29.5.10

2074





A manifestação de hoje é um facto político relevante que não é susceptível de ser elidido.
E a prova disso é que o governo, este governo Sócrates, se sentiu na necessidade de vir através da sostra do ministério do trabalho apelar ao diálogo.
Logo este governo ficou preocupado com a dimensão da manifestação.


A mim preocupa-me outra vertente da coisa: estavam na rua mais de trezentos mil que defendem o enriquecimento da mota-engil e querem que o governo garanta esse enriquecimento dando-lhe o TGV a construir.

2073



MANUEL ALEGRE

Apoiei a candidatura de Manuel Alegre a secretário geral do PS quando a apresentou, dado o programa com que se apresentou que me pareceu a melhor das propostas dos três candidatos. Além de ser dos três a figura que me era mais «simpática».

«Suspendi» o apoio quando a meio da campanha veio declararar que o Narciso Mirada era um grande democrata, um socialista exemplar e um autarca modelo. 
(Curiosamente, embora o N. M tivesse toda a sua gente, do Alberto Martins, aos militantes de base, passando pela senhora da DREN na candidatura do Alegre, ele pessoal e formalmente apoiava o Sócrates; o que lhe valeu alguns amargos de boca quando este deu conta).

Nas últimas presidenciais não apoiei nem votei no Alegre porque aquela candidatura era uma salgalhada.
Para que conste também não votei do dr. Soares nem no dr. Cavaco.

Quanto às presidenciais que aí vem espero para ver.
Porque não voto em pessoas, voto em projectos, em programas, em propostas.
E quanto a isso sabe-se muito pouco.
O silêncio do Alegre nos últimos tempos, sobretudo quando o País atravessa momentos difíceis, é esmagador mas claro.
Se se cala para conseguir  o apoio do PS há-de falar da forma que ao PS-Sócrates for mais conveniente e quando o Sócrates estalar os  dedos.
Não me parece que seja o presidente de que precisamos.   

2072

2071


Governo "fugiu" ao concurso público do Magalhães

Por Sofia Rodrigues
O Governo fugiu à obrigação de promover concurso público para a distribuição dos computadores Magalhães, criou uma Fundação que não se justificava e que controlava directamente e gerou um monopólio para a JP Sá Couto. Estas são as principais conclusões do relatório final da comissão de inquérito à Fundação para as Comunicações Móveis.
PÚBLICO

2070


Gabinetes ministeriais custam mais de 30 milhões em 2010

Por João d"Espiney
Despesas orçamentadas pelo primeiro-ministro e 15 ministros subiram quase um milhão de euros face a 2009. Encargos com pessoal representam dois terços

2069

Apoios

Governo prolonga ajuda à banca por causa da crise

Marta Reis e Tiago Figueiredo Silva   
As Finanças prolongaram até Dezembro as medidas de apoio ao sector financeiro. Os bancos vão poder continuar a beneficiar das garantias do Estado e do programa de recapitalização.

28.5.10

2068

Politicamente incorrecto


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2067


Eurostat

Preço da electricidade desce 1,5 por cento na Europa mas sobe 4,5 por cento em Portugal


Os preços da electricidade para as famílias caíram 1,5 por cento na União Europeia, entre o segundo semestre de 2008 e o segundo semestre de 2009, mas subiram 4,5 por cento em Portugal, segundo dados hoje publicados pelo Eurostat.

2066



Se um dia o povo acorda, põe este governo a dormir.
Para se perceber melhor o que se está a passar na economia Portuguesa, talvez fosse bom que a comunicação social fosse bem mais séria.
Assim por exemplo podia destacar a noticia em que se fica a saber que a Venezuela é o segundo País que as empresas de ratting  consideram com maior risco de pagamento/falência/insolvência ou como lhe queiram chamar. Convém notar que este país desde que virou as costas (salvo seja) ao EUA, tem vindo a crescer como não tinha acontecido até aí. Mas a Colômbia do narco/político  sr. Uribe, está acima de qualquer suspeita, com perto de metade da população em pobreza absoluta.
Já agora a senhora kishner presidente da Argentina, país que há cerca de dez anos foi dado como completamente falido, vem afirmar, que o que a Europa está a fazer, foi o que o FMI fez na altura no seu país, quase o desgraçando. Mais,a referida senhora diz que com estas medidas, o que se vai salvar é o mercado financeiro.(ela lá saberá).
Podia também citar prémios Nobel da economia, mas acho que não iria elucidar mais ninguém.
Os que querem estar informados informam-se; os outros deformam-se.
Espero que amanhã a Manif sirva para fazer acordar mais uns milhares, e o povo português dê mais um passo (definitivo) de modo a safarmo-nos destes........que lá fora se põem de joelhos e cá dentro fazem peito.
Por mim, não dançavam o tango, dançavam era o fandango ao ritmo de chicotadas no traseiro.

