11.10.10

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Alemanha desmente governante português

por M.C.F

Portugal justificou inscrição extraordinária de 500 milhões em 2010 com contabilização da sua venda nas contas alemãs.
O Governo alemão nega formalmente ter tido qualquer responsabilidade na decisão de o Governo português inscrever obrigatoriamente o custo do submarino Tridente no Orçamento deste ano.
"Não existe qualquer relação entre a contabilização da exportação de um bem [pelas Finanças alemãs] e a contabilização desse mesmo bem como despesa no Orçamento do Estado receptor", declara ao DN o Ministério das Finanças alemão, através da embaixada em Lisboa.
O DN, citando o secretário de Estado do Orçamento, noticiou (a 1 de Outubro) "que 'os alemães já contabilizaram nas suas exportações' o submarino que chegou a Portugal, justificando dessa forma a natureza 'extraordinária da despesa'". Questionado sobre a intervenção do Eurostat (organismo estatístico europeu), Emanuel dos Santos adiantou apenas que "Portugal é um Estado soberano".
Já para o Governo alemão, a explicação para a inscrição imediata do primeiro submarino passa mesmo por aquele organismo. "De acordo com as regras do Eurostat para a aplicação do Pacto de Estabilidade e Crescimento, a despesa com a aquisição dos [dois] submarinos deve ser registada no orçamento, no momento em que estes são colocados à disposição do Estado português, passando este a assumir o risco", diz a embaixada alemã.
Contra a certeza de quem seguiu o dossier, incluindo no PS, o Governo não orçamentou este ano os 500 milhões de euros do Tridente. Agora, vai inscrevê-los como despesa extraordinária.
O pagamento do submarino foi o argumento do Governo para a necessidade de obter, neste fim de ano, uma receita extraordinária, ao caso transferência do Fundo de Pensões da PT.


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1 comentário:

Anónimo disse...

Caro Leixão, gostaria se fosse possível que publicasses a seguinte informação

Na freguesia de Lavra ouve-se à "boca cheia" de que o parque de campismo de angeiras acaba de ser comprado pela empresa FDO e que vai desaparecer.

Provavelmente e a exemplo do ocorrido com outros edificios e patrimónios do concelho, vai ser desactivado e destinado a mais imobilíário.

Seria importante que se soubesse a veracidade deste boato, pois estamos de facto cansados de assistir a casos a envolver esta empresa de imobiliário (FDO).

Contudo e a exemplo do bonito e útil passadiço que foi construido ao longo deste concelho também o parque de campismo era um ex-libris do Concelho.

Pede-se por isso ao Dr. Guilherme Pinto que não entre mais uma vez em jogadas imobiliárias com a FDO!

Bem-haja pela existência deste blogue!

António Santos
(Lavra)