Mota Pinto
O Governo do bloco central (83-85) gerou uma aliança para a vida entre sectores do PS e PSD que se têm dedicado alegremente a vampirizar o estado em tudo o que, na gíria de Jerónimo de Sousa, é o bife do lombo.
Privatizações, concessões de serviços, construção de mercados blindados à concorrência para entregar a amigos, um corrupio de média e grande corrupção do chamado bloco central dos interesses. Mas o Governo propriamente dito foi patriótico. Teve um grande primeiro-ministro (Soares), e um grande ministro das Finanças (Ernani Lopes). E teve também um terceiro pilar, Mota Pinto, decisivo na construção de uma aliança política entre o PS e PSD. Nesses tempos, a política era a arte de pensar no País antes de pensar nos partidos. Hoje é a arte de usar o País para que os cavalheiros que mandam nos partidos se perpetuem no poder.
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