2.10.09
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1.10.09
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Discurso e violência
A desastrada (porque ficou pelas meias tintas, sendo que tintas inteiras teria sido Cavaco dizer com clareza se suspeita ou não de que está a ser escutado pelo Governo em vez de pretender dizer mais do que diz sem o dizer) declaração do PR suscitou um "tsunami" só comparável à expectativa que havia criado.
"O desastre, escreve Châtelet, advém no momento em que os movimentos forçados prevalecem (…) sobre os movimentos naturais". O que seria natural era que Cavaco, já que diz ter sido "forçado" a falar, falasse. A "notícia" (chamemos assim àquilo) plantada no "Público" por um assessor de Belém de que a Presidência da República suspeitaria de estar a ser alvo de escutas foi um acto político (um acto de violência política). De Cavaco exigir-se-ia um gesto politicamente esclarecedor e não que se refugiasse na psicologia. Acontece que a psicologia é também, como Deleuze ensina, uma política, e que o confuso discurso diplomático por que Cavaco optou contém, "aninhada em si mesmo", violência política idêntica à do acto que o gerou. Se não fosse fazer também psicologia, estaríamos a falar de hipocrisia.
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30.9.09
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Eleições Autárquicas
Não me apetece perder tempo com a “zanga” do presidente e Primeiro Ministro, porque não é uma luta ideológica; é tão só uma luta entre duas personagens que não possuem cultura democrática ou se se quiser não têm simplesmente cultura.
Para falar sobre isso bastaria percorrer a “vidinha" dos referidos senhores para se saber do que falo; mas como em Portugal é feio fazer ataques ao caracter de quem nos governa.....
Portanto psiu nem um pio.
Degladiem-se, escaquem o que resta deste pobre País que nós assistiremos impávidos e serenos á luta dos medíocres. Ponto final.
Falemos de eleições autárquicas:
Antes do mais quero afirmar que acredito no poder Autárquico e deposito nele a esperança de modificar e modernizar o País.
Só que....................
Os presidentes das Câmaras de Lisboa e Porto, ganham 4.197€ mensais, sendo que nas cidades com mais de 40.000 habitantes os respectivos Presidentes ganham 3.816€, chegando a haver Municípios cujo o vencimento é de 3.053€.
Será Portugal um País cheio de altruístas que por estas quantias estão dispostos a dar o corpo ao manifesto (comunidade)?
Vendo como alguns se agarram com unhas e dentes ao lugarzito, sou levado a concluir que:
1-São verdadeiros “SANTOS”
2-Não arranjam mais nenhum emprego
3-São muito vaidosos e o poder alimenta-lhes o ego.
4-Há aqui gato escondido com o rabiosque de fora.
Fico pensativo, e de exercício em exercício lá vou tirando as minhas conclusões.
Primeiro não sou católico, portanto para mim Santos só se forem nomes de família
Depois, conheço alguns que começaram nestas vidas com uma mão atrás e outra á frente, e que passados anos, fizeram um bom pecúlio.
Concluo que alguma das mãos devem ter tirado; só não sei qual.
ruivianajorge@kanguru.pt
29.9.09
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texto do Rui Viana Jorge
Especulações Eleitorais
A pouco mais de 8horas da comunicação do Sr Aníbal, apeteceu-me especular com os cenários pós eleitorais.
Lamentavelmente sentou-se no Palácio de Belém, um cavalheiro que na minha opinião, não tem estofo político nem cultural para ocupar o cargo que ocupa. Não vou perder tempo a analisar o que irá dizer logo à noite (possivelmente, não irá dizer nada), porque mesmo que houvesse algo de muito grave o sr. Aníbal não tem “tubaros” que cheguem para tanto.
Vamos então aos cenários que podem aparecer:
1-PS governa sozinho e à vista: é o mais provável, e garante-nos eleições legislativas para daqui a 2 anos (será menos?).
Com este cenário iremos ter sem acordo prévio o bloco central de interesses (PS,PSD,CDS) a funcionar, deixando uns rebuçados “sociais” para a esquerda (BE,CDU).
