22.1.11

I LEIXÕES
Com a democracia interrompida durante quase 48horas, não se pode falar dela, da democracia.
Áqueles que dizem que assim não sobra nada, eu digo, sobra sim sobra zero que é bem diferente de nada. Quando a um número se subtrai esse mesmo número não é nada que se obtem;é zero.
E zero não é o pior resultado de todos:veja-se: se a vinte retirar vinte obtenho zero; mas se retirar vinte e um fica menos um(e assim sucessivamente).
Logo zero não é o pior resultado que existe quando nos retiram a democracia ou a interrompem.
É confuso????é sim senhor; mas com esta confusão o que quero dizer é que o que não nos conseguem tirar são as ideias.....
E tendo-as não posso abdicar de as exprimir:querem ver?
Espero que amanhã o sr Mariani tenha tropeçado na sua própria lingua.
Se assim for, tenho a certeza que irei ver o povo deste país dançando e bailando de alegria.
Afinal o povo fica tão contente com tão pouco que é preciso ser muito sacana para não o satisfazer.

21.1.11

regresso a casa

Depois das eleições, e do resultado que vai ter, o candidato alegre acolhe-se de novo nos braços do PS?

Como amanhã tenho que calar o bico, sem nunca ter percebido esta idiotice, apresso-me a ser livre, porque amanhã a democracia é interrompida ate Domingo á noite.Não, não vou indicações de voto. Estejam descansados. Acho que quem visita este blog, sabe ler escrever, contar e pensar, não se justificando portanto qualquer esclarecimento de cariz eleitoral.
Vou como é meu costume desabafar através do meu teclado.
Começo por esclarecer um tal de GUIMARÃES que disse que o PCP era contra a UE mas gostava de lá ter os seus Deputados.
Afinal nem todos sabem ler pelos vistos; Desafio o "amigo" a mostrar um(um só) documento do PCP em que isso seja afirmado. E fica aqui dito; se apresentar um texto só, fica V.Exª. com a certeza que eu(não o BPN) lhe ofereço uma casinha no empreendimento da COELHA.
Claro que como não vai conseguir vai dizer utilizando aquela velha formula de: não disse mas pensa.O velho processo de intenções.
Pois o que o PCP disse e diz, é que era contra as condições em que negociamos a nossa entrada na UE;o que convenhamos é bem diferente, para quem não está de má fé ou sabe Português.
É por essas e por outras que me assusta que vá parar á Presidência um cavalheiro, que diz "pograma" e outras calinadas;que tem uma concepção da sociedade oriunda do primeiro quartel do século passado; que não tem ideologia; que tem demasiados amigos gatunos sem se distanciar deles;que faz negócios que ninguém consegue(140% de lucro em 2 anos em acções); que se impertiga todo por comprar casa a preços da uva mijona aos tais amigos;enfim que fez vénias desnecessárias ao preenchimento duma ficha da PIDE; e por último faz lembrar o "BOTAS"quando se põe a dissertar sobre economia e finanças.
Não tenho grandes ilusões sobre o futuro político do meu país, mas já agora entre uma direita pacóvia e uma direita urbana, civilizada e culta, não me é dificil escolher.

Coelheira

COELHA: ESTÁ DESFEITO O ENIGMA?




