7.11.09

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07 Novembro 2009 - 02h00

Investigação: PJ ouviu principais figuras do PS durante períodos eleitorais

Sócrates em dezenas de escutas

O universo da Comunicação Social esteve sempre presente nas dezenas de conversas entre Armando Vara e José Sócrates, escutadas pela Polícia Judiciária de Aveiro e anexas a certidões que se encontram desde Julho passado na Procuradoria Geral da República. O primeiro-ministro e o ‘vice’ do BCP falaram sobre as dívidas do empresário Joaquim Oliveira, da Global Notícias – que detém títulos como o Jornal de Notícias, o Diário de Notícias e a TSF –, bem como sobre a necessidade de encontrar uma solução para o ‘amigo Joaquim’. Uma das soluções abordadas foi a eventual entrada da Ongoing, do empresário Nuno Vasconcellos, no capital do grupo. Para as autoridades, estas conversas poderiam configurar o crime de tráfico de influências.


no CORREIO DA MANHÃ

6.11.09

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Fico sempre pasmado com aqueles que enaltecem e gabam o gesto do Vara de se suspender das funções da administração do BCP.
E que creditam tal gesto à grande dignidade do homem.

Não seria muito mais digno, muito mais louvável não se ter colocado na situação de sobre ele impender a forte suspeita de ter tido comportamentos ética, cívica e politicamente reprováveis?

Sempre que um Vara se deixa corromper ou corrompe, sempre que um governante a troco de dinheiro despacha o indevido, sempre que um autarca venal vicia uma norma para permitir uma construção ilegal não estão só a enriquecer-se ilicitamente.

Estão a prejudicar a comunidade dos seus concidadãos, estão a criar condições para o empobrecimento geral, estão a aumentar o encargo dos impostos que todos pagam.

É cada vez mais evidente a razão pela qual o PS se opõe tão tenazmente à revisão da legislação contra a corrupção.






EM TEMPO:


Vale a pena ler no POLITEIA:




OMERTA - O QUE ACONTECE A QUEM NÃO SE CALA



Se tiverem dúvidas o texto refere-se oa José Barros Moura que foi pres. da Assmb. Municipal de Felgueiras

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A nova versão do «mata-sete»?




Matosinhos

Narciso critica Renato Sampaio 


Narciso Miranda reagiu ontem contra o'processo virtual', que visa a sua expulsão e de outros militantes do PS, por terem concorrido como independentes nas autárquicas, e acusou o líder da distrital do Porto de 'atitude agressiva, arrogante e quezilenta', O ex-autarca decidiu tomar posição, anunciando que decidiu 'passar procuração a sete advogados',


No PRIMEIRO DE JANEIRO

E, finalmente, apareceu a célebre lista das assinaturas dos 700 militantes do PS que afirmavam apoiá-o.
Para alguma coisa se deu ao trabalho de recolhê-las.

no site da RR

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 "Violações graves" da lei chumbaram concessões das auto-estradas

Acórdãos do Tribunal de Contas referem várias ilegalidades que afectaram o resultado financeiro dos concursos com prejuízo para o Estado.

João Silvestre (www.expresso.pt)


A recusa de visto do Tribunal de Contas às concessões Douro Interior e Transmontana é justificada por graves violações da lei que se traduziram num agravamento dos custos entre o momento do concurso e a fase da adjudicação.

"Se não tivessem ocorrido as violações de lei referidas, há fortíssima probabilidade de que teriam sido obtidos resultados diferentes, com melhor protecção dos interesses financeiros públicos", lê-se no acórdão sobre a concessão Douro Interior agora publicado. Uma posição semelhante à que se lê na decisão sobre a auto-estrada Transmontana.
Vantagem em parcerias público-privadas 
As violações a que os acórdãos se referem estão relacionadas com ausência de estudos que demonstrem que a opção por parcerias público-privada são mais vantajosas, a degradação das condições da oferta entre a fase inicial do concurso e a adjudicação e, no caso da concessão do Douro Interior, também por ausência de declaração de impacto ambiental. 
O tribunal refere ainda, em ambos os casos, que "a gravidade das demais violações que ferem o núcleo central dos valores que devem ser observados na constituição das parcerias publico-privadas e nos procedimentos de negociação e de avaliação de propostas no âmbito da contratação pública e a fortíssima probabilidade de por elas ter sido alterado o resultado financeiro do contrato".



