A traição do PSD
Tudo indica que o negócio dos "Magalhães" será o senhor--que-se-segue nos casos, que se multiplicam, de utilização duvidosa de dinheiros públicos. O Tribunal de Contas tem já uma auditoria em curso ao negócio, no valor de centenas de milhões de euros, ganho sem concurso pela empresa JP Sá Couto (que, por via dele, terá crescido 1 308% só nos três primeiros meses do ano). O caso está igualmente na mira da Comissão Europeia, e o PSD pretende ver criada uma comissão de inquérito parlamentar para o investigar. O incómodo que o assunto provoca no PS fica patente na irritação do actual líder parlamentar socialista com a hipótese de ele poder vir a ser alvo da função fiscalizadora da AR, sobretudo agora que o PS não tem maioria absoluta: "O PSD está a optar por uma via radical, extremista e irresponsável (…) imprópria de um partido com vocação alternativa de poder". O importante da frase é a segunda parte, que soa a algo como "hoje nós, amanhã vocês". Dir-se-ia que o PS estava a contar com a cumplicidade do PSD que, por ter "vocação de poder", teria obrigação de ser "compreensivo" com coisas do género.
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