NÃO, NÃO ESTÁ.
Fernando Fantasia, amigo de Cavaco Silva e homem ligado à SLN, ementrevista concedida ao JN, explica o “negócio da Coelha”
Tal como se suspeitava, há uma clara divergência entre o negócio realmente efectuado e o negócio declarado - o que consta da escritura.
Da escritura consta a permuta de um prédio urbano (a vivenda Mariani) por um prédio rústico (o terreno onde está hoje edificada a Vivenda Gaivota Azul).
Ao contrário do que diz Fantasia, não houve troca entre dois prédios urbanos, porque à data – 1998 – só um existia, o de Montechoro.
O que realmente houve foi a permuta de um prédio urbano por um rústico, ficando o permutante deste obrigado a nele edificar uma vivenda nas condições acordadas pelas partes.
Esta divergência entre o que foi declarado e o que realmente foi acordado existe, indiscutivelmente, e era relevante para efeitos fiscais (sisa).
A segunda questão que se põe – e agora já há legitimidade para colocar todas as questões, porque um representante de uma das partes já confessou que o negócio efectivamente realizado não é o que consta da permuta – é saber o que realmente ficou acordado entre os contraentes: se o permutante do terreno ficou obrigado a construiu a vivenda que hoje lá existe nada mais recebendo, como contra-prestação, do que a “vivenda Mariani”; ou, se, além desta, Cavaco Silva ficou obrigado ao pagamento de qualquer quantia suplementar.
Na entrevista ao JN, Fantasia dá a entender que houve troca por troca, casa por casa. Assim sendo, de duas uma: ou as vivendas tinham o mesmo valor e não houve qualquer favor; ou, como muitos dizem, a da Coelha valia muito mais do que a de Montechoro e nesse caso Cavaco Silva, ao contrário do que ontem aqui se disse, terá feito um excelente negócio.
Se esse tiver sido o caso, a empresa de Fantasia, à época, como ele próprio diz, ainda não ligado à SLN, limitou-se a fazer um favor, um grande favor a um amigo – um favor porventura de muitos milhares de contos!
A dúvida persiste, mas como tudo se passou entre amigos é bem possível que assim tenha sido. Aliás, a Visão já demonstrou que,quem começou por comprar as sociedade off shores, proprietárias dos terrenos da urbanização da Coelha, foi uma sociedade constituída, além de Fantasia e outros, por um outro amigo de Cavaco - Carpeto Dias –, ao tempo seu assessor em São Bento! Tudo entre amigos, portanto!
Questão igualmente relevante para efeitos fiscais (e que ninguém tem abordado) é a do valor atribuído às prestações permutadas pelo contrato de 1998. Vinte e sete mil contos pela vivenda de Montechoro é pouco, muito pouco. Nem o dobro chegaria para a comprar! Mas como tudo foi negociado entre amigos o fisco será certamente compreensivo…
Enfim, as coisas são como são: certos sectores da imprensa não estão interessados em investigar nada, outros investigam mal ou não sabem investigar e tudo ficará na mesma depois das eleições. De seguro apenas uma certeza: após a passagem de Cavaco Silva por São Bento negócios e política nunca mais voltaram a ser o que eram antes. É a vida!

Correia Pinto no POLITEIA

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O Quinto Cavaleiro

Quem o garante é economista e professor de Economia, ex-catedrático e tudo e, se ele o garante, quem é o povo para duvidar?

Ora o que ele garante é que, se o povo não o eleger já no domingo, como é "essencial", abrir-se-ão os mares e desabará o céu. E pior acontecerá em terra: a sua não eleição à primeira volta provocará imediatamente, avisa ele, "uma contracção do crédito e uma subida das taxas de juros", com consequências apocalípticas para "empresas e famílias".
"Imaginem o que seria de Portugal, na situação económica e financeira complexa em que se encontra, se prolongássemos por mais algumas semanas esta campanha eleitoral", avisa de novo. O povo imagina e o que vê deixa-o petrificado de terror: ao lado da Morte, da Fome, da Peste e da Guerra, cavalga agora o Quinto Cavaleiro, o terrífico Mercado, e todos juntos precipitam-se a galope sobre "empresas e famílias".
Por isso o povo correrá a eleger o ex-catedrático no domingo. Ou no sábado, se lhe permitirem. Elegê-lo-ia até sem eleições (por exemplo, suspendendo-se a democracia por seis meses, assim se poupando milhões porque a democracia é cara). Só o ex-catedrático pouparia os 2,1 milhões de euros (um recorde absoluto) que gastou na campanha. E se, depois, na Presidência, poupasse ainda aos contribuintes uma parte dos 17,4 milhões que gastou em 2010 (outro recorde absoluto), talvez, quem sabe?, o crédito se descontraísse um poucochinho.