No EXPRESSO









Concessões de auto-estradas
Ministro garante que "chumbo" do Tribunal de Contas não trava obras
O ministro das Obras Públicas garantiu que a recusa do Tribunal de Contas em dar o visto prévio aos contratos das concessões Douro Interior e Auto-Estrada Transmontana, não põem em causa a continuação das obras . António Mendonça garantiu ainda que estas concessões foram adjudicadas às propostas com os preços mais baixos.

Alexandra  Machado

O ministro das Obras Públicas garantiu que a recusa do Tribunal de Contas em dar o visto prévio aos contratos das concessões Douro Interior e Auto-Estrada Transmontana, “não põem em causa a continuação das obras”. António Mendonça garantiu ainda que estas concessões foram adjudicadas às propostas com os preços mais baixos.

António Mendonça, à saída do debate parlamentar sobre o programa do governo, realçou que “a decisão [do Tribunal de Contas] não tem a ver com a avaliação dos projectos, nem com a qualidade técnica dos mesmos, mas com questões processuais”. E lembrou que a Estradas de Portugal já interpuseram recurso.

António Mendonça realçou que as obras foram adjudicadas às propostas com os preços mais baratos e melhores na sua qualificação técnica. O ministro disse mesmo que “os preços pelas quais foram adjudicadas são inferiores ao que se esperava”.


No JORNAL DE NEGÓCIOS

5.11.09

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Venho por este meio exercer o meu direito de resposta.


Chamo-me Bruno Neto e sou administrador do espaço Matosinhos à Esquerda. Único administrador. Não tenho qualquer ligação ou afinidade partidária, seja ao Bloco de Esquerda, seja a qualquer outra força política. No meu espaço tem uma página “Sobre”, criada no mesmo dia do blog, que pode consultar para tirar qualquer dúvida que persista.

Percebo a confusão que o nome possa causar a algum leitor menos atento mas a associação que fez poderia ter sido prontamente esclarecida com a página que lhe referi acima.

Esclarecido este ponto vou passar ao teor do seu artigo. Quando interpreta que sugiro ou afirmo no meu artigo que uma possível decisão de expulsão caberia à Comissão Federativa Distrital ou ao Secretariado fá-lo, penso eu pela seguinte frase:

“A Federação Distrital mostra assim mão de ferro e é irredutível quanto ao processo de expulsão de Narciso Miranda.”

Quando isto refiro-me à proposta de expulsão e não à deliberação, decisão ou tratamento de processos instaurados futuramente. Não tenho problemas em reconhecer que desconheço quem terá competência para propor a instauração do processo mas a julgar pelas palavras de Renato Sampaio fica a ideia que poderá ter alguma coisa a dizer quanto a isso: 

“Não são muitas expulsões [150]. Já no passado, nos mandatos de Narciso Miranda [como presidente da Federação do Porto do PS] foram expulsos 60 ou 70 militantes. Narciso Miranda expulsou-os precisamente pelas mesmas razões", alegou Renato Sampaio.”

Mais adiante, quando o Sr. diz:

“E nessa vertente se fosse eu a decidir não expulsava o NM.
Suspendia-o.
Um militante expulso deixa de ser militante e não está sujeito aos deveres partidários.
Um militante suspenso em sanção disciplinar continua a ser militante.
E portanto continua obrigado a cumprir as regras do partido.
Considerando os relevantes serviços prestados ao Partido - os «camaradas» do BE parece entenderem que os prestou - atenuava-lhe a pena e suspendia-o pelo prazo máximo admissível nos Estatutos”

E interpretando que por “camaradas do BE” se refere erradamente, como já lhe expliquei, a mim, devo perguntar-lhe onde leu que na minha opinião os serviços de Narciso como militante socialista serviriam como atenuante? Estava simplesmente a referir-me ao pedido citado, no mesmo artigo, por Joaquim Queirós. 