Rui Viana Jorge

2065


CRÓNICA ESPECTADOR COMPROMETIDO

Um apoio burocrático

por Pedro Adão e Silva
Neste fim-de-semana o PS apoiará, a contragosto, a candidatura presidencial de Alegre. Manuel Alegre amarrou o PS e Sócrates com uma passividade que lhe sairá cara politicamente, deixou que o PS ficasse amarrado a esta opção. Este apoio burocrático tem em si o entusiasmo dos actos administrativos: obedece a uma racionalidade própria, mas ninguém se dispõe a apoiar afectivamente a decisão. A mobilização entre os socialistas, já se percebeu, será escassa e o resultado eleitoral condizente. Ironia das ironias, Manuel Alegre, que se afirmou decisivamente no PS como um dos mais veementes opositores das estratégias entristas nos anos 70 (que visavam esquerdizar o PS desde o seu interior), é hoje um aliado objectivo do novo entrismo. A estratégia política do BE, o único partido de facto mobilizado no apoio a Alegre, é clara: promover uma cisão no PS e sobre os seus escombros reerguer uma nova esquerda. É por isso que, do mesmo modo que o apoio a Alegre faz todo o sentido para o BE, não faz sentido nenhum para o PS de Sócrates. O problema é que também não faz sentido para quase mais ninguém no PS. Alegre sem o PS não é um candidato vitorioso, mas Alegre com um apoio burocrático do PS é um candidato perdedor. Como se não bastasse, a sua derrota funcionará como uma espécie de vacina para a possibilidade de um PS simultaneamente ganhador e ancorado à esquerda. A única forma de, a partir do centro, esvaziar eleitoralmente o BE e o PC, garantindo a governabilidade à esquerda. 

2064





A hipótese marciana

O empresário Pedro Queirós Pereira, da SEMAPA, tirou da cartola a solução extraterrestre para a crise. Constatando, com pouca originalidade, que a responsabilidade da situação que o país vive passa por sermos governados por gente sem qualidade, propôs que, em vez de se reduzirem os salários dos políticos, eles sejam aumentados "três, quatro ou cinco vezes mais", de modo a podermos ser "mais bem governados", governados pelos "melhores".

Vê-se que Pedro Queirós Pereira é homem viajado, mas deve ter passado anos de mais em Marte, planeta onde, de facto, os partidos escolhem deputados e "boys" pelo seu mérito pessoal e profissional (e moral), e não por amiguismo ou por serviços prestados e a prestar.
Alguém que o convide a descer à Terra e vir a Portugal visitar a AR, empresas públicas, hospitais, autarquias, gabinetes ministeriais. Depressa perceberá que, fossem os políticos aumentados "três, quatro ou cinco vezes mais", as direcções partidárias lhes exigiriam "três, quatro ou cinco vezes mais" acriticismo e obediência e eles teriam "três, quatro ou cinco vezes mais" razões para andarem na linha.

27.5.10

2063

2062












Hospital Pedro Hispano
É lamentável que um hospital, construído há pouco mais de 10 anos, contenha uma rampa com aquela extensão e declive.
Já Há muito mais de 10 anos que existe uma cosa chamada ”bom senso” que nem o projectista, nem as autoridades intervenientes na legalização de tal obra tiveram.
O mal está feito, e o importante agora é rectificá-lo.
Pelo que vou vendo, temo que os muitos estudos e alternativas sirvam de desculpa, para eternizar o problema em desrespeito pelos utentes, tranquilizando as consciências de quem tem a obrigação de o resolver.