20.1.11



Coelho Presidente


José Manuel Coelho é o único candidato anti-sistémico nas eleições presidenciais que terão lugar no próximo Domingo. É o único que denuncia o actual sistema político, a farsa democrática em que vivemos (ao contrário, por exemplo, de Francisco Lopes). É o único que não se candidatou na tentativa de ser eleito, ou para obter votos: candidatou-se para denunciar a autocracia e os poderes que hajem a seu bel-prazer. José Manuel Coelho pode não ter uma mensagem articulada de mudança, pode não ter respostas, pode não ter um sistema político e económico-social alternativo, pronto-a-servir, mas não duvidem que uma grande votação em José Manuel Coelho será sentida como um pontapé-nos-ditos pelo sistema e pela oligarquia que o domina. Muito mais do que uma elevada abstenção, ou votos em branco. Alguém imagina os poderosos preocupados com algo tão passivo como ficar em casa (se calhar foram passear...), ou tão inócuo como votar em branco (sabe-se lá, até podem ser alguns católicos fundamentalistas descontentes com o Cavaco...)? Mas não vão ficar indiferentes a uma votação significativa em alguém tão desbragadamente populista e anti-sistema como José Manuel Coelho, ainda por cima auto-intitulado de comunista, ainda por cima ardina, ainda por cima com um belo sotaque madeirense. Imaginem uma das maiores luminárias do sistema: José Pacheco Pereira. O que é que acham que mais o deixaria indisposto: uma elevada abstenção, muitos votos em branco, ou uma votação significativa em José Manuel Coelho? Acho que todos sabemos a resposta. Mais que não fosse, José Manuel Coelho merece a nossa solidariedade na sua luta contra o tiranete que governa a Madeira. Voto em José Manuel Coelho.

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Sobre "valores e princípios"

Tudo indica que as coisas, na Internacional Socialista (IS), funcionam assim: um partido que imponha uma feroz ditadura no seu país, que ocupe todos os escalões da Administração Pública com "boys" e homens de mão tornando-se um verdadeiro Partido-Estado, que pilhe os recursos colectivos e seja a cúpula política de uma gigantesca rede organizada de corrupção e nepotismo, "reflecte os valores e princípios que definem o nosso movimento" desde que vá mantendo o poder, nem que seja à custa de repressão e da violação sistemática dos direitos humanos.

Logo, porém, que se deixe apear e não ressuscite ao terceiro dia, passa imediatamente a não "reflectir os valores e princípios que definem o nosso movimento" e a IS já não o quer como membro.
Foi o que aconteceu ao RCD, partido do deposto ditador tunisino Ben Ali, que, três dias depois de este e família se terem metido no seu avião privado (acompanhados, segundo os media, de 1 500 barras de ouro do Banco Central) e fugido para a Arábia Saudita, foi expulso da IS por ter deixado de "reflectir os valores e princípios que definem o nosso movimento".
Isto é, durante os 23 anos em que esteve no poder, o RCD de Ben Ali prendeu, torturou, roubou e submeteu o povo tunisino sem que isso incomodasse a IS. Quando já não pode fazê-lo, é que os "os valores e princípios" da IS se ofendam.
O MPLA e o FPI de Laurent Gbagbo (entre vários outros) que ponham as barbas de molho.

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A CASA DA COELHA no Politeia














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19.1.11

O mentiroso de fama supranacional

Eurozone tensions rise amid bailouts

José Sócrates reportedly begged for help last week as Portugal became the latest eurozone country tipped for a bailout. But the cynical response reveals rising tensions within the bloc


Portugal's prime minister, José Sócrates, insists his country does not need bailing out – but the bond markets think otherwise. Photograph: Miguel Riopa/AFP/Getty


