29.11.06

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A administração de uma empresa exercida por Narciso Miranta & Valentim Loureiro pode ser outra coisa que não danosa?

Matosinhos Hoje

Congresso do PS – Para Narciso o congresso socialista foi um sucesso. Mostrou um partido unido em volta do seu líder e a presença de Manuel Alegre selou bem esse estado de coisas. A uma interrogação de João Lourival, Narciso respondeu-lhe: “não há confusão possível, pois eu sou socialista e quando se fala do PS sei bem separar as águas. Reforçou que o que lhe aconteceu com a não eleição para a Comissão Nacional nada tem a ver com Sócrates, mas com a fragilidade dos que se afirmam como os responsáveis pela gestão socialista da sua distrital do Porto. Disse mesmo mais: “o PS distrital do Porto está desacreditado e desautorizado, aliás tal como a Concelhia matosinhense. Pretenderam “assassinar-me” politicamente, mas não conseguiram.
Caso da Lota – Narciso não pretendeu envolver o diálogo neste assunto, porque entende que na sua resolução houve problemas muito graves e que “eu pretendo é defender o partido e nada mais”. Se os nomes envolvidos no processo de inquérito e disciplinar, que são nomes do topo do partido, falassem certamente que muitas questões complicadas seriam relatadas, “aliás elas estão à vista com o que me fizeram”. E Narciso voltou a dar os parabéns a António Parada por ter passado de “expulso do partido, a dirigente do mesmo”. Rematando: “o que aconteceu no Porto foi muito, muito grave”.
Na política nada é definitivo – Narciso, após ter falado da actualidade socialista, sobretudo no que se refere ao seu caso, não teve dúvida em afirmar que “em política nada é definitivo”. Que quererá dizer Narciso?
Guilherme Pinto está fragilizado? – João Lourival perguntaria a Narciso se os acontecimentos da listagem da Comissão Nacional não terão também fragilizado Guilherme Pinto. Narciso entende que não e que ele é superior a toda a baixa política, mas deixou claro: “não tenho nada a ver com o que se passa na vida do PS em Matosinhos. Para já.”
Jantar de solidariedade – Narciso mostrou a sua felicidade pela realização do mega-jantar que iria ter lugar dentro de pouco tempo, num hotel da cidade do Porto. Para o ex-presidente da Câmara o jantar servirá para estreitar amizades e mostrar a indignação duma grande maioria por aqueles que não sabem ser ninguém na política. Diria que este encontro de amigos e camaradas de partido lhe dará mais força para surgir com a determinação necessária dentro de dois anos.

Matosinhos Hoje

2- NO FIM-DE-SEMANA, cerca de um milhar de militantes quiseram manifestar-me solidariedade e apoio face às atitudes sectárias que alguns, poucos, por vingança e mesquinhez, praticaram. Aqueles que pensavam que as convicções se anulavam e que se conseguia apagar a história tiveram, neste jantar, uma resposta surpreendentemente forte. Amplamente mais forte e expressiva que eu próprio contava. Tudo tem leitura política e, por isso, cá estou disponível para o trabalho. O que mais gostei, com toda a sinceridade, foi de ver trezentos militantes de Matosinhos deslocarem-se ao Porto, em dia de temporal, para participarem no referido jantar. Foi bonito. Foi muito bonito presenciar este acto de solidariedade incomensurável e muitos sabem porque o digo. As "pressões", "diligências", "conselhos" e até "reacções" nem sempre dão resultado. É que não há machado que corte a raiz ao pensamento. A história não se apaga e há memória. Significativas foram algumas ausências, muito poucas. O debate está cada vez mais interessante. Para todos, reconhecidamente, envio o fraterno, solidário e amigo abraço que Mário de Almeida me levou de forma emocionada
Por: Narciso Miranda

27.11.06

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Narciso Miranda

Coitado!!!
Não lhe dão sossego!!!

Depois de um fim de semana tão entusiasmante, com tantos apoios,com tanta solidariedade agora isto.

Então não é que o Tribunal de Contas, seguramente serventuário do Partido que o quer ostracizar, vem dizer que anda a gastar (muito) dinheiro á nossa conta.
É uma tentativa de assanitado de carácter.
É a vingança.

É UMA CABALA

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Do Tribunal de Contas:

82. Tendo em atenção que os administradores não executivos exercem funções por inerência à sua qualidade de autarcas e não por lhes serem exigidas aptidões especiais e específicas para a gestão de uma empresa como a MP, consideram-se exageradas as verbas públicas atribuídas a esse título acessório, às quais, no caso dos administradores Valentim dos Santos Loureiro e José Rodrigues Narciso de Miranda, acrescem ainda as percebidas por via da utilização de cartões de crédito da empresa, totalizando €4.494,75 mensais (cerca de 900 contos), afigurando-se mais adequada a percepção de senhas de presença pelas reuniões do órgão a que pertencem. Anota-se que os valores recebidos por via da mera comparência a reuniões periódicas quinzenais do órgão de administração da MP são superiores à remuneração dos cargos nas respectivas autarquias (estes autarcas, nos termos da legislação pertinente, tal como interpretada pelo Parecer nº. 77/2002 da PGR, publicado no DR II Série de 2 de Outubro de 2003, terão optado por renunciar a metade do vencimento, para assim poderem perceber as remunerações como administradores).
83. No caso dos cartões de crédito, também não se encontra qualquer justificação para a sua atribuição aos dois administradores mencionados.
84. Os responsáveis, nas suas alegações, manifestam discordância sobre esta matéria,
pelo que se sublinha que a MP é uma empresa de capitais totalmente públicos e o TC, de acordo com a sua competência para apreciar a “boa gestão” dos dinheiros públicos (consagrada no artigo 5º, nº 1, alínea f), da Lei nº 98/97, de 26/08), entende dever expressar a opinião de que um administrador que não detém responsabilidades ao nível executivo, mas antes comparece a reuniões quinzenais e satisfaz outros compromissos de natureza meramente pontual, não deve ser abonado, a expensas do Estado, de um vencimento fixo e despesas de representação que totalizam mensalmente mais de 12 salários mínimos no ano de 2004.
85. No que aos cartões de crédito diz respeito, no valor de quase € 1.250 mensais (mais de três vezes e meia o salário mínimo nacional) e que não se justificam para administradores não executivos – bastando o reembolso pela empresa dos valores de facto despendidos contra a apresentação dos respectivos comprovativos – pronunciaram-se e fizeram consignar em acta as suas posições discordantes os representantes dos accionistas Estado, STCP e CP, os quais não lograram no entanto obter vencimento, dada a sua posição social minoritária.