Comentário colocado em:
Não pode a concelhia deixar de discutir e decidir quem vai ser o candidato do partido à câmara.
Essa é uma competência própria, que não pode nem deve enjeitar.
E, também em minha opinião, deve fazê-lo o mais cedo possível.
Mas, além da escolha do candidato a presidente a comissão política tem também de escolher os restantes candidatos das listas (para a vereação e para a Assembleia Municipal).
Quanto ao candidato a presidente parece que não haverá grandes dúvidas que será o G. P.
Devo dizer que não é o candidato – nem o presidente – que eu escolheria, mas sujeito-me.
Já mais dificil vai ser a escolha dos demais elementos da lista.
Há, contudo, um critério que é inultrapassável, que é o da seriedade e lisura de comportamentos.
O partido vai ter de se defrontar com a candidatura independente do N. M. Quanto à seriedade, honestidade, rigor da actuação deste - e de muitos dos que vão aparecer nas listas que patrocinar - nada é necessário aqui dizer, pois são conhecidas dos cidadãos de Matosinhos. Como conhecida é a sua situação económica e a forma como a aduiriu/adquiriram.
Mas é necessário dizê-lo e denunciá-lo em público.
É nessa matéria que o partido deve inevitavelmente fazer a diferença, para se apresentar ao eleitorado de cara levantada e limpa.
E deve, no meu ponto de vista, colocar claramente essa questão na campanha eleitoral.
Mas se o fizer quem vai apresentar nas lista?
Quantos dos actuais vereadores podem apresentar-se ao eleitorado como gente séria e honesta, com as mãos limpas?
Quantos podem colocar a questão da necessidade de um comportamento irreprensível e sério na gestão municipal, sem correrem o risco de se verem confrontados com a sua actuação passada? E mesmo na que tiveram no actual mandato?
Quantos podem – e até estarão dispostos a – fazer uma campanha que preveligie a ética política em desfavor do «negócio»?
(Só por curiosidade, quantos dos actuais vereadores, são proprietários de terrenos em Gondomar nos locais por onde vai passar a linha do metro?).
Além desta vertente fundamental e da elaboração das listas vai ser imprescindivel elaborar um programa político rigoroso.
Desta não se vai lá só a prometer obras e festas.
E será estulto pensar que vai ser como nas eleições anteriores, com base no clubismo, no amor à camisola.
Desta vez o eleitorado do partido vai estar dividido, não se sabe como, e não é fácil fazer previsões.
E para muita gente o G. P. tem o grave defeito de ter traído o «pai» ( o que, em rigor, até é verdade).
Daí que, concordando, pense que é de facto necessário começar a discutir desde já quem vai ser o candidato.
Mas mais do que isso, quem o acompanha, com que estratégia e com que programa político.