4.2.10

1699

Chegamos ao pântano?


PSI 20 (act.)
Lisboa afunda 5,7% e volta a níveis da falência da Lehman
Eudora Ribeiro


A bolsa portuguesa está a acentuar as perdas da sessão e voltou aos níveis da falência do histórico Lehman Brothers. O PSI 20 é o índice que mais cai em todo o mundo e tem 12 títulos a perder mais de 6%.
O PSI 20 afundava 5,68% para 7.388,30 pontos, o nível mais baixo desde a falência do norte-americano Lehman Brothers, que esteve na origem da maior crise mundial desde a Segunda Guerra Mundial.
A bolsa portuguesa é mesmo a que mais afunda em todo o mundo, seguida pela bolsa espanhola, que perde 5,6%. Isto porque, depois da Grécia, as atenções dos investidores voltam-se agora para outros países da zona euro que apresentam mais riscos de entrar em incumprimento, ou seja, Portugal e Espanha, onde os planos para reduzir o défice foram menos agressivos, tal como notou na semana passada a Moody's numa nota de análise sobre Portugal.
Os bancos são os que mais estão a ser castigados por este 'sell-off' porque são os que vão ser mais penalizados pelo aumento do custo da dívida nacional que também se está a fazer sentir. É que os CDS portugueses a cinco anos estão hoje a negociar acima dos 220 pontos, o que corresponde a um novo máximo recorde.
Em Lisboa, os títulos do BCP tombavam 8,66% para 0,70 euros, enquanto BES e BPI cediam mais de 6,5%.
A Teixeira Duarte era, contudo, a acção que mais valor perdia em Lisboa, com uma queda de 9,2% para cotar nos 0,84 euros. A Cimpor e a Sonae Indústria também se destacam com tombos superiores a 8%.
As acções da EDP, da Portugal Telecom e da REN são as que melhor estão a resistir a este 'sell-off', com descidas de cerca de 2%.
Mas não são só as bolsas portuguesa e espanhola que estão a viver um dia negro. As bolsas europeias estão a viver a pior sessão dos últimos dois meses, com quedas superiores a 2% e os índices norte-americanos também caem cerca de 2%.
"Há receios de que os défices da Grécia, de Portugal e Espanha estão demasiado altos", afirmou Manfred Hofer, especialista da LGT Capital Management à Bloomberg.

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“Ou se continua como até aqui, aumentando todos os anos o quinhão de estado, e correndo mais tarde ou mais cedo o risco de estouro ou podemos cortar forte na despesa pública. Teremos guerras e guerrinhas, corporações em peso em protesto, clima de guerrilha institucional e um governo de curta duração. Cortar forte na despesa pública só pode significar um explosivo cocktail que incluirá na sua receita coisas como programas de redução de funcionários públicos, encerramento de dezenas de institutos e comissões, concessões de serviços até aqui públicos, menos dinheiro para a saúde, educação e cultura (encerramento de escolas, diminuição de subsídios), cortes importantes em subsídios e na segurança social, privatizações da RTP, TAP, ANA, etc. Mas… só assim poderemos esperar taxas de crescimento futuras que nos aproximem da UE. Quem terá coragem? Estas coisas não são fáceis de conseguir em democracia.”

1 comentário:

Anónimo disse...

Então vai mudar de posição e defender o pagamento nas SCUTS. Tem de ser coerente caro.