Peço-lhe que esclareça publicamente o facto de o meu blog nada ter que ver com o Bloco de Esquerda já que como é óbvio não quero ser ou que o meu espaço seja conotado com algo que não é.

Cumprimentos,
Bruno Neto 

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Aparece menos, mas não está menos repugnante:




Efeitos colaterais 

Entre os efeitos nocivos da grande recessão que agora está a desanuviar não consta somente a forte retracção da actividade económica e o grande desemprego. Está também a excessiva subida real das remunerações, beneficiando da variação negativa dos preços durante a recessão.
Para uma economia com grandes problemas de competitividade externa, o aumento dos custos do trabalho acima do aumento da produtividade pode ser fatal, quer para as exportações quer para o emprego

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Heresias

Regime oculto

1– O caso ‘Face Oculta’não compromete o PS tal como o processo BPN não inculpa o PSD. O que nos deve fazer pensar é o modo como a presença obsidiante do Estado no mundo dos negócios favorece o tráfico de influências exercido por aqueles que a ‘politiqueirice’ promoveu sem mérito. 

Quando Guterres ascendeu ao poder, a esperança socialista era Vara e não Sócrates. A similitude dos percursos foi estorvada pela Fundação e por Sampaio mas ficou a amizade e a intrínseca identidade de valores.

2 – Quaisquer dúvidas acerca do facto de Armando Vara não ser um banqueiro ‘à séria’ ficam desvanecidas pela quantia por que se terá deixado subornar: dez mil euros! Os casos BCP, BPN e BPP ensinaram--nos que um verdadeiro homem da banca não se aventura por menos de 1 ou 2 milhões…
Carlos Abreu Amorim, Jurista

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O PS aos ziguezagues

Um dos piores vícios daquilo que em Portugal se chama governar está nas críticas que já se começam a ouvir à ‘Face Oculta’. Vários socialistas têm criticado o despacho das buscas por dar demasiada informação sobre a investigação. 

A haver violação do segredo de justiça, isso significa um julgamento dos suspeitos na praça pública. Compreende-se a argumentação, mas é preciso recuar ao inquérito da Casa Pia para perceber. Na época, o PS, incomodado com a detenção para interrogatório de Paulo Pedroso, mudou a lei na revisão penal de 2007. Agora, por causa disso, as forças policiais estão obrigadas ao princípio da publicidade dos indícios perante os arguidos e só podem deter se houver comprovado risco de fuga. Em teoria, é um processo penal mais democrático.
Não se pode é querer diabolizar agora a solução cozinhada em 2007 só porque não é muito conveniente, não se sabe bem a quem. Na ‘Face Oculta’, o anterior regime teria colocado os arguidos na situação de detenção para condução ao Ministério Público. Não aconteceu, e a investigação cumpriu a lei, informando-os dos indícios. Agora, as estratégias de defesa raramente são todas iguais e há sempre quem aposte na divulgação dos factos. Só por hipocrisia se pode por isso cingir o ataque da violação de justiça aos magistrados e aos polícias...
Eduardo Dâmaso, Director-Adjunto

4.11.09

1419













O Bloco de Esquerda de Matosinhos, ou parte dele, está condoído com a sorte de Narciso Miranda e a sua eventual expulsão do PS.
Lá saberão das razões da sua preocupação solidária, lá saberão da consideração que tem pelo dito, lá saberão o que os preocupa na eventual expulsão (do objecto do seu cuidado ou de "outrem"), lá saberão do juízo que fazem da intervenção política e autárquica do cavalheiro, do seu comportamento cívico, da lisura dos seus comportamentos;Lá saberão o que os leva a manifestar tal cuidado. 