FAZER OU NÃO FAZER; eis a questão.
Querem a melhor solução ??? eu dou-a já. Mandem executar todos os que aprovaram tão grande disparate e obriguem-nos a num prazo aceitável repor o que deviam ter feito desde o inicio.
Isto sobra para o projectista e para as grandes cabeças que proliferam na Câmara autorizando e legalizando tudo.
Sobre a ligação ao hospital pela zona norte, conforme se pode ver pela foto do google qualquer empreiteiro de vão de escada em meia dúzia de dias e com meia dúzia de “tostões” se põe a funcionar.
Se for desafiado, encabeçarei um abaixo assinado para acabar com este tipo de disparates(para não dizer poucas vergonhas)


Rui Viana Jorge

2061

Portugal arrisca-se a passar mais 15 anos sem resolver o problema do défice

Por Ana Rita Faria
OCDE admite que, em 2025, o desequilíbrio das contas permanecerá acima da meta de Bruxelas. Dívida pública pode não deixar de crescer, com o crescimento abaixo da média europeia

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) reviu ontem em alta a sua previsão de crescimento para este ano em Portugal, apresentando a visão mais optimista publicada até agora sobre a evolução da economia nacional. Contudo, ao mesmo tempo que deu com uma mão, a organização tirou com a outra, prevendo que o desemprego não baixe dos dez por cento tão cedo (ver caixa) e avisando que, se tudo se mantiver como agora, Portugal perderá mais 15 anos sem resolver alguns dos seus principais problemas: crescimento fraco e um défice público elevado.


2060





Notícias da crise

Não pago muitos impostos (pago apenas um pouco mais do que a banca, em percentagem algo como o dobro), mas tenho o gosto das inutilidades e tento-me às vezes a seguir saudosamente o rasto dos meus descontos através do tortuoso mundo da despesa pública.

Foi assim que descobri na estimada II Série do DR os despachos nºs. 8346, 8347, 8348, 8349, 8350, 8351, 8352, 8353, 8354, 8355, 8356 e 8357 da Secretaria Geral da Presidência do Conselho de Ministros requisitando 12 motoristas para o Gabinete do Primeiro-Ministro. Todos faziam já parte do selecto e felizardo grupo dos portugueses com emprego (na Deloitte & Touche, nos Bombeiros de Colares, no Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Comércio, Hotelaria e Serviços, na PSP e na Carris), e gostei de saber que os meus impostos servem para recompensar o mérito e não para dar trabalho a madraços desempregados. Ou, como fez o pelintra governo francês (7,5% de défice; Portugal tem 9,4%), para obrigar os ministros a guiar utilitários e andar de táxi ou a decorar os gabinetes com flores de plástico por serem mais baratas e durarem mais que as naturais.

2059


Sete milhões em risco

Projecto para a Circunvalação não será entregue até 30 de Junho e pode perder financiamento


CARLA SOFIA LUZ

26.5.10

2058

A vida, na sua riqueza multifacetada, confronta-nos por vezes com realidades surpreendentes e fascinantes.
Hoje foi uma noite assim.


Vi o dr. Pinto presidir a uma conferência sobre a ética na política!




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2057


Economia

Governo acaba com 8 medidas anti-crise
Cristina Oliveira da Silva

O Governo vai retirar oito das 20 medidas anti-crise criadas na sequência da recessão económica, mantendo 12.


A lógica da selecção feita pelo Executivo é conservar as medidas de apoio à contratação e deixar cair as de apoio aos desempregados, relacionadas com prestações como o subsídio de desemprego.
A decisão do Executivo, que se enquadra no âmbito do plano de austeridade aprovado no Conselho de Ministros de 13 de Maio para baixar o défice, foi apresentada hoje de manhã aos parceiros sociais. Veja algumas das medidas que ficam e as que desaparecem.
O que cai:


- O alargamento do subsídio social de desemprego por mais seis meses
- A redução do tempo de trabalho que dá acesso ao subsidio de desemprego
- A majoração do montante de subsídio de desemprego para casais desempregados com filhos a cargo
- O reforço da linha de crédito para apoiar a criação de empresas por parte de desempregados
- A redução em três pontos percentuais das contribuições das empresas que têm trabalhadores com mais de 45 anos
- Os apoios aos trabalhadores em lay-off
- A requalificação de 5.000 jovens licenciados em áreas de baixa empregabilidade
- Eliminação do pagamento adicional do abono de família dos 2º,3º,4º e 5º escalões.

ECONÓMICO


A lógica «socialista» do eng. é sempre a mesma: os pobres que se fodam

2056

Eis o rosto do verdadeiro candidato, de novo, do Partido Socialista, a avaliar pela estratégia adoptada pela Direcção. Depois de anos e anos em que ninguém abriu bico, seguidores venerandos de tudo o que o Chefe emitia, desta vez o Chefe arranjou forma de o PS se manifestar na sua direcção como um partido com opiniões divergentes e plural. Mais, pela primeira vez, em cinco anos em que sempre desprezaram os estatutos, agora estão ciosos de os cumprirem, reunindo como deve ser a Comissão nacional, para que a pluralidade finalmente se manifeste. Parabéns Chefinho! Lelos e Renatos Sampaios à solta, até ao momento em que o tiro saia pela culatra, o que será daqui a uns meses (Outubro de 2011 ou antes?), quando convier ao Chefão! Aliás profundas, profundas, são as palavras do Renato Sampaio, vindas de Alijó (terra em que quase tudo é boa gente) pelo rio abaixo, no meio das pipas, para proferir sabiamente:
- O PS não deve ter a ambição de vencer as presidenciais!

E mais não disse! Felizmente. (PB)

Pedro Batista no SERVIR O PORTO

2055

Austeridade

Equipas dos ministros escapam à proibição de novas contratações

Margarida Peixoto   
A regra do congelamento de admissões não se aplica aos gabinetes de apoio aos ministros e presidentes de câmara, nem às entidades públicas empresariais.
Afinal, o congelamento que o Governo quer impor nas admissões para a função pública não é para todos. Os gabinetes de apoio aos ministros e aos presidentes de câmara, entre outros órgãos de responsabilidade máxima, e as entidades públicas empresariais podem continuar a contratar - revela a proposta de lei entregue ontem no Parlamento.

2054





"Sacrifícios para todos"

Duas notícias de ontem dão conta da revolução semântica sofrida pela palavra "todos" quando usada, como fazem PS e PSD, na expressão "sacrifícios para todos".

A primeira é da Lusa: o presidente da Antrop anunciou que está a negociar com o Governo aumentos de 3 a 4% nos transportes já a partir de 1 de Julho. Com mais 1% do IVA isso significará, para "todos" os portugueses, mais de 4 ou 5% no preço dos bens essenciais.
Entretanto, os portugueses com emprego verão, com as subidas do IRS, diminuir os salários e os 730 mil desempregados e beneficiários do RSI ficarão, com a razia nos subsídios, ainda mais pobres.
A segunda é do "Correio da Manhã": os deputados, a quem, pois os "sacrifícios são para todos", haviam saído pela porta 5% dos vencimentos, verão agora entrar pela janela da AR aumentos de 25% para viagens, transportes e despesas diversas, designadamente "artigos honoríficos e de decoração".
É justo. Se "todos" vamos pagar mais pelo pão e pela água, porque não haveríamos de pagar também mais pelos nossos 230 (o máximo que a Constituição permite) deputados, que são bens não menos essenciais?

2053



O tango e a tanga

O Estado português está em pré-falência, já não consegue honrar os seus compromissos. Perigam as reformas e os salários da Função Pública. E que faz o Governo? Controla despesa, racionaliza a Administração? Não, agrava a carga fiscal. Esta medida parece ter como único objectivo ampliar a dívida pública. Aumentando os impostos, e com as garantias dadas por estes, o Estado português pode contrair mais empréstimos. Endividar o país é assumido como o grande objectivo nacional, acabou a vergonha.

