14.6.10

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Uma alternativa de justiça!

Na Alemanha, proíbem-se fundos de risco de operar nas bolsas. Em Portugal, podem operar quase livres de impostos. O país está transformado numa espécie de paraíso fiscal onde SGPS, fundos de risco e entidades residentes no exterior quase nada pagam ao Estado. Esta é uma das faces da injustiça em Portugal. Mas, ao contrário do que dizem o PS e o PSD, há um caminho alternativo para aumentar as receitas do Estado em época de crise. Não pode ser sempre o povo a pagar pela especulação de um sistema financeiro irracional, não podem ser sempre os mesmos a perder o emprego e os apoios sociais a que têm direito, a sofrer na carne o aumento dos impostos.

Há alguma razão para que aviões particulares, iates e casas de luxo, Ferraris ou Bentleys não paguem uma taxa adicional e temporária de imposto, como o PCP propôs esta semana no Parlamento?
Há alguma razão para que - tal como já anunciaram a Alemanha e outros, e como fez o PCP esta semana - não se crie um novo imposto sobre transacções financeiras, e se taxam as transferências para paraísos fiscais destinadas a fugir aos impostos (e que em 2009 atingiram mais de 11 mil milhões de euros, quase tanto como o défice do país)?
Há alguma razão para que a Banca (com lucros de 5 m€ por dia em 2009), e os grupos económicos com lucros acima de 50 m€, continuem a beneficiar de benefícios fiscais que lhes permite pagar de IRC uma taxa sempre inferior a 14%, quando as pequenas empresas pagam uma taxa efectiva de 25%?
Com a alternativa do PCP, o Estado poderia obter três vezes mais receita do que a que o bloco central espera ter com o PEC2, que penaliza ainda mais quem trabalha. Não basta - como fazem PS e PSD - invocar o interesse nacional em vão. O interesse nacional mede-se sobretudo pela justiça do que se propõe.

2 comentários:

paulo disse...

Os sinais anunciadores da crise fizeram-se sentir mais fortemente quando o Estado e a banca pública tiveram de ir em socorro da banca privada- no caso do BCP, o BPN e o BPP, nomeadamente dando garantias superiores a 20 mil milhões de euros, ou seja mais de 12,5% do PIB, e quando o défice orçamental disparou de 2,8% para 9,3%.não pode ser apagado da História o verdadeiro regabofe, aos lucros milionários dos bancos de alguns dos seus agentes, a partir de operações financeiras à margem da lei e sem controle que que as impedisse.
Relativamente às propostas do PCP para ajudar a combater os problemas que o País atravessa, convém dizer que o PS-PSD-CDS, votaram contra.
Uma coisa parece-me evidente, serão os pobres a pagar a crise provocada pela ganância dos ricos, com a colaboração do PS_PSD e CDS.

Anónimo disse...

Os paraísos ficais são obra divina,
temos um primeiro ministro,
que é mesmo uma peninha.
Usa uma linguagem de grande conhecedor,mas que o ouve lamenta tal senhor.
Os 150 mil posto de trabalho que dizia à boca cheia, não passaram de mentiras,mas sim, asneiras.
Se tivesse caracter e um pouco de vergonha:atirava-se à àgua e não aparcia àtona.