19.10.09

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texto do Rui Viana Jorge:


As férias do sr. Fritz

O sr Frizt tem na Alemanha uma fábrica de colheres de pau (ahhaahah).

Cada máquina que a fábrica possui, produz 10.000 colheres por dia, e é mantida por um trabalhador que assiste a máquina (eventualmente sentado).

O sr. Fritz veio de férias a Portugal(Algarve), a conselho do seu chefe de fabrico, com dois objectivos:

1º- porque o seu chefe de fabrico lhe disse que férias em Portugal, eram ao preço da “uva mijona”.

2º- porque segundo o tal chefe, as fábricas em Portugal estavam todas a fechar e a ser vendidas ao preço da tal uva.

Veio, instalou-se num hotel de algumas estrelas, e conheceu o Silva;

O Silva imagine-se era dono de uma fábrica de colheres de pau, que estava em processo de falência, porque os trabalhadores eram uns malandros, passavam a vida a fazer greves e tinham uma produtividade muito baixa o que lhe tirava qualquer hipótese na competividade (como dizem muitos ministros e alguns especialistas na matéria, que não sabem dizer competitividade).

Travado o conhecimento, ele foram jantares e passeios no Porsche do distinto “empresário português”.

Findas as férias, ficou combinado visitar a fábrica para definirem se havia interesse no negócio.

Que susto apanhou o sr. Fritz. As máquinas em sobrecarga produziam cerca de 100 colheres de pau.

Chovia nas instalações; o operário, além de ficar em pé frente à maquina passava metade do ano constipado/gripado.

Ganhava um ordenado que nem dava para comprar um quilo das tais uvas.

As instalações estavam a necessitar de muitas obras.

O negocio acabou por não se fazer, mas o sr. Fritz ficou com ideia de instalar cá uma fábrica das suas, mal se certifique das potencialidades do mercado.

COMENTÁRIOS:

O Fritz, não achou a férias assim tão baratas.

O Silva tem uma moradia de luxo não sei bem em que empreendimento.

O Fritz tem um Opel (Alemão)

O Silva tem pelo menos um Porsche.

O Fritz não frequenta casinos

O Silva, ai não.

O Fritz achou o Silva simpático mas um patrão do século passado

O Silva achou o Fritz um grande “comuna”(que por acaso votou na Merckel)

Finalmente o chefe de produção do sr. Fritz não conhece o chefe de produção do sr. Silva para grande sorte do dito Silva mas sobretudo para grande sorte da EU e da cavalheirada que por lá anda a negociar.

Acordei e descobri que cada um tem os pesadelos conforme os pensa

2 comentários:

Anónimo disse...

Bravo Rui! Porque será que os nossos empresários, em regra, não têm lugar lá fora e os nossos empregados têm méritos e vanragens lá fora que aqui não têm?
Mas o que é importante, é mesma a solução para todos os males, é rever sempre para pior o Código do Trabalho de mameira a que os Silvas esteajm cada vez mais protegidos ...

Ingrid Maganinho disse...

Excelente texto e que deveria fazