5.3.11

missa do galo



Há muito tempo que não via uma tão grande pessegada!




E ainda por cima pretensiosa...




(salva-se o bom trabalho dos actores)

sucessos

FC Porto deve ficar a mandar no Porto Canal a partir de Julho



O FC Porto vai passar a controlar o Porto Canal a partir do Verão, provavelmente em Junho ou Julho, e imprimir-lhe uma orientação própria, que no entanto não deve seguir as que são comuns destes canais temáticos de clubes desportivos, tipo Benfica TV ou Real Madrid TV, mantendo-se como um canal generalista de inspiração portista.


Que bom destino tiveram os dinheiros da Câmara que o Dr. Pinto anda há anos a dar ao Porto Canal!

4.3.11

jogos


O Diário da República de hoje é integralmente dedicado aos jogos de fortuna e azar


municipalização?

Pessoalmente sou contra a municipalização dos estádios.
Por muitas e diversas razões; e todas vão bater nos motivos de baixa política que estão na origem da ideia.

Não percebo é que se possa ser contra a ideia de um referendo em que os munícipes possam expressar a sua opinião sobre o assunto, que é do interesse de todos.

2.3.11

Son necessarios dos para dançar el tango

Por meios que não posso divulgar, tive acesso a uma antevisão da conversa da Angela com José: Angela: José, desculpa ter-te chamado, mas precisamos falar. José: Como eu te compreendo Angela;eu é que peço desculpa porque me competia a mim ter adivinhado e vir mais cedo em teu socorro. Angela: Em meu socorro? Deves estar enganado. José: Não estou nada, minha querida. Eu nunca me engano; não te esqueças que sou a alma gé-mia do Silva; da nossa raínha de Inglaterra. Angela: Bom, o que eu te queria dizer, é que isto não pode continuar. José: Não podia estar mais de acordo contigo; esta pouca vergonha tem que acabar; senão chamo o Barroso e só lhe digo: quero isto porreiro pá. Angela: XIÇA; CALA-TE POR FAVOR E DEIXA-ME FALAR. Quero eu dizer que temos que intervir em Portugal, financeiramente, para evitar o efeito dominó, e darmos cabo de tudo. José: Ok eu sacrifico-me. Agora deixa-me ir fazer a minha corridinha do dia porque hoje ainda não fiz exercicio

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Á chegada a Portugal, José Socrates declarou que para salvar a UE, Angela Merker, lhe pediu insistentemente que deixasse o FMI entrar em Portugal, por causa da Espanha, Grécia , Irlanda.



O alvoroço dos barões

por Baptista Bastos
Barões do PS contra Sócrates por suspender regionalização." A grave notícia, publicada no DN de anteontem, deixou muitos corações perplexos. Entre os quais, o meu, pobre, e constantemente sobressaltado. Não sei quem são, não os conheço nem estou arquejante de curiosidade para conhecer esses pouco assinalados barões. A perplexidade advém da mera circunstância de as sucessivas direcções do PS terem suspendido tanta coisa, que mais esta suspensão não deveria suscitar alvoroço. Mário Soares suspendeu o próprio PS ao colocar o "socialismo na gaveta", a fim de o resguardar de tentações libidinosas. O PS, cuja origem "socialista" sempre deu que pensar, estava fragmentado à nascença, quando um destemido grupo de advogados e afins, o "fundou", numa recôndita cidade alemã. Era preciso, segundo o siso de alguns estadistas europeus, criar uma organização política, estruturada e com apoios financeiros, que se opusesse à hegemonia do PCP.
Houve alguns equívocos. Uns, fatais, como o de se baptizar o grupo de "socialista", designação extremamente franzina; outros, pitorescos, como aquele estribilho: "Partido Socialista, Partido Marxista", nascido, sabe lá hoje?, de que cabecinha privilegiada. Willy Brandt, "grande amigo de Portugal", como Portugal sabe, de Norte a Sul, ficou furioso quando soube do extraordinário estribilho. Socialista, vá que não vá; agora marxista, o destempero soava a blasfémia. Ajudara o agrupamento a formar-se, e aquela frase rimada, além de maluca e absurda, era perigosa. Rasurou-se, com arfante rapidez, a desmedida loucura. E também se deixou de saudar com o punho direito erguido, substituído pelo esquerdo. Aos poucos, mesmo este, símbolo tímido e um pouco envergonhado, cedeu o lugar a uma triste rosa pálida, metaforicamente a desfolhar-se no manso logótipo.
O PS tem sido tudo isto e o inferno também. Sempre foi um estado d'alma, uma comovida exaltação de fatigados republicanos e nostálgicos antifascistas, antes de ser o que nunca foi: um partido de Esquerda, com o desígnio de mudar o País política e socialmente. Aos poucos, degenerou na massa parda do clientelismo, das cumplicidades duvidosas, dos sinuosos acordos de poder. Exactamente porque jamais foi "socialista", o que quer que a palavra signifique hoje.
O alvoroço dos "barões" não tem razão de ser. Ou talvez tenha uma: a de ainda se desconhecer como o bolo da regionalização vai ser repartido. A pátria está de rastos; o Governo coloca-se de joelhos ante a senhora Merkel; sobe o desemprego; aumenta a fome e o desespero; a toda a hora somos humilhados com infaustas notícias sobre a dívida e as decisões do Banco Central Europeu; ninguém nos dá conta de nada; tudo é sigiloso e clandestino.
Menos a nossa infelicidade.

