica no País e as taxas de desemprego e pobreza muito superiores à média nacional são algumas das consequências das opções políticas de sucessivos governos, de governos cada vez mais centralizadores.
O PIDDAC 2010 constitui um verdadeiro insulto a quem vive e trabalha no Distrito e, também, a quem exerce a sua actividade económica, designadamente aos micro, pequenos e médios empresários que constituem a esmagadora maioria.
Se compararmos as verbas previstas no PIDDAC 2010 com as do mesmo documento do ano anterior assistimos a uma redução de 84%, enquanto no País essa redução foi de “apenas” 30%! Um verdadeiro escândalo!
E este escândalo assume proporções ainda maiores se levarmos em consideração o factor população.
Na verdade a população do Distrito do Porto representa 17,2% da população nacional mas o Distrito apenas beneficia de 2% do PIDDAC global!
Daqui resulta que, se calcularmos o PIDDAC per capita, em média a cada Português correspondem 267 euros, mas no Distrito do Porto esse valor é de apenas 31 euros.
Como não hão-de aumentar as assimetrias regionais, estando o Distrito cada vez mais distante da média nacional em termos de desenvolvimento e qualidade de vida?


APROFUNDAM-SE ASSIMETRIAS - INTERIOR AINDA MAIS ABANDONADO


Mas se as assimetrias aumentam no País, também tal se verifica no Distrito do Porto.
Com efeito, os dez concelhos do Distrito que não fazem parte do Grande Porto, embora representem 31,3% da população, apenas são contemplados com 13,3% do total do PIDDAC distrital. É acrescentar discriminação à discriminação.
Se calcularmos o PIDDAC per capita nestes dez concelhos temos um valor de 13 euros, quando a nível nacional, recorde-se, é de 267 e a nível do Distrito, no seu conjunto, é de 31!
Verdadeiramente esclarecedor da sensibilidade do Governo que, na continuidade de políticas de muitos anos, não leva em consideração que a maior parte desses dez concelhos faz parte uma das sub-regiões mais pobres da União Europeia, a do Tâmega.


GOVERNO RETIRA VERBAS E FALHA COMPROMISSOS


Analisando os investimentos previstos, verifica-se a continuidade da inscrição de alguns que já deviam estar concluídos em 2009, a permanência de outros mas com prazo de conclusão mais dilatado e o desaparecimento de outros, casos, por exemplo, do Centro de Reabilitação do Norte e da Faculdade de Medicina – Ampliação e Recuperação.
Por outro lado, a Variante da Trofa – Linha do Minho que em 2009 tinha prevista um verba superior a 26,6 milhões de euros passa neste ano para 1,7 milhões, certamente pondo em causa o desenvolvimento do que havia sido projectado.
Também, e não pode deixar de se sublinhar pelo que representa, a expansão da linha do metro apenas é contemplada com 8 milhões de euros para o troço Dragão/Venda Nova. Onde param os protocolos, os acordos, as promessas tão espalhafatosamente feitas? Quanta propaganda que não passa disso mesmo!
Com este Orçamento de Estado, que não serve o País nem a região, o governo PS opta por insistir nas mesmas políticas, nas políticas que conduziram o país às injustiças e às desigualdades que hoje enfrenta.
Como será possível sair da “crise” mantendo as políticas que nos conduziram até ela?

1692

1691





A receita do costume

O Governador do Banco de Portugal é um homem surpreendente. Como Portas diz (onde isto chegou, eu de acordo com Portas!), "fica surpreendido com o BPP, fica surpreendido com o BCP, fica surpreendido com o BPN, fica surpreendido com o valor do défice, fica surpreendido com o valor do endividamento (...)". Constâncio cobra por mês 17 mil euros dos nossos impostos para vir regularmente a público manifestar-se surpreendido com o que se passa sob o seu nariz e, no entanto, é incapaz de surpreender seja quem for. Lebre do Governo sempre que há que preparar terreno para más notícias, chegou a vez de vir opinar que, depois do congelamento dos salários, é preciso aumentar o IVA, alegremente libertando o Governo (é para isso que serve um governador do Banco de Portugal) do compromisso eleitoral de não o fazer. De uma só e inventiva cajadada, o socialista Constâncio faz-se assim, de novo sem surpresa, núncio do FMI, que ontem deu instruções ao Governo para que vá buscar aos salários os milhões gastos em "ajudas" aos bancos. É a receita do costume, os do costume (quem havia de ser?) que paguem a crise.

2.2.10

1690

1689

1688

Matosinhos perdeu!

Consultado o PIDDAC para Matosinhos e, retirando a verba estabelecida para a Plataforma Logística que tem, obviamente, dimensão distrital ou mesmo nacional, as únicas dotações para Matosinhos são, pasme-se, para: a requalificação da EB 2,3 de Leça da Palmeira e para a EB 2,3 de Matosinhos; e reparação do portão do Estabelecimento Prisional de Santa Cruz do Bispo.

.....................

1687

1686

Matosinhos - Prado / Emílio Briel



Imagem roubada ao Das Margens do Rio

1685

Constâncio sugere aumento de impostos indirectos em 2011


 
 
Dinheiro Digital

1684




Para onde vai o Bloco de Esquerda?






1.2.10

1683




no ARIOPLANO

1682


Não publico o artigo do Mário Crespo pela razão óbvia que está já publicado um pouco por todo o lado.
Mas o que lá se relata não pode deixar de nos merecer reflexão.
É a manifestação inequívoca da forma de agir de quem pensa que tudo lhe é licito para se manter no poder.
E que nos envergonha.
Que me envergonha

Em tempo:
Não é «bonito» ouvir as conversas dos outros.
Mas quem é o que é, tem de se precatar com o que diz em público de forma audível, ainda que em conversas privadas.
Como nas escutas dos processos judiciais: depois de se tornarem públicas, apesar de mal e ilegalmente, não se pode agir como se não existissem. 
Existem e tem de ser levadas em conta por quem pensa o mundo.

31.1.10

1681

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ISTO quer dizer o quê?


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1680

Meteram nas comemorações do 31 de Janeiro padre e oração católicos.


É obra !