Com mais impostos e mais crédito, o Governo pode continuar a favorecer os amigos com negócios chorudos, como o TGV, ou o novo aeroporto. E como - citando o padre António Vieira - "para alimentar um peixe grande são precisos muitos peixes pequenos", para que poucos fiquem cada vez mais ricos, os pobres serão cada vez mais pobres. Os cidadãos e as empresas irão pois ter de fazer mais sacrifícios, viveremos todos pior, o investimento privado vai baixar, aumentará o desemprego. Adivinham-se tempos problemáticos.
Em desespero, a braços com diversos escândalos, José Sócrates sabe que não pode abandonar o seu lugar, pois só o cargo lhe garante a sobrevivência política. Neste cenário de decadência, o primeiro-ministro encontrou dois cúmplices de ocasião. Por um lado, Cavaco Silva, que não despede Sócrates, pois não quer crises políticas até à sua reeleição e está disposto a sacrificar o país à sua estratégia eleitoral. E, por outro, Passos Coelho, que aposta na deterioração da situação económica e espera pacientemente que o poder lhe caia no colo.
"O Partido Social Democrata disponibilizou-se até para colaborar neste aumento de impostos, a ponto de Sócrates vir dizer que já tinha alguém com quem dançar o tango, neste caso o PSD. Para Sócrates, a política pode de facto parecer um baile, pois rodopia, pula de escândalo em contradição, de forma errática. Mas a música que os portugueses ouvem não é tango, é tanga. Estamos de tanga e ainda por cima estes políticos só nos dão tanga."

25.5.10

2052

2051

A culpa é dos especuladores ?


CONJUNTURA

Risco da dívida portuguesa é 4º que mais sobe no mundo

Risco da dívida portuguesa é 4º que mais sobe no mundo




O risco da dívida portuguesa é o quarto que mais sobe no mundo esta manhã, colocando Portugal na sexta posição da tabela mundial dos países com maior risco de incumprimento, de acordo com os dados da agência de informação financeira Bloomberg.



Os CDS associados aos títulos de dívida portugueses a cinco anos subiam 32,9 por cento relativamente ao fecho de segunda feira, situando-se nos 362,44 pontos base.

DIÁRIO DE NOTÍCIAS

Risco

É mais arriscado investir em Portugal do que no Líbano

Eudora Ribeiro
25/05/10 11:30
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O preço de fazer um seguro contra o eventual incumprimento de Portugal é mais elevado do que o mesmo para o Líbano.
O preço dos credit-default swaps (CDS) sobre obrigações do Tesouro portuguesas a cinco anos é o quarto que mais sobe em todo o mundo, com um avanço de 32,9 pontos para negociar nos 362,44 mil euros.
Quer dizer que por cada 10 milhões de euros aplicados em dívida pública portuguesa os investidores têm de pagar um 'seguro' anual de 362,44 mil euros.
Já o preço dos CDS sobre obrigações do Líbano com a mesma maturidade está a recuar 0,8 pontos para negociar nos 318 mil euros.
O risco da Grécia é mesmo o que mais sobe em todo o mundo (+49 pontos), seguido pelo preço dos CDS sobre obrigações da Venezuela e Espanha, que avançam 41 e 37,5 pontos, respectivamente.
Isto num dia em que se reacendem os receios dos investidores de que a crise de dívida em alguns países da Europa se propague a outras nações e atrase a retoma da economia mundial.
Sinal disso são as fortes quedas que se estão a fazer sentir nas principais praças europeias, com o IBEX 35 de Madrid a afundar mais de 4%. Já o PSI perde mais de 3%, com mais de metade das cotadas a resvalarem 4%.
Este fim-de-semana, o Banco de Espanha teve de intervir no CajaSur, um pequeno banco espanhol, para garantir a sua solvabilidade e , na sequência desta intervenção, várias casas de investimento cortaram as avaliações para bancos espanhóis cotados.
O FMI também disse ontem que os riscos do sistema financeiro espanhol "permanecem elevados", principalmente no sector das 'Cajas'.


2050


COMISSÃO DE INQUÉRITO

Oposição de acordo: atribuição do 'Magalhães' foi ilegal


Oposição de acordo: atribuição do 'Magalhães' foi ilegal

Relatório final vai a votos na próxima semana, neste caso com embaraço para o PS. Oposição diz que o anterior Governo favoreceu a J. P. Sá Couto no 'Magalhães'.