Parece, mais, entenderem que a possível decisão de expulsão caberá a um órgão político, a Federação Distrital do PS.
Os «camaradas» não tiveram o cuidado de ler os Estatutos do PS.
Se o tivessem feito ter-se-iam dado conta que:
- a decisão do processo disciplinar não cabe a qualquer órgão político «Federação» nem ao secretariado nem à Comissão Política;
- que existe uma Comissão Federativa de Jurisdição, eleita em congresso, para tratar de todos os processos que venham a ser instaurados no período do exercício das suas funções;
- que essa Com. de Jur. Federativa não tem competência para deliberar a expulsão; se entender que a sanção a aplicar deve ser a expulsão propõe à Com. Nacional de Jurisdição - no exercício de uma competência exclusivamente sua e também ela previamente eleita - que decida dessa expulsão, 

Havia um velho aforismo forense que dizia que a justiça militar está para a Justiça como a música militar está para a Música.
E a justiça partidária - e também portanto a do PS - poderá ser influenciada pelo interesse político.      
Se calhar até é.

E nessa vertente se fosse eu a decidir não expulsava o NM. 
Suspendia-o.
Um militante expulso deixa de ser militante e não está sujeito aos deveres partidários.
Um militante suspenso em sanção disciplinar continua a ser militante.
E portanto continua obrigado a cumprir as regras do partido.
Considerando os relevantes serviços prestados ao Partido - os «camaradas» do BE parece entenderem que os prestou - atenuava-lhe a pena e suspendia-o pelo prazo máximo admissível nos Estatutos.  

Aqui chegados senti-me na necessidade de tentar perceber a razão de ser da preocupação do BE de Matosinhos e admiti que vissem o mundo e a realidade à luz da sua própria expertiência.
E fui ler os Estatutos do BE, sobretudo em matéria disciplinar.

Pasmei e percebi!

De acordo com os ditos só há duas sanções possíveis para os militantes: a advertência a exclusão (artigo 6.º).
Claro que (naturalmente direi eu) não podem integrar ou apoiar listas que concorram contra as do partido:
Artigo 5.ª
Responsabilidade dos aderentes
1 - Promover os objectivos políticos do Movimento e actuar civicamente em conformidade.

Mas o que é verdadeiramente impressionante são as regras do processo disciplinar e de aplicação das eventuais sanções:
- A competência para aplicação das sanções é de um órgão político - a Mesa Nacional - e não de um qualquer organismo jurisdicional.
- A instrução do processo cabe a uma «Comissão de Inquérito especificamente designada para o efeito e composta por três aderentes designados pela Mesa Nacional»

Torquemada não desmereceria! 

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A Câmara tem, finalmente, uma figura de proa digna desse nome...





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Guilherme Aguiar ganha o Desporto

00h30m

REIS PINTO
Guilherme Aguiar (PSD) é o novo vereador do Desporto da Câmara de Matosinhos e administrador da Matosinhos Sport. Ontem, na primeira reunião, Narciso Miranda insurgiu-se contra a falta de condições dadas à Oposição.
A composição do novo Executivo da Câmara de Matosinhos (que ainda terá de ser ratificada pela Assembleia Municipal) não traz grandes surpresas. O reeleito presidente socialista Guilherme Pinto fica com as pastas do Urbanismo, Reabilitação Urbana, Habitação, Comunicação.
Guilherme Aguiar, eleito pelo PSD e que deixa a Câmara de Vila Nova de Gaia, além do Desporto, irá coadjuvar o presidente no que respeita à revisão e acompanhamento do PDM, no que respeita às políticas de habitação e na gestão, construção e conservação de equipamentos municipais, afectos às respectivas áreas. Além disso, foi nomeado administrador da empresa municipal Matosinhos Sport. Destaque ainda, na Matosinhos Habit, a nomeação para administrador do centrista Paulo Coutinho.
Nuno Oliveira foi reconduzido como vice-presidente e terá, entre outros, os pelouros das Finanças, Modernização Administrativa e desenvolvimento estratégico, acção social e saúde. Joana Felício mantém-se no Ambiente e Protecção Civil; Fernando Rocha continua com a pasta da Cultura e a Juventude e Correia Pinto com a Educação.
Narciso Miranda, do GCE (Grupo de Cidadãos Eleitores) "Narciso Miranda Matosinhos Sempre", manifestou-se agastado com o facto de ao seu grupo apenas ter sido atribuído um gabinete.
"Mas vamos assumir o nosso mandato com grande responsabilidade, abertura e espírito democrático. Os matosinhenses podem contar connosco e a a Maioria do Bloco Central também pode contra com a nossa disponibilidade e colaboração em tudo o que considerarmos que seja positivo para o concelho. Manifestaremos a nossa oposição, legítima e muita vezes de forma discreta, a tudo que considerarmos lesivos do interesse do concelho", afirmou.
Ana Fernandes, porta-voz do grupo, sublinhou que Guilherme Pinto "não mostrou qualquer abertura". "Apenas com um gabinete esperamos e desejamos não termos de fazer uma escala de frequência na Autarquia para exercemos com responsabilidade a defesa do nosso projecto e dos 27 mil cidadãos que em nós votaram. Fomos acantonados, afastados da gestão, não houve qualquer sinal de abertura, de espírito democrático ou de respeito", considerou Ana Fernandes.
Ontem foi ainda decidido que as reuniões do Executivo serão quinzenais realizando-se às terças-feiras, pelas 14.30 horas.
"Queríamos reuniões semanais para abrir espaços à maior participação na gestão municipal e, sobretudo, perante um novo quadro político estabelecido, em que na Câmara só existem duas sensibilidades: a do Bloco Central e a dos quatro vereadores de "Narciso Miranda Matosinhos Sempre", referiu a porta-voz do grupo.