2662




Regionalizar Paço a passo

Por ordem de Sócrates, o Partido Socialista pôs a Regionalização na gaveta. De onde esta aliás nunca tinha saído. Mais uma promessa não cumprida pelo PS, sintoma de que mais um líder foi engolido pela Lisboa-Capital.

Este recuo do primeiro-ministro constitui, além do mais, um sinal de que a sua apregoada qualidade de resistente se está a esgotar. O modelo de regionalização que interessa ao país exigiria muita coragem. E esta já não existe.
A reforma administrativa que se impõe consiste em substituir de vez o actual sistema de governo por um novo modelo totalmente descentralizado, que dê autonomia às populações de cada região em domínios que vão da saúde à educação ou da segurança social à agricultura e às pescas. Neste novo paradigma, o governo central manteria competências apenas em matérias relativas à soberania, segurança, justiça ou representação do Estado. Um executivo com estas atribuições teria na sua composição poucos ministérios, como o dos Negócios Estrangeiros, Defesa, Administração Interna ou Justiça. Todas as restantes políticas poderiam ser decididas regionalmente e a sua coordenação a nível nacional poderia ser feita ao nível do gabinete do primeiro-ministro.
É claro que este modelo implicaria desmantelar a Administração Pública caduca e colonial que subsiste em Lisboa. A regionalização surgiria assim como um óptimo pretexto para a redução drástica da despesa pública. Poderiam extinguir-se mais de metade dos ministérios. Teriam de ser reconvertidos os 60 mil funcionários públicos que Lisboa emprega. Os funcionários do Ministério da Agricultura que nunca devem ter visto uma couve teriam de ir viver no campo. Os três mil funcionários da sede do Ministério da Educação teriam de ir trabalhar. E o mesmo se passaria com todas as outras repartições da Administração Central.
Por este tipo de regionalização vale a pena lutar. Já, por outro lado, devemos rejeitar liminarmente essoutro arquétipo que consiste na multiplicação de pequenos "terreiros do paço" espalhados pelo país, com todos os seus defeitos. Para isso, mais vale estar quieto. Porque, como diz o ditado, "p'ra pior, já basta assim".

2661

1.3.11

OK, vamos lá então falar do PSD
Pedro Santos Guerreiro



Portugal, arruinado, vive da ajuda temporária dos bancos centrais. Não chega: a uma bicicleta em queda livre de nada servem as rodinhas.
Servirá mudar o ciclista? O PSD pensa que sim, quer eleições e diz porquê - mas não sabe ainda explicar para quê. 

