24.3.08


1 comentário:

Carlos Alberto disse...

Caro Leixão,

agradecendo o seu brilhante comentário, permita-me apenas tecer algumas considerações:

1º – Convergimos na ideia de que a discussão interna, sobre a questão candidato a presidente da CM Matosinhos, deverá iniciar-se o mais cedo possível. Eu, prefiro que seja após o próximo verão.
2º – Qualquer militante, tem direito a apresentar-se como candidato a qualquer lugar de representação do partido, incluindo a CM Matosinhos.
3º – Guilherme Pinto, será o meu candidato, por tudo o que no meu artigo referi.
4º – Candidatos bacteriologicamente limpos, não conheço. Deus nos livre de uma Republica governada por Homens virtuosos. Veja-se a republica islâmica do Irão. Aliás quando partimos em busca de candidatos, moralmente superiores, acabamos por ver eleitos tipos como o ex.governador de NY, que se demitiu nas circunstâncias de todos conhecidos. Veja até que se apresenta uma candidatura à CPC, em nome de uma pertença reserva moral, seja lá isso o que for.
5º - Parece-me que o Leixão aponta para factos passados de alguém, mas que já foram avaliados e aferidos por quem tinha competência para tal. Se o fez mal, quem o fez, viverá com isso na sua consciência. Todo o individuo é considerado inocente até sentença transitada em julgado. A Justiça, mal ou bem, fez o seu trabalho.
6º – Eleição (primárias), e aqui aproveito para responder também a E.A..
O debate interno a acontecer, terá de ter conclusões. Mas serão ilações fiáveis, se no jogo apenas participar uma equipa, e outra estiver a correr por fora, e apenas ficar-mos pelo debate. Não. Tem de haver respostas que indiquem claramente o que os militantes querem, e essas só podem ser aferidas com rigor, através do voto, e pela escolha em consciência da solução que considerada melhor para o partido e para o Concelho.

Preocupações, quanto ir colocar em evidência tudo de mau que aconteceu, ou com climas de guerrilha, para mim não serão maiores do que as que já hoje ocorrem. Com uma agravante, um dos lados ao colocar-se fora da corrida, não participa de forma solidária no esclarecimento. Foge ao debate e vitimiza-se. Acha mesmo que após as eleições do dia 5 de Abril, próximo, haverá acalmia. Não nos iludamos. Por isso considero que temos de trazer para o terreno do jogo, todos os PLAYERS, todos sem excepção. Como é evidente, tudo isto passa por uma condição, é a de todos acordarem em aceitar democraticamente aos resultados da votação.

Com submissão de todos ao escrutínio dos militantes, o vencedor sairá com uma legitimidade inquestionável. Não haverá mais Vassalos escolhidos ao “milímetro” por Suserano, onde se pretendia que o “eleito” fosse a sua marioneta, mas que afinal, espanto dos espantos, tem vida própria.

Quem não aceitar tal escrutínio, e quiser correr fora do partido, demonstra, que ao contrário dos sermões radiofónicos, se apresenta como candidato revanchista, que quer ajustar de contas com o passado, um voltar atrás para refazer a história. E tratando-se de refazer a história, apenas os regimes autoritários, Fascistas e Comunistas, são exímios nesse tipo de questões. Quando Estaline começou a ficar farto das críticas da esposa de Lénine, Nadejda Krupskaia, disse-lhe: "Ou te portas bem, ou arranjamos outra viúva para o camarada Lénine". Mas felizmente vivemos em Democracia, e a nossa história é o que é.

Realmente pode-se questionar, da conformidade com os estatutos, de um acto eleitoral dessa natureza, mas tudo passaria pela forma como o problema fosse abordado. Havendo vontade e todas as partes, este seria o menor dos problemas.

Cumprimentos
Carlos Alberto Ferreira