23.10.09

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Governo manteve gestor arguido no BPN


Invocando a necessidade de terminar o processo de fusão da Quimiparque e da Siderurgia Nacional, o governo manteve José Neto como presidente daquela empresa durante três meses após a constituição como arguido no processo BPN. Apesar de, em Julho, o Ministério das Finanças ter assegurado que tinha aceite a demissão do gestor, só anteontem este deixou o cargo. 

No passado dia 13 foi feita a escritura pública de constituição da Baía do Tejo SA, na qual José Neto é indicado como presidente. A Parpública, accionista única da nova sociedade, assegura ao i que "a saída de José Neto da Quimiparque foi decidida em final de Julho", mas o presidente da administração permaneceu "transitoriamente em funções atenta a conclusão do processo de reestruturação societária". Apesar de a escritura ter sido feita há mais de uma semana, a Parpública assegura que só anteontem foi "informada do registo da sociedade Baía do Tejo" e nesse mesmo dia José Neto deixou de exercer funções.

Ontem, contudo, o "Jornal de Negócios" citava fonte oficial das Finanças referindo que a manutenção do arguido no processo BPN se devia à necessidade de aguardar a posse do novo governo. 

A Baía do Tejo SA integra o conselho consultivo do Arco Ribeirinho Sul, sociedade que irá coordenar a intervenção em terrenos com mais de 900 hectares da Quimiparque, Siderurgia e Margueira - o equivalente a três Expo'98. José Neto, que gere várias sociedades imobiliárias, é arguido por suspeitas de irregularidades em negócios com financiamento do BPN e envolvendo a SLN.

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