PS tem, desde o início, um Governo com medo de cair; o PSD tem, desde Passos Coelho, pressa em ascender. Um e outro parecem decidir o que fazem não em função do que é melhor para este cromo de uma caderneta alheia que é hoje Portugal, mas sim do seu poder, partidário e pessoal. A ajuda externa pode precipitar, na nossa queda, a do Governo. 

Desde 2008 que não se governa em Portugal. Em 2011 somos governados de fora. E José Sócrates, mesmo que não tenha sido culpado deste descalabro total, foi o primeiro-ministro a quem confiámos, a partir de 2005, que nos salvasse dele. Fracassou. A teoria da vitimização, que é outra face da negação que a precedeu, é uma cobardia. A tempestade é igualmente devastadora, mas as naus são os outros, de bote vamos nós. 

A ajuda externa, de uma forma ou de outra, virá. E o PSD, que se preparava para provocar eleições com o chumbo do próximo Orçamento do Estado, pode ter oportunidade de desalojar Sócrates até ao Verão. Isso, e as sondagens, colocam Pedro Passos Coelho possível próximo primeiro-ministro. O próprio já o pressente e, depois de andar semanas a mandar calar os excitados que o adulam, mudou no fim-de-semana. Já tem coordenador para o programa eleitoral. Já pediu uma maioria clara. Já ataca o tabu da estabilidade - já arregaça as mangas. Está na hora de ser exigente com Pedro Passos Coelho. E das duas dúvidas que ele levanta: a sua consistência ideológica e a sua autonomia face a quem o rodeia. 

Ser consistente significa poder mudar de opinião sem dobrar a convicção. É ser guiado pela sua própria cabeça e não pelo pensamento dominante em cada altura, tão histriónico quanto volúvel. Passos Coelho diz bem quando diz: isto é o que eu defendo, esta é a minha social-democracia, é vossa a opção de me dar poder ou não. Mas depois mostra-se plasticina quando os temas fracturam: na revisão constitucional; na privatização ou encerramento das empresas públicas perdulárias. Uma boa questão mal colocada - que ninguém percebeu e, pelos vistos, nem o próprio. Bastaria dizer: o Estado define, e paga, o que é serviço público; com essa receita do Orçamento, a empresa tem de ter equilíbrio económico. Não é mais aceitável engrossar dívidas "porque sim". 

Ser autónomo é ser independente do partido que o vai corroer com as pressões, cunhas, lóbis, interesses, corrupções, conspirações. E aí, lamento se estou a ser injusto, olha-se à volta de Passos Coelho e fica-se com medo. Imagine-se um Governo com Miguel Relvas como ministro da Presidência, Marco António Costa nas Obras Públicas, Diogo Leite Campos na Justiça ou Jorge Moreira da Silva no Ambiente. Passos Coelho não resistirá a ser olhado como líder de gente fraca ou a tratar do "business". 

O facto de Eduardo Catroga ter sido chamado para credibilizar o PSD é em si mesmo uma demonstração dessa fragilidade. Em breve, o grupo "Mais Sociedade" trará outras capacidades mas o PS dirá, apontando para António Carrapatoso, Joaquim Goes ou Rui Ramos, que o Compromisso Portugal tomou conta do PSD. Nessa altura, o que fará Passos Coelho? Demarca-se, compromete-se, assume-se abaixo ou acima disso? 

Passos Coelho tem de mostrar que foi ele que escolheu os seus conselheiros, não que foram os seus conselheiros a escolhê-lo a ele. Só se o for merecerá o que quer: ser o próximo primeiro-ministro de Portugal. Porque nós, nós o que queremos é que quem o for interrompa esta infinita tristeza de não gerar um Governo de jeito em décadas.

28.2.11

O enterro da regionalização





O enterro da regionalização!

Não é coisa que surpreenda ou para a qual não se tenha chamado a atenção na campanha eleitoral de 2009: Sócrates está nos antípodas da regionalização e de tudo o que seja abrir mão da férrea concentração de poder no seu fiel núcleo duro. Por isso, não espanta que esteja agora a tentar enterrar a regionalização para proteger o feroz centralismo, uma das pedras de toque da sua governação.