2-PSD e CDS, já conversaram, já se entenderam, e vão dizer ao sr. Cavaco, que juntos têm mais percentagem que o PS.
Se isto acontecer, acredito que o dito senhor, com a falta de senso comum se sentirá tentado; depende da posição/garrote que o PS seja capaz de fazer aos dois partidos que tem á sua esquerda.
3-PS promete (???) ao CDS uns lugarzitos no Governo, bem como a aceitação de algumas reacionarices (que não são contra natura) e formam governo de maioria absoluta (Va de rectro Satanás).
4-O sr. Cavaco dá-lhe uma de líder, e nomeia um Governo de inspiração Presidencial.
O que tem de bom a especulação é que uma delas está certa.
Um apontamento final:
Perante os resultados eleitorais Portugueses Zapatero (PSOE) apressou-se a dar à estampa que o projecto do TGV já não corria riscos; querem ver que a dona Manuela tem razão!
ruivianajorge@kanguru.pt
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Coisas extraordinárias
Uma das coisas mais extraordinárias da noite eleitoral (as noites eleitorais são sempre férteis em coisas extraordinárias) foi ver o PS festejar a "vitória extraordinária" que terá sido a maioria relativa que conseguiu.
O PS teve, durante quatro anos, a faca e o queijo na mão e cortou a mão. Em quatro anos perdeu meio milhão de votos, perdeu 8,5% do eleitorado (20% do "seu" eleitorado), perdeu a maioria em vários distritos, perdeu 24 deputados. Só não perdeu, pelos vistos (os hábitos não se perdem facilmente), a pesporrência absoluta, já que a maioria absoluta perdeu-a também, e absolutamente. Isto quando todos os outros partidos, da Esquerda à Direita (até o PSD), cresceram em número de eleitores e de deputados, mesmo tendo votado menos gente que em 2005. Dos 500 mil eleitores perdidos pelo PS, 200 mil vão provavelmente a crédito da ministra Maria de Lurdes Rodrigues e da sua ruinosa política educativa. Se Sócrates for coerente com o apoio acrítico que sempre lhe deu mantê-la-á no Governo. Todas as oposições aplaudirão, de olhos nas próximas eleições, esse acto de "extraordinária" firmeza.
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28.9.09
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27.9.09
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PS | 41,84% | 419665 |
PPD/PSD | 29,1% | 291950 |
CDS-PP | 9,28% | 93074 |
B.E. | 9,21% | 92385 |
PCP-PEV | 5,72% | 57398 |
PCTP/MRPP | 0,7% | 6979 |
MEP | 0,36% | 3592 |
MMS | 0,22% | 2219 |
PPV | 0,21% | 2154 |
PND | 0,18% | 1792 |
MPT-P.H. | 0,17% | 1752 |
PPM | 0,16% | 1591 |
P.N.R. | 0,13% | 1352 |
POUS | 0,13% | 1349 |
PS | 44,65% | 42408 |
PPD/PSD | 24,16% | 22945 |
B.E. | 11,43% | 10859 |
CDS-PP | 8,6% | 8166 |
PCP-PEV | 6,26% | 5942 |
PCTP/MRPP | 0,64% | 612 |
MEP | 0,38% | 364 |
PND | 0,27% | 260 |
PPV | 0,21% | 203 |
MMS | 0,21% | 200 |
MPT-P.H. | 0,18% | 172 |
PPM | 0,14% | 131 |
P.N.R. | 0,14% | 129 |
POUS | 0,1% | 96 |
Freguesia de Matosinhos
PS | 46,12% | 7846 |
PPD/PSD | 24,47% | 4163 |
B.E. | 10,65% | 1812 |
CDS-PP | 8,64% | 1470 |
PCP-PEV | 5,5% | 936 |
PCTP/MRPP | 0,53% | 90 |
MEP | 0,42% | 71 |
PND | 0,3% | 51 |
MMS | 0,25% | 43 |
PPM | 0,15% | 26 |
MPT-P.H. | 0,14% | 24 |
PPV | 0,14% | 23 |
P.N.R. | 0,08% | 14 |
POUS | 0,07% | 12 |