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31.7.09
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A mais curiosa característica do PS será, talvez, esta: quando está na oposição é um partido de esquerda, quando está no governo transforma-se no PSD. Habitualmente, por isso, a escolha dos eleitores faz-se entre o PSD normal e o PSD do Largo do Rato.
A estratégia do PS é interessante sobretudo porquanto dificulta o trabalho do PSD: quando estão no governo, os sociais-democratas enfrentam um opositor feroz que considera vergonhosas as suas políticas; quando está na oposição, o PSD tem de inventar discordâncias com um governo que é extremamente parecido com o seu.
O problema das listas do PS é que parecem desenhadas para compor a bancada socialista quando está na oposição. É verdade que, somados, os partidos à esquerda no PS tiveram, nas últimas eleições, mais de 20% dos votos, e é natural que os socialistas queiram recuperar alguns desses eleitores. Mas, na eventualidade mais ou menos remota de o PS ganhar as legislativas, terá a bancada parlamentar minada por gente que não costuma apoiar o PSD do Largo do Rato. Um putativo governo do PS terá maioria nas urnas, mas não no seu grupo parlamentar. Lá divertido vai ser.
Ricardo Araújo Pereira na VISÃO
30.7.09
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Promessas em saldo
O preço das promessas atingiu nestes dias mínimos, como costuma dizer-se, históricos. Já ninguém lhes pega e as prateleiras dos programas partidários estão cheias de monos. A oferta é excessiva e não parece, pelos resultados das europeias, que a procura de promessas pelos portugueses estique mais depois de todas as não cumpridas da última legislatura.
Agora são 200-euros-200 a cada bebé que nasça, que o Governo, se voltar a ser Governo, porá no banco para serem levantados pelo feliz contemplado quando fizer 18 anos e puder votar PS. Aos bebés uma tal promessa não dirá muito, mas, a crer nas taxas brutas de natalidade divulgadas pelo INE, significará para a banca (a verdadeira feliz contemplada da coisa) mais 20 milhões do Orçamento de Estado todos os anos. Isto se os portugueses, excitados pelos 200 euros (o dinheiro tem reconhecidas virtudes eróticas) não desatarem a fazer filhos em vez de ficarem a ver o 'Prós e Contras' e a telenovela. Não se percebe bem é porque é que o PS, ao mesmo tempo que paga aos portugueses para fazerem filhos, se propõe distribuir gratuitamente preservativos.
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29.7.09
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A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, manifestou-se hoje contra o que chamou de "uma quase perseguição social" dos ricos, criticando a ideia de lhes "retirar determinado tipo de benefícios"
no ECONÒMICO
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Exclusivo JN: Paulo Campos foi o autor do convite a Joana Amaral DiasNELSON MORAIS Foi Paulo Campos, o actual secretário de Estado das Obras Públicas, quem tentou convencer Joana Amaral Dias, do Bloco de Esquerda, a integrar a lista de candidatos do PS às próximas legislativas. Amigo de Joana Amaral Dias há vários anos, Paulo Campos foi convidado pelo presidente da Federação Distrital de Coimbra do PS, Vítor Baptista, a ocupar o terceiro lugar na lista socialista deste distrito. Mas decidiu recusar esse convite e telefonou a Joana Amaral Dias para saber se ela estaria interessada no lugar. A bloquista Joana Amaral Dias, que se havia aproximado do PS quando aceitou ser mandatária da Juventude da última candidatura presidencial de Mário Soares, acabou por declinar o convite de Paulo Campos e, na sexta-feira passada, comunicou essa decisão ao dirigente máximo do Bloco de Esquerda, Franscisco Louçã. Joana Amaral Dias também terá dito a Louçã que, além do segundo lugar na lista de Coimbra, ter-lhe-ia sido oferecido um cargo de dirigente no Instituto da Droga e da Toxicodependência. Segundo a mesma fonte do Bloco, Joana Amaral Dias nunca referiu a Louçã quem lhe tinha oferecido os lugares de deputada e no IDT. No sábado passado, Louçã trouxe a história a público de forma muito cáustica. Acusou de tráfico de influências José Sócrates, secretário-geral do PS e primeiro-ministro, por ter sido oferecido um lugar de Estado à militante bloquista, em troca de apoio para o combate das legislativas. “Isso mostra-nos o desespero em que está o PS”, comentou Louçã. Ainda segundo Louçã, o caso “mostra-nos uma forma de política menor, de vergonha, que é uma política que oferece lugares de Estado, que trafica influências e oferece lugares a troco de algum apoio. Isto é uma vergonha, é a forma de governar em maioria absoluta, é pensar que o Estado é de um partido, mas não é. A democracia não permite traficâncias”, defendeu o dirigente bloquista. O porta-voz do PS, João Tiago Silveira, reagiu ainda no sábado, afirmando que as declarações proferidas por Francisco Louçã eram “falsas”. No domingo, foi a vez de o próprio José Sócrates desmentir qualquer convite a Joana Amaral Dias. “Desminto categoricamente que tenha convidado Joana Amaral Dias ou que tenha pedido a alguém para a convidar”, afirmou. Sócrates esclareceu que, no PS, existem apenas três pessoas que poderiam ter dirigido um convite a Joana Amaral Dias - ele próprio, o presidente da Federação do PS de Coimbra e o ministro do Trabalho, Vieira da Silva -, mas garantiu que nenhuma delas o tinha feito. “O que lamento é que um líder político utilize uma falsidade para atacar outro, ainda por cima, insinuando que andamos a traficar influências”, criticou, dirigindo-se a Francisco Louçã, e acrescentou: “Utilizar mentiras e usar inverdades para atacar um líder político é uma coisa que não se deve fazer”. no JN |
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O “foguetão” da Barranha!
Por: Honório Novo
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28.7.09
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27.7.09
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Notícias do defeso
Quis o acaso que a pré-campanha para as legislativas coincidisse com o defeso futebolístico e que, na campanha partidária como na futebolística, sejam os clubes das camisolas que um dia foram vermelhas e são agora cor-de-rosa desmaiado que se evidenciam pelas aquisições mais notórias, o Benfica pescando nas suplências do Real Madrid, o PS no banco do BE.
Foi assim que Miguel Vale de Almeida, ponta-de-lança LGBT com contrato findo no Bloco, chegou a custo zero, com garantia de titularidade parlamentar, ao PS. O mesmo partido terá tentado ainda a contratação da suplente não utilizada Joana Amaral Dias, negócio inviabilizado pela elevada cláusula ideológica de rescisão que a prende ao seu actual clube, pese (como se diz nos jornais desportivos) o facto de o PS lhe ter acenado com (agora como diz Almeida Santos) "honrarias, cargos e nomeações". Na blogosfera, lugar onde quase toda a gente se conhece e onde, se abundam as cumplicidades e os catálogos de trocas de elogios, abunda também a controvérsia e o ressentimento, não se fala de outra coisa. E o período das transferências ainda vai no início.