texto do Rui Viana Jorge:
As férias do sr. Fritz
Cada máquina que a fábrica possui, produz 10.000 colheres por dia, e é mantida por um trabalhador que assiste a máquina (eventualmente sentado).
O sr. Fritz veio de férias a Portugal(Algarve), a conselho do seu chefe de fabrico, com dois objectivos:
1º- porque o seu chefe de fabrico lhe disse que férias em Portugal, eram ao preço da “uva mijona”.
2º- porque segundo o tal chefe, as fábricas em Portugal estavam todas a fechar e a ser vendidas ao preço da tal uva.
Veio, instalou-se num hotel de algumas estrelas, e conheceu o Silva;
O Silva imagine-se era dono de uma fábrica de colheres de pau, que estava em processo de falência, porque os trabalhadores eram uns malandros, passavam a vida a fazer greves e tinham uma produtividade muito baixa o que lhe tirava qualquer hipótese na competividade (como dizem muitos ministros e alguns especialistas na matéria, que não sabem dizer competitividade).
Travado o conhecimento, ele foram jantares e passeios no Porsche do distinto “empresário português”.
Findas as férias, ficou combinado visitar a fábrica para definirem se havia interesse no negócio.
Que susto apanhou o sr. Fritz. As máquinas em sobrecarga produziam cerca de 100 colheres de pau.
Chovia nas instalações; o operário, além de ficar em pé frente à maquina passava metade do ano constipado/gripado.
Ganhava um ordenado que nem dava para comprar um quilo das tais uvas.
As instalações estavam a necessitar de muitas obras.
O negocio acabou por não se fazer, mas o sr. Fritz ficou com ideia de instalar cá uma fábrica das suas, mal se certifique das potencialidades do mercado.
COMENTÁRIOS:
O Fritz, não achou a férias assim tão baratas.
O Silva tem uma moradia de luxo não sei bem em que empreendimento.
O Fritz tem um Opel (Alemão)
O Silva tem pelo menos um Porsche.
O Fritz não frequenta casinos
O Silva, ai não.
O Fritz achou o Silva simpático mas um patrão do século passado
O Silva achou o Fritz um grande “comuna”(que por acaso votou na Merckel)
Finalmente o chefe de produção do sr. Fritz não conhece o chefe de produção do sr. Silva para grande sorte do dito Silva mas sobretudo para grande sorte da EU e da cavalheirada que por lá anda a negociar.
Acordei e descobri que cada um tem os pesadelos conforme os pensa
2 comentários:
Bravo Rui! Porque será que os nossos empresários, em regra, não têm lugar lá fora e os nossos empregados têm méritos e vanragens lá fora que aqui não têm?
Mas o que é importante, é mesma a solução para todos os males, é rever sempre para pior o Código do Trabalho de mameira a que os Silvas esteajm cada vez mais protegidos ...
Excelente texto e que deveria fazer pensar muito...
Abraço
Enviar um comentário