10.10.10

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Decorreram este fim-de-semana as eleições para os órgãos federativos do Porto do PS.
Lidas as moções em concurso será fácil concluir que pouco diferençava os candidatos quanto a projecto político.

A diferença era outra: de pessoas, de compromissos, de promessas pessoais, de vontade de acesso ao poder.
E, mais do que isso, de «apadrinhamentos»; parece claro que a corrida era, mais do que local e de política local, a de conquista de posições para a futura – e próxima - luta de poder no partido.
Cada um dos candidatos é «apadrinhado», ou «apadrinha» futuros candidatos à liderança.
Ou, pelo menos, integra fracções que se vão confrontar a breve prazo, e estão agora a ocupar posições para essa luta.

Mas num ponto são os candidatos, e as moções que apresentam, iguais e unívocos: no incondicional apoio e aclamação do eng. Sócrates e da sua política.
Ora esse é o problema do PS: a necessidade urgente de remover o eng. e as suas políticas.

Tenho para mim, de forma límpida, que a actual liderança do partido e do País, não tem outro objectivo que não apropriar-se dos escassos recursos nacionais a favor dos grupos económicos, empresas e interesses que, de facto, representam e defendem, e onde, de uma forma ou outra se acolherão quando acabarem o exercício de rapina que tem praticado.
O futuro do PS tem de passar pela sua remoção e por uma prática política de defesa dos valores programáticos e dos seus ideais do  partido.

Daí que a eleição deste fim-de-semana tenha sido um episódio menor e irrelevante.
Que apenas motivou os interessados na partilha do que resta do cadáver.
E, claro, os idiotas úteis mais ou menos periféricos que acham que o jogo em que se ocuparam nos últimos dias corresponde ao exercício da política. 

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