16.6.10

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Pontapé na redondinha

Seria suposto que alguém com laivos e vontades de cronista, deveria nesta altura falar de futebol.
Das tácticas e das técnicas do 4x4x2, ou do 3x3x4. ou doutros números quaisquer desde que a sua soma dê 10 porque o guarda-redes não é para aqui chamado nem achado.
Devia perorar com ar inteligente que o Professor Carlos Queiroz (nunca percebi porque é que uns são professores e outros são só treinadores) devia ter posto este e tirado aquele, etc etc.
Não me apetece fazê-lo e não percebo a ponta dum chavelho de bola. Gosto de ver e só no meu sofá. “Guita p´rá bola” aqui népia.
Gosto do futebol, mas odeio o que anda á volta dele; sejam as carolinas, seja a fruta distribuída.
Não acho que os árbitros na sua generalidade sejam corruptos, acho é que os gajos que acham isso são burros que nem pneus.
Detestei o nacionalismo barato das bandeiras á janela. Detesto ver os políticos porem-se a jeito para a fotografia ao lado dos Ronaldos. Não distingo a Federação da Liga. Pois acho que é a mesma m.....
Não entendo como o futebol desporto está falido, os clubes sem dinheiro para mandar cantar um cego, e a malta que habita ao lado enche os bolsos com isso.
Detesto ter tido um Presidente da República que achou o campeonato de 2004 um desígnio nacional e á custa desta burrice lá se foram construindo não sei quantos estádios que agora estão vazios a ponto de se pensar implodir alguns.
Detesto que os clubes apadrinhem claques que só servem para provocar distúrbios além de distribuir droga a preços controlados.
Detesto bandeiras nazis nalgumas dessas claques que só a ignorância da polícia vai permitindo existirem.
Detesto que se alterem os PDM das duas maiores cidades para se poderem construir os respectivos estádios.
Por isso não fico triste por aí além, quando a selecção nacional empata com um minúsculo país, do terceiro mundo.
O portuga enche o papo com qualquer mer.., mesmo que o governo lhe esteja a meter a mão ao bolso da maneira mais descarada.
O portuga não vota (50%) porque diz que são todos iguais, quando o mais igual é ele mesmo.
O Eça quando disse que Portugal não era um País era um sítio, tinha razão; esqueceu-se de dizer, é que era um sítio muito mal frequentado.

ruivianajorge@kanguru.pt


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