20.4.07

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Ocorreu hoje, em Matosinhos, um fenómeno sempre curioso, ainda que não surpreendente.
A Junta de Freguesia realizou umas comemorações do 25 de Abril em associação com todas as escolas da freguesia, e com a presença de Vasco Lourenço.
Movimentaram-se no evento cerca de sete mil creanças.
Foram implantados em diversos jardins da freguesia cravos construídos nas escolas e placards com mensagens alusivas.
Curiosamente, por passe de magia, alguma mão se mexeu que conseguiui escoder essa realização da comunicação social.
O evento foi mesmo retirado da agenda de alguns órgãos de comunicação.
Em concreto, e para já reconhecidamente, da RTP.

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Começou ontem na Exponor, a edição do ano do Matosinhos Jazz.
O primeiro concerto iniciou-se com 40 minutos de atraso sobre a hora prevista.
Estiveram ali cerca de 300 pessoas à espera, por esse período de tempo, que chegasse o presidente da câmara, Guilherme Pinto.
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A província, e mais do que isso, o provincianisnmo, são assim.
Ficamos á espera de sua excelência, que não tem educação, nem consideração por ninguém.
E os serventuários seguem atentos e considerantes.

16.4.07

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Citações:

«O cartaz fedorento, é apenas mais uma das manifestações desse espírito vigilante da democracia intensiva que limita a liberdade de expressão política, ao pensamento correcto, instituído em trinta anos pela esquerda que nos governa e nos educa oficialmente.»
O outro josé em:

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Conferência na Junta de Freguesia de Matosinhos, pelo Eng. Cardia Taveira sob o tema «Os três castelos de Matosinhos».
Interessante, esclarecedora e feita de uma formam isenta.
Direi mesmo que o conferencista teve o cuidado de não ferir susceptibilidades.
Até omitiu a utilização do Castelo do Queijo nos últimos trinta anos do fascismo: sede, a Norte, da brigada naval da legião portuguesa. O que seguramente não ignora.
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Já o mesmo se não poderá dizer da apresentadora - Elvira Castanheira.
Disse do conferencista que enquanto estudante em Coimbra foi dirigente da Ass. Académica.
A senhora ou é ignorante ou quer lavar mais branco.
Os dirigentes da Associação Académica são aqueles que são eleitos pelos seus pares, os estudantes, em eleições para o efeito realizadas.
A associação Académica foi fechada pelo governo fascista, com demissão dos seus dirigentes eleitos - que ou foram presos, ou emigraram ou foram incorporados à força na «tropa» - por três vezes no decurso dos anos sessenta; a seguir às crises académicas de 62, 65 e 69.
Para gerir a associação o governo de Salazar nomeava comissões administrativas integradas por estudantes afectos ao regime.
Pretender que esses jovens serventuários do regime foram dirigentes associativos é aviltar a condição de dirigente estudantil.
Os verdadeiros dirigentes estudantis lutavam contra o regime, pela liberdade e contra a guerra colonial. Não posso citar todos, mas assim de repente, podemos lembrar-nos de Carlos Candal, Eurico de Figueiredo, António Barreto, Otávio Ribeiro da Cunha, João Amaral, José Brros Moura e Alberto Martins.
O conferencista, Eng. Cardia, esteve na Associação integrado numa dessas comissões administrativas.
Chamar-lhe dirigente associativo ou estudantil é aviltar todos quantos lutaram, nas universidades, contra a ditadura.