Morreu o único escritor censurado depois do 25 de Abril.
Morreu o escritor a quem a direita não perdoa ter ganho o prémio Nobel, e a quem a social democracia não perdoa por ser comunista.
Morreu o único prémio Nobel que Portugal recebeu (Egas Moniz recebeu-o a meias).
Um prémio Nobel que que foi escorraçado por um governo chefiado pelo notável Cavaco;
Censurado por um secretário de estado que hoje é vidente, de seu nome Sousa Lara.
Deslocado/emigrado em Lanzarote, lá sentiu mais liberdade que no seu próprio país.
Tirando os comunistas e alguns mais, ninguém se levantou para repudiar esta exclusão.
O dr. Mário Soares que foi tão expedito a deslocar-se á Tunísia para visitar um foragido á justiça italinana, Bettino Craxi, que por acaso( ou se calhar não) era secretário geral do partido socialista italiano, só falou que me lembre, uma vez de José Saramago; foi exactamente para dizer mal dum romance, que se o leu foi com o olho que deus lhe pôs nas costas, pois o que disse não corresponde ao livro, que por acaso relata um país imaginário, votando em branco e pondo a classe política em pânico a fugir do país.
Percebe-se o azedume/mêdo.
Fora Saramago um safardana de direita e teria tido bem mais honrarias.
Cada um com os seus heróis.
Eu como muitos comunistas, temos muito orgulho neste companheiro de estrada.
E SENTIMOS UMA ALEGRIA IMENSA AO VERMOS A RAIVA QUE POR AÍ VAI