no JN

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Lá vem PIN:



Autoestradas
TC chumba concessões adjudicadas à Mota-Engil e Soares da Costa
O Tribunal de Contas chumbou duas concessões de autoestradas, a do Douro Interior e a Transmontana. As obras tinham sido adjudicadas à Mota-Engil e Soares da Costa. A Estradas de Portugal vai recorrer da decisão para não parar as obras

3.11.09

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Isto, quem não tomou chá em pequenino, depois de grande não vai lá nem com café muito forte!









A política em Matosinhos está reduzida a isto: 





"Guilherme Pinto conta com todos para construir um Matosinhos mais forte"
Dr.ª Alexandra Gavina, General Alfredo Assunção, Dr.ª Ana Fernandes e Narciso Miranda vêm, ao abrigo da Lei da Imprensa, artigo 21.º, e no cumprimento das regras legalmente estabelecidas, solicitar, com o destaque que a própria lei estabelece, a correcção do referido na notícia por este órgão de comunicação social publicada no passado dia 31 de Outubro, com o título "Guilherme Pinto conta com todos para construir um Matosinhos mais forte", dado que parte da notícia não corresponde à verdade dos factos e, lamentavelmente, o profissional deste jornal, que presenciou o acto da tomada de posse, não foi correcto e muito menos isento.
Assim:


1.º) Na notícia, é referido que "antes das palavras era visível algum mal estar entre os vereadores da lista independente encabeçada por Narciso e os cinco do PS, que ao contrário dos do PSD/CDS não cumprimentaram Guilherme Pinto e a sua equipa depois de tomarem posse".
2.º) O que se passou, como foi público e notório, foi exactamente o contrário:
2.1 - Os quatro vereadores eleitos, signatários, pela candidatura do Grupo de Cidadãos Eleitores "Narciso Miranda Matosinhos Sempre" chegaram ao local do acto de tomada de posse, ocupando os respectivos lugares e, cinco minutos depois, chegaram os cinco eleitos do PS, incluindo o Presidente, sentando-se nos respectivos lugares, mesmo ao lado dos signatários, não cumprimentando estes, nem mesmo em gesto verbal, por mais discreto que fosse. Rigorosamente nada.
Não cumprimentaram ninguém, num gesto por muitos considerado de má educação.
2.2 - O contrário aconteceu com os dois eleitos do PSD e parceiros do acordo do bloco central que, educadamente, cumprimentaram todos os presentes.
3.º) Como se verifica, o que aconteceu é rigorosamente ao contrário daquilo que a jornalista do "PÚBLICO" escreveu. Vá-se lá saber porquê e com que intenção.
Nesse sentido, solicitamos a correcção da referida notícia, ao abrigo da Lei da Imprensa e nos termos por ela prescritos para a rectificação de notícias falsas.
Com os melhores cumprimentos

Dr.ª Alexandra Gavina
General Alfredo Assunção
Dr.ª Ana Fernandes
Narciso Miranda

Narciso Miranda Matosinhos Sempre


Vale a pena, a propósito, ler o Dr. Magalhães Pinto:

"Nenhum eleito do núcleo duro (eleitos do PS) da maioria do bloco central cumprimentou, sequer verbalmente, os outros eleitos da candidatura “Narciso Miranda Matosinhos Sempre” que, discretamente, nos seus lugares, aguardavam o início do processo de tomada de posse. Não admira, nem surpreende, que isso não acontecesse comigo, porque o ódio, a sede de vingança e a intolerância são bem visíveis há muito tempo."