Em maioria absoluta, Sócrates riscou a regionalização do seu programa e adiou-a para as calendas perante a passividade dos que no PS a defendiam; em 2009, tentando conter danos eleitorais, Sócrates ainda disse que a regionalização era uma "reforma indispensável e urgente". Já estaria a pensar no pretexto a usar para justificar o recuo...
Cai assim por terra mais uma máscara a Sócrates, agora a da regionalização. Em 2013, o PS terá oito anos de Governo sem dar um único passo concreto para cumprir a Constituição, que prevê a criação de regiões. E não sei se, também neste aspecto, Cavaco Silva vai "cooperar estrategicamente" ou se vai dar alguma nota sobre o que é (mais) uma reiterada inconstitucionalidade por omissão deste Governo.
Curiosamente, a mais recente machadada na regionalização dada por Sócrates usa - em sentido oposto - os mesmos argumentos que levaram Carlos Lage e a CCdRN a organizarem debates e conferências, e a encontrarem-se com os Grupos Parlamentares, defendendo que esta reforma administrativa, em tempo de crise, seria a melhor resposta para enfrentar os desafios do desenvolvimento do país!
Parece assim haver uma traição reiterada da direcção do PS à Regionalização: em 1998, acertou com o PSD liquidar a regionalização e constitucionalizar o referendo; em 2011, Sócrates segue Guterres e vai ao congresso do Porto enterrar a regionalização.

2658




Sócrates põe. Merkel dispõe

Em linguagem oficial, Sócrates "aceitou um convite da chanceler alemã Angela Merkel para uma reunião em Berlim no dia 2 de Março". Em linguagem comum, usada por alguns jornais para intitular a notícia, "Merkel chamou Sócrates a Berlim".

Entre uma e outra situa-se a controversa questão do livre arbítrio: será que o Homem (no caso, o nosso homem em S. Bento) tem de alguma autonomia face ao que a divindade (ou, como diz a dra. Ferreira Leite, "quem paga") dispõe? Em termos ainda mais simples, poderia Sócrates (ou outro nas mesmas circunstâncias) ter recusado o "convite"?
O encontro - marcado, por coincidência, para o dia de mais um dos animados leilões da dívida portuguesa - destinar-se-ia a "discutir" a flexibilização, pretendida por Portugal e a que a Alemanha tem posto as maiores reservas, do Fundo Europeu de Estabilização Financeira. Tendo porém em conta a capacidade negocial de Portugal na matéria, o mais certo é que a senhora Merkel tenha convocado Sócrates só para lhe comunicar o que já decidiu.
Sócrates tem dito e repetido que não quer o FMI a dar ordens em Portugal. Pelos vistos, prefere recebê-las directamente da senhora Merkel. Assim os portugueses sempre podem manter-se na ilusão de que, de 4 em 4 anos, elegem quem os representa e governa e não meros porta-vozes.
As crónicas estarão a partir de hoje de férias, regressando, se a senhora Merkel não dispuser outra coisa, em Abril.

27.2.11

EUA arrasam Ministério da Defesa e Militares Portugueses

O documento vindo a público na Wikileaks, diz entre muitas outras coisas, que os nossos militares têm um desejo por brinquedos caros sustentado por um complexo de inferioridade, não se importando se são úteis ou não, dando como ex. os submarinos.

Sobre o Ministro Severiano Magalhães, dizem ser fraco, ridicularizado e não respeitado pelas chefias militares.

E que diz o nosso inefável Ministro Santos Silva???? isto que se transcreve:

"A minha opinião é de condenação.A confidencialidade desses e doutros documentos é necessária para os países assegurarem a liberdade e segurança das suas populações".

Não se insurgindo contra as afirmações feitas, o simpático ministro, duma vez só, dá uma facada nas costas dos Generais e do colega Ministro. É a vingança possível de quem nem sequer mereceu a atenção do referido embaixador.

Dos EUA, nós e a Europa já agora, admitimos tudo. Podem insultar-nos á vontade.