2049


2Causas e Consequências

O fundo do poço

Acordo [Governo e PSD] confirma que chegámos ao fundo de um poço que ameaça tornar-se cada vez mais fundo
    Por:Constança Cunha e Sá, Jornalista
Há duas semanas, o País foi brindado com um patriótico pacote de medidas negociado entre o Governo e o PSD que, abdicando de todas as suas promessas, decidiram avançar com um brutal aumento de impostos, para nos salvar de nós próprios e da iminência da bancarrota. A carga fiscal, graças à especial contribuição do PSD, era, segundo se dizia, compensada com um corte na despesa de igual dimensão.
Durante dois dias, e enquanto o dr. Passos Coelho se entretinha com um patético pedido de desculpas aos portugueses, o sentido de responsabilidade passou a ser um exclusivo do principal partido da oposição que, correspondendo ao pedido de várias famílias, juntou o seu destino ao de um primeiro-ministro que, segundo o próprio PSD, deixara há muito de ter os "pés assentes na terra". Este simples facto que, só por si, podia inviabilizar qualquer tipo de acordo, devia, pelo menos, ter exigido ao PSD um esforço de rigor acrescido nas negociações.
Em vez disso, no entanto, o País foi confrontado com duas folhas soltas onde se enunciavam meia dúzia de medidas avulsas e genéricas para fazer descer a despesa por contraponto à forma, precisa e concreta, como se anunciava a subida da receita. Por outras palavras, o PSD caucionou um aumento generalizado de impostos sem ter obtido, por parte do Governo, qualquer garantia na diminuição da despesa. Agora, cometido o erro, vem-nos dizer que confiou na "boa fé" do primeiro-ministro (o tal que não tem os pés assentes na terra) e que não está disposto a dar cobertura ao que decorre do que ele próprio negociou, ameaçando com moções de censura que não tem condições para concretizar.
A verdade é que, neste momento, os portugueses sabem, de ciência certa, que vão pagar mais impostos. O que não sabem, e ainda ninguém lhes conseguiu explicar, é para que serve este esforço suplementar que lhes foi agora exigido. Para alimentar uma despesa do Estado que não pára de subir apesar de todas as promessas em contrário? Para o Governo assinar um contrato de mil e tal milhões de euros para ligar o Poceirão a Caia e garantir 165 km de TGV? Não há, no famigerado acordo entre o Governo e o PSD, qualquer sinal coerente no que toca à diminuição da despesa ou – igualmente grave – qualquer pista que aponte para um futuro diferente, principalmente no que toca ao estado da economia. O acordo, assente nuns meros cálculos contabilísticos, não apontando um único caminho, limita-se a confirmar que chegámos ao fundo de um poço cujo fundo ameaça tornar-se cada mais fundo.

24.5.10

2048


2. O Manuel e a Maria são casados e têm dois filhos. Ela está desempregada, já não tem direito a subsídio, ele trabalha na construção civil, ganha 800 euros brutos por mês. Um cenário que já se arrasta há mais de dois anos, uma vez que a crise se encarregou de congelar o salário do Manuel. Pelo menos, é essa a desculpa que lhe dá o patrão. Pois o Manuel e a Maria foram chamados a colaborar no "esforço patriótico" que o primeiro-ministro anunciou por estes dias. Inicialmente, Sócrates tinha garantido que os portugueses isentos de IRS continuariam a estar isentos. Mas depois deu o dito por não dito, o que começa a ser uma espécie de imagem de marca, e Manuel e Maria foram chamados a colaborar. E assim o casal, que até aqui estava isento de IRS, pela simples razão de que tem um rendimento miserável - 200 euros por cada elemento do agregado familiar -, vai passar a descontar seis euros por mês, 84 euros no total do ano. Manuel e Maria já decidiram em que patrióticas obras querem ver aplicado o seu magro contributo: 34 euros para a linha de TGV entre o Poceirão e o Caia [compromissos internacionais são para honrar], 30 para a terceira travessia do Tejo e 20 para as auto-estradas do Pinhal Interior [a família da Maria é de uma aldeola da Beira Baixa].

23.5.10

2047

O Senhor de Matosinhos


O dr Pinto, "laico", "republicano" e "consócio" do partido socialista