Narciso Miranda - no blog Matosinhos Sempre

***



Quando fui eleito autarca, na tomada de posse, eu e os demais eleitos pelo PSD chegamos cedo, sentamo-nos "discretamente" nas cadeiras que nos estavam reservadas e ficamos à espera dos acontecimentos. Quando chegaram os vencedores, não tivemos nem sequer direito a um olhar do "chefe" de então dos socialistas, Narciso Miranda, quanto mais a um cumprimento!...



Tem razão o líder da Oposição em Matosinhos. O ódio, a sede de vingança e a intolerância são bem visíveis há muito tempo!...

Ao menos em Gaia levam as coisas a sério: 







2.11.09

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Os intocáveis


O processo Face Oculta deu-me, finalmente, resposta à pergunta que fiz ao ministro da Presidência Pedro Silva Pereira - se no sector do Estado que lhe estava confiado havia ambiente para trocas de favores por dinheiro. Pedro Silva Pereira respondeu-me na altura que a minha pergunta era insultuosa.

Agora, o despacho judicial que descreve a rede de corrupção que abrange o mundo da sucata, executivos da alta finança e agentes do Estado, responde-me ao que Silva Pereira fugiu: Que sim. Havia esse ambiente. E diz mais. Diz que continua a haver. A brilhante investigação do Ministério Público e da Polícia Judiciária de Aveiro revela um universo de roubalheira demasiado gritante para ser encoberto por segredos de justiça.

O país tem de saber de tudo porque por cada sucateiro que dá um Mercedes topo de gama a um agente do Estado há 50 famílias desempregadas. É dinheiro público que paga concursos viciados, subornos e sinecuras. Com a lentidão da Justiça e a panóplia de artifícios dilatórios à disposição dos advogados, os silêncios dão aos criminosos tempo. Tempo para que os delitos caiam no esquecimento e a prática de crimes na habituação. Foi para isso que o primeiro-ministro contribuiu quando, questionado sobre a Face Oculta, respondeu: "O Senhor jornalista devia saber que eu não comento processos judiciais em curso (…)". O "Senhor jornalista" provavelmente já sabia, mas se calhar julgava que Sócrates tinha mudado neste mandato. Armando Vara é seu camarada de partido, seu amigo, foi seu colega de governo e seu companheiro de carteira nessa escola de saber que era a Universidade Independente. Licenciaram-se os dois nas ciências lá disponíveis quase na mesma altura. Mas sobretudo, Vara geria (de facto ainda gere) milhões em dinheiros públicos. Por esses, Sócrates tem de responder. Tal como tem de responder pelos valores do património nacional que lhe foram e ainda estão confiados e que à força de milhões de libras esterlinas podem ter sido lesados no Freeport.

Face ao que (felizmente) já se sabe sobre as redes de corrupção em Portugal, um chefe de Governo não se pode refugiar no "no comment" a que a Justiça supostamente o obriga, porque a Justiça não o obriga a nada disso. Pelo contrário. Exige-lhe que fale. Que diga que estas práticas não podem ser toleradas e que dê conta do que está a fazer para lhes pôr um fim. Declarações idênticas de não-comentário têm sido produzidas pelo presidente Cavaco Silva sobre o Freeport, sobre Lopes da Mota, sobre o BPN, sobre a SLN, sobre Dias Loureiro, sobre Oliveira Costa e tudo o mais que tem lançado dúvidas sobre a lisura da nossa vida pública. Estes silêncios que variam entre o ameaçador, o irónico e o cínico, estão a dar ao país uma mensagem clara: os agentes do Estado protegem-se uns aos outros com silêncios cúmplices sempre que um deles é apanhado com as calças na mão (ou sem elas) violando crianças da Casa Pia, roubando carris para vender na sucata, viabilizando centros comerciais em cima de reservas naturais, comprando habilitações para preencher os vazios humanísticos que a aculturação deixou em aberto ou aceitando acções não cotadas de uma qualquer obscuridade empresarial que rendem 147,5% ao ano. Lida cá fora a mensagem traduz-se na simplicidade brutal do mais interiorizado conceito em Portugal: nos grandes ninguém toca.