Angela Merkel was locked in talks about the euro crisis when the phone rang in the gleaming chancellery in Berlin.
The Portuguese prime minister, José Sócrates, was on the line from Lisbon with a plea for help. Portugal is tipped to be the third of 17 eurozone countries to collapse under the weight of its sovereign debt, needing a German-led bailout. Sócrates sounded desperate and eager to please, according to witnesses.
He asked Merkel what he should do, promised to do anything she wanted, with one big exception. He would not ask for money – for a eurozone bailout with extremely tight strings attached.
According to accounts circulating in Berlin, Merkel left Sócrates to wait while she sought the views of her high-powered visitors – Dominique Strauss-Kahn, the French head of the International Monetary Fund, and Giulio Tremonti, the highly regarded Italian foreign minister who has recently been lobbying for the introduction of "Eurobonds" as part of a solution to the year-long crisis.
Merkel asked Strauss-Kahn about Sócrates' dilemma. The German-speaking IMF chief was dismissive. The Portuguese plea was pointless, he said, because Sócrates would not follow any advice he was given.
The exchange, which occurred last week in Berlin, highlights what a senior German official describes as "Europe's big communication problem".
In the midst of one of the EU's worst ever crises, its leaders seem to have a problem talking to one another. The level of trust between key policymakers and decision-takers is very low, hugely complicating the quest for a way out of the euro's existential challenge.
In Brussels this week, EU finance ministers wrestled with the latest political dispute over the euro: how to reconfigure the €750bn (£630bn) rescue fund set up last May. The meetings were deadlocked, with the European commission leading calls for a prompt increase in how much the fund can lend countries in distress, while Germany led the reluctant camp, arguing there was no need to rush either to top up the fund or to extend its lending activities.
The economic fundamentals in the eurozone are heading in contradictory directions: Germany and northern Europe emerging strong from recession, while southern Europe is locked into a vicious cycle of debt and deflation. This and the sovereign debt troubles of half a dozen countries have put the euro at risk. But the perils are compounded by the frictions between the political leaders charged with settling the crisis.
The same day last week that Sócrates was being brushed off by Berlin, José Manuel Barroso, commission president, announced in Brussels that the euro rescue fund had to be reinforced.
Publicly, Merkel and her finance minister, Wolfgang Schäuble, described Barroso's intervention as "unnecessary". Privately, the chancellor's office told Barroso to shut up, that the €440bn guaranteed by eurozone governments was none of his business since it was not his money.
The sniping has been going on for the past year. Greece's bailout in May was preceded by ugly exchanges about second world war reparations. In November, when Ireland was humiliated, Dublin complained bitterly about being bullied by the EU's big powers. It is now the turn of Portugal and Spain to feel the pain and pressure.
Olli Rehn, EU commissioner for monetary affairs, warned today of "complacency" among member states that refuse to re-model and increase the rescue fund. Germany, again, was the target of the discreet jibe. But the German government is not particularly concerned about Portugal, viewing its economy as too small to have a major impact on the fate of the euro. It took the same view on Ireland and Greece.
Between them, the three countries account for less than 5% of the EU's €12tn gross domestic product.
The primary concern for the core euro countries is international investor confidence in the single currency. It is the waning trust, particularly in the US, in the eurozone's rescue measures, rather than Portugal's plight, which is driving the pressure from the European Central Bank and the European commission for a more ambitious and more flexible bailout instrument.
Klaus Regling, the German official who manages the eurozone's main bailout fund, the €440bn European Financial Stability Facility, has spent much of his seven months in charge touring the bond and financial markets in the US and the far east to gauge investor sentiment. Senior officials say he is worried by what he has found. Key fund managers, especially in the US, have signalled that they fear the euro's days are numbered, that they are unimpressed by Europe's response to the crisis, and that they are divesting.
"The markets don't trust the package. Some Americans give the euro only a few years," said a senior EU official. After challenging the Germans to react more quickly and decisively – and being told to keep quiet – Barroso is to go to Berlin next week ahead of an EU summit in a fortnight.
 
 
 
 



 
 

... como punhos



Acusação
Com as sondagens mais recentes, Cavaco ganha á 1ª volta com números folgados. Não vou perder tempo a falar das variadíssimas manipulações que se podem fazer com elas.
Sei quem perde e quem ganha com estes resultados, e sei quem se vai torcer todo para conter a alegria que já sente.
Mário Soares, e os seus mais dilectos capangas, já dão antecipadamente pulos de contentes. Acho que muitos Portugueses perceberam agora que o fecho das maternidades, e centros de saúde, não são bem a matriz política de um partido dito Socialista. São sim matriz de um grupo de oportunistas, que tomaram conta do PS onde incluo o Dr. Mário Soares, os Lellos os Correia de Campos etc, e no fim da fila as muitas azémulas que por incultura política ou puro oportunismo engrossaram esta bandalheira.
Que diferença lhes faz Cavaco na Presidência????nenhuma
Mesmo sabendo que Cavaco é de longe o mais inculto de todos os Presidentes?????
Claro. A prioridade destes cavalheiros, não é alimentar o espírito;é alimentar a carteira, venha lá a guita donde vier.
E as liberdades? a Democracia?
Como????? Quais liberdades?Democracia de quem?
Liberdades e democracia deles está bem defendida não está sr.Dr. Mário Soares?????Nem que o Carlucci morra há sempre amigos de boa memória.
Já aqui escrevi há bem mais de 3 meses um requien pela UE.
Quando o morto cheirar mal, veremos alguns destes aldrabões abandonar o barco como os ratos em dia de naufrágio.
Com os bolsos cheios claro.
Enquanto não abrirmos os olhos, e não lhe vejo jeito tão cedo, estes Al Capones de meia tijela vão enchendo os alforges.
Não faz mal, a certeza histórica está do meu lado. Disso não tenho dúvidas.
Por isso tenho a certeza que eu e os que pensam como eu havemos de chegar ao fim da estrada, unidos como os dedos da mão

vidas...


