«Retocado» em 13/10, a cause des mouches
O Rafael Barbosa chama ao jantar de ontem “tiro de partida”.
Dificilmente se poderá considerar que foi “a partida”.
Esta deu-se quando o GP, e alguns dos eleitos com ele para a Câmara e Assembleia, decidiram atraiçoar o principio com que se tinham conformado e a que tinham aderido: ser os homens de palha do NM neste mandato.(valerá, agora, a pena perguntarmo-nos porque é que o presidente eleito da assembleia municipal desertou rapidamente e em força).
Até aí nada de novo nem surpreendente: o GP nunca foi mais do que isso;
Um personagem votado a atraiçoar pessoas, projectos e ideias desde que isso lhe permita sobreviver e lhe dê algum protagonismo.
Basta ver a história da sua vida política ( já longa) para perceber que nunca teve luz própria; Sempre existiu para servir e refletir a luz de outros, prestando-se a tudo.
Mais não é do que a triste imagem do aparatchicK. Não existe como individuo pensante, é instrumento de outros.
E continua a sê-lo, por muito que esse outro manipulador que dá pelo nome de Renato Sampaio, diga que é um «autarca de nova geração».
(esta é tão impagável como a outra, no tempo do falecido Guterres, de descobrirem que o Manuel Seabra era o «novo militante socialista»)
A partida já foi dada, portanto, há bastante tempo.
As questões que agora se põem são outras:
1.ª - Tem o G. P. possibilidades de conservar a Câmara de Matosinhos para o PS?
Penso que a resposta não pode deixar de ser negativa.
É hoje mais ou menos claro que o GP não passa no eleitorado de Matosinhos.
Não tem perfil, não tem imagem, não é uma figura respeitada (antes pelo contrário), não se vê projecto que o justifique, não tem política que o sustente, não consegue sequer reunir à sua volta o consenso do partido.
O jantar de ontem foi mais uma mistificação, um logro, que em breve ruirá.
2.ª – Mas se o que se antevê é uma derrota, talvez estrondosa, então porque é que o partido - Federação e Secretarido Nacional – sustentam esta aposta irrisória?
Dando de barato o(s) favor(es) pessoais que o Renato Sampaio lhe deve, porque aposta o «eng.» nele para a candidatura?
Será que a cortina do RS impede que se aperceba do que se passa em Matosinhos?
Será que está iludido? Como? Por quem? Ainda anda aqui a mão do Jorge Coelho?
Sendo evidente que o Guilherme Pinto não pode senão trazer-lhe uma derrota comprometedora, porque não encara seriamente o PS a possibilidade de encontrar outro candidato com condições, capacidade, personalidade e carisma para fazer frente, e derrotar, o NM?