1411


‘Face Oculta’: Ana Paula Vitorino considerada “um entrave”

Pedido dinheiro para campanha

Manuel Godinho, único arguido em prisão preventiva no processo ‘Face Oculta’, queria a todo custo resolver o diferendo com a Refer. E uma das propostas que lhe foram feitas por um quadro da empresa foi avançar com dinheiro para o financiamento da campanha do PS. Outra era afastar Ana Paula Vitorino do Governo, considerada "um entrave". Só assim seria possível ultrapassar os diferendos judiciais e voltar a ganhar as empreitadas daquela empresa pública.

Luís Pardal, presidente do conselho de administração da Refer que abriu um inquérito ao acidente na linha do Tua, também parecia não colaborar, o que obrigou Godinho a intensificar os contactos. O empresário falou com Carlos Pais de Vasconcelos, Lopes Valentim e Espadinha Guiomar, todos quadros da Refer, para que aqueles lhe fornecessem informação privilegiada e lhe abrissem portas de forma a conseguir ganhar alguns dos concursos.
Dizem os mandados de busca emitidos pelo Ministério Público que Manuel Godinho lhes deu telemóveis para poderem falar em segurança e prometeu contrapartidas financeiras caso aceitassem colaborar.
Nos meses seguintes, os contactos foram intensos. Entre Fevereiro e Abril, Manuel Godinho falou quase diariamente com o quadros da Refer. Foi recebendo informação detalhada e soube sempre, antecipadamente, da abertura dos concursos. Sabia até o que os concorrentes tinham para oferecer, de forma a melhorar as propostas.
A 25 de Março, pelas 12h41, Manuel Godinho e Carlos Vasconcelos voltam a conversar. Nessa altura já era claro que Luís Pardal não cederia. Ana Paula Vitorino também não agradava ao empresário de Ovar, porque protegia o presidente do conselho de administração, recusando-se a afastá-lo. "Carlos Vasconcelos afirmou (....) que a superação do seu problema poderia ter como contrapartida a entrega de um donativo para uma campanha partidária", lê-se no mandado. Nas semanas seguintes a Polícia Judiciária filmou diversas entregas em dinheiro.
FUNCIONÁRIO "RIGOROSO" OBRIGA A MUDANÇA
A 8 de Abril, Manuel Godinho soube que ganhara mais um concurso público com a Refer. Caber-lhe-ia a eliminação de 15 lotes de resíduos ferrosos, o que o empresário tentou logo que resultasse num lucro maior do que o previsto. A 15 de Abril, Espadinha Guiomar avisou--o de que não poderia adulterar o peso dos resíduos e apropriar-sede resíduos nobres como se de ferrosos se tratassem por causa de um funcionário "rigoroso". Guiomar tentou "amolece-lo", mas a solução acabou por ser mudar a hora do transporte.
PORMENORES
ANA PAULA VITORINO
A ex-secretária de Estado dos Transportes, que saiu do Governo, escusou-se a comentar ao ‘CM’ as referências ao facto de ser um "entrave" aos negócios de Godinho. "Não comento investigações", afirmou.
PRESSÕES
Dois advogados prometeram pressionar a secretária de Estado Ana Paula Vitorino para que demitisse Luís Pardal e conseguisse que a O2 voltasse a ganhar todos os concursos.
Eduardo Dâmaso/Tânia Laranjo


1410

Reino Unido

Negócios “opacos” Blair condicionam a sua ambição europeia

Alex Barker, Michael Peel e Jim Pickard 

No FINANCIAL TIMES via DIÁRIO ECONÓMICO