Negócio da vivenda de Cavaco envolve empresa do grupo SLN

Presidente-candidato não presta informações sobre a aquisição do imóvel

PAULO MARTINS




A permuta que permitiu a Cavaco Silva adquirir uma vivenda na Aldeia da Coelha, em Albufeira, envolveu uma sociedade parcialmente detida por Fernando Fantasia, um homem com ligações ao universo empresarial da SLN, que deteve o BPN até à nacionalização.



Nesta transacção, que o presidente da República, a disputar a reeleição, incluiu na declaração depositada no Tribunal Constitucional, não está em causa qualquer violação da lei. Faltam, porém, elementos que permitam compreender todos os contornos da operação - desde logo, a escritura, susceptível de esclarecer o que cedeu, em troca da vivenda. 

...   ...

2388




Pecado capital

Portugal continua a sustentar uma capital imperial, mesmo quando já não há império. Sem o velho imenso território, de Melgaço a Timor, a Lisboa centralista entretém-se hoje a colonizar o continente. O regime político vigente impõe-nos um modelo de desenvolvimento (?) monstruoso em que se sacrifica todo o território aos privilégios da corte.

Para alimentar este sistema, os portugueses são fustigados com mais e mais impostos, cujo primeiro objectivo é o de sustentar uma oligarquia imensa instalada na capital. Esta casta é constituída por membros de umas tantas famílias que se distribuem pelos cargos de alta direcção da Administração Pública. Ocupam, de forma rotativa, os postos que conferem maiores regalias. Estes "boys" de luxo saltam dos ministérios para o Parlamento, daqui para os tribunais superiores, pululam entre os melhores "tachos", usufruem de todas as vantagens.
À sua volta e para os servir, concentra-se um séquito de funcionários. Só nas imediações do Terreiro do Paço, num raio de três quilómetros, estão sediados cerca de 60 mil funcionários públicos, distribuídos pelos mais diversos serviços governamentais. Estranhamente, há ainda milhares de empregados do Estado em ministérios cujos serviços estão descentralizados, como a Saúde ou a Segurança Social. Há até funcionários do Ministério da Agricultura que vivem em Lisboa e nunca devem ter visto uma couve. Mas a situação mais bizarra sente-se na Educação, onde mais de mil milhões de euros do respectivo orçamento são derretidos no gabinete ministerial.
E tudo isto, ao mesmo tempo que fecham escolas na província. Mas não só. Enquanto no Norte o desemprego cresce sem parar e o Interior se desertifica, ao mesmo tempo que pelo país encerram escolas, tribunais e serviços de saúde - na capital, todos os investimentos e esbanjamentos são possíveis, todos os pecados são permitidos: mais auto-estradas, expansão do metropolitano, nova travessia do Tejo, mais um aeroporto, novos teatros e museus...
Na capital não há limites, nem para a imaginação, nem para gastos incomensuráveis. Lisboa continuará a absorver todos os recursos do país.
Até quando vamos admitir este saque?

18.1.11

pinocrastes


Deslocação ao Médio Oriente

Sócrates confirma reuniões com fundo soberano do Abu Dhabi

18.01.2011 - 14:13 Por Lurdes Ferreira, em Abu Dhabi

O primeiro-ministro, José Sócrates, confirmou que Teixeira dos Santos teve hoje de manhã reuniões com os responsáveis do principal fundo soberano do Abu Dhabi. Nega, no entanto, que a os encontros tenham sido para vender a dívida portuguesa.

Um dos encontros do ministro das finanças foi com os responsáveis pelas Obrigações do Tesouro, confirmou aos jornalistas no âmbito da primeira vista oficial ao Qatar e ao Abu Dhabi. No entanto, acrescentou: “Estas reuniões serviram fundamentalmente para apresentar o nosso plano de privatizações, apresentar as nossas principais empresas e explorar possibilidades de investimento”.
...
Questionado sobre se tinha procurado junto do Abu Dhabi para compra da dívida, respondeu que se trata de “um investimento, não [de] ajuda” e que a dívida “está no mercado”. Reafirmou que a visita de três dias a estes países do Médio Oriente teve por objectivo a promoção da economia portuguesa numa das regiões mais ricas do mundo e ficará “contente se alguém comprar a dívida portuguesa, que está no mercado”. Mas, garante: “Não viemos aqui tratar disso”.
...



Sócrates: "Compra da dívida portuguesa não é ajuda, é investimento"
O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje que "a questão da compra da dívida pública portuguesa não é uma questão de ajuda, é de investimento", depois de admitir que o ministro das Finanças se reuniu esta terça-feira em Abu Dhabi com responsáveis de dois fundos dos Emirados Árabes Unidos.




campanhas eleitorais... !!!


fotografia do BRAGANZA MOTHERS

2385


Dinheiro Vivo

Taxas de juro insustentáveis

Quando a crise eclodiu na Europa, o Banco Central Europeu iniciou um processo de descida de taxas de juro – as chamadas taxas directoras – para níveis históricos: 1%. (Nos Estados Unidos é ainda menos: de 0% a 0,25%!) Durante mais de um ano, vivemos na ilusão do dinheiro oferecido. Era uma arma contra a crise.
Por:Pedro S. Guerreiro, Director do Jornal de Negócios
O problema é que os clientes dos bancos não pagam estas taxas, mas sim as euribor acrescidas de um ‘spread’. E os ‘spreads’ não são fixados por decreto, mas decididos pelos bancos na sua relação com os clientes – e sobem ou descem na exacta proporção do risco estimado. Ora, no último ano, o risco de crédito em Portugal disparou e os ‘spreads’ também. Um crédito à habitação, que chegou a ter ‘spreads’ abaixo dos 0,5%, é agora quase impossível de encontrar abaixo de 2% e, em muitos casos, ultrapassa os 4%. No último ano, as prestações médias pagas pelos portugueses pelas suas casas aos bancos subiram 15%.
Nas empresas, as linhas de financiamento tradicionais estão a ser fechadas ou renovadas a preços também na casa dos 5% ou 6%. Ora, numa economia que nada cresce e com inflação na casa dos 2%, é impensável suportar taxas de juro acima de 3%. É por isso que se diz que o financiamento externo português está em níveis insustentáveis.

17.1.11

2384

SEGURANÇA: DADOS BIOMÉTRICOS

Portugal cede dados aos EUA sem excluir pena de morte

por VALENTINA MARCELINO

O acordo que o Governo garantiu não pôr em causa a legislação portuguesa viola a mais importante das nossas leis:  a Constituição. O documento, secreto em Portugal, é público nos EUA.
O acordo que os ministros da Administração Interna e da Justiça assinaram com os Estados Unidos da América (EUA) para a cedência de dados pessoais de portugueses não exclui a possibilidade de essa informação contribuir para uma condenação à morte, violando a nossa Constituição. Este acordo visa o "reforço da cooperação no domínio da prevenção e do combate ao crime" e foi assinado em Julho de 2009 entre o ministro Rui Pereira, o então ministro da Justiça, Alberto Costa, e a secretária de Estado norte-americana, Janet Napolitano. Rui Pereira tinha garantido que o acordo salvaguardava a lei nacional.
O Governo tem mantido o texto secreto, sem que os deputados que o vão ratificar o conheçam ainda, mas o blogue Esquerda Republicana descobriu-o no site do Department of Homeland Security (DHS) norte-americano e publicou-o. Segundo o documento, a partilha de informação, que inclui desde dados pessoais a impressões digitais e perfis de ADN, abrange os crimes "que constituem uma infracção punível com pena privativa de liberdade de duração máxima superior a um ano ou com uma pena mais grave".
...


do socretismo...


Transportes: Custos anuais com salários

Metro do Mondego gasta meio milhão

O Metro do Mondego conta com sete administradores, três executivos e quatro não executivos, num universo de 12 trabalhadores que representam gastos de mais de meio milhão de euros. No total, os gestores custam anualmente mais de 240 mil euros, entre salários e outras regalias, de acordo com as declarações da empresa junto da Direcção-Geral de Tesouro e Finanças relativas a 2009.

16.1.11

mitologias



Era o porteiro celestial, sendo representado com duas cabeças, representando os términos e os começos, o passado e o futuro. De fato, era o responsável por abrir as portas para o ano que se iniciava; e como toda e qualquer porta, se volta para dois lados diferentes.Por isso é conhecido como "Deus das Portas".
Também era o deus das indecisões, pois na mitologia uma cabeça falava de uma coisa e a outra cabeça falava de outra coisa completamente diferente.

vidas...