E não se pode bombardeá-los?
Quando o ministro da Defesa informou o país de que a despesa de 200 milhões de euros em cinco aviões P-3C CUP holandeses em 2.ª mão, mais 500 milhões em caças F-16 e ainda o que resta de 1,5 mil milhões em mais 12 aviões C-295 e C-130 (reequipamento) e helicópteros ligeiros, tudo a juntar a outros mil milhões em submarinos, se destinava a defender a independência e a "soberania nacional", os portugueses devem ter ficado mais tranquilos.
E, visto que "gente vinda da fronteira/ afirma que não há bárbaros" por ali, armados até aos dentes e prontos a tomar conta do país ("Vendo bem as coisas, [os bárbaros] talvez fossem uma solução"), terão os portugueses justificadamente pensado que toda aquela avionagem e submarinagem iria enfrentar os famigerados "mercados", única ameaça visível à independência e à "soberania nacional".
Afinal foram-se os 2,5 mil milhões em aviões e submarinos e foi--se a "soberania nacional", pois a proposta de Orçamento hoje apresentada na AR pelo Governo presta obedientemente vassalagem aos "mercados", oferecendo-lhes em tributo, juntamente com o bem-estar das classes médias e dos pobres, o que restava do propagandeado "Estado Social" (mais valia, em vez de elegermos um Parlamento e um Governo, votarmos directamente nos "mercados", pois que são eles que nos governam).
Os P-3C CUP têm capacidade para carregar sete toneladas de armamento. Não se poderá bombardeá-los?
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