17.6.10

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"Viver e deixar morrer"

ATVI noticiou ontem que o INEM vai acabar com aquilo que o seu presidente classificou de serviço "dispendioso": a ajuda, quer telefónica quer no terreno, a pessoas em tentativa de suicídio (bem como ainda às vítimas de violação e de maus-tratos). As ordens "de cima" são para poupar e o INEM poupará deste modo nos salários de 7 psicólogos, que atendiam, em média, 27 chamadas e saíam 5 vezes por semana para apoiar pessoas em estado de grande depressão e em vias de se suicidarem. Um cínico diria que os critérios de poupança do INEM se justificam inteiramente. Impedir alguém de se matar contribui, de facto, para o agravamento do défice, sendo, por isso, antipatriótico. Implica não só encargos com pessoal e meios como ainda obsta a que a Segurança Social poupe em pensões e subsídios, já que boa parte dos potenciais suicidas, quando não são doentes crónicos ou terminais que oneram o SNS, são provavelmente idosos, desempregados e beneficiários de Rendimento Social de Inserção, isto é, gente "inútil" e, pior, fardos que só atrasam a gloriosa marcha de Portugal em direcção aos 3% de défice em 2013.

1 comentário:

Anónimo disse...

Li, não sei onde,mas vai ao encontro do seu artigo.Não vai levar muito tempo a ser utilizada a eutanasia,como terapia de poupar nos chamados gastos inuteis.
O serviços de saude chamados paliativos não podem dar pejuizo,logo a terapia de redução de custos,irá funcionar...
A destribuição de riqueza e acesso à saúde começam a ser de meia duzia.
Ainda bem que a morte ixiste, porque da forma que alguns pensam e hajem:isto era tudo deles e muitos de nós não tinhamos espaço para cá andar.
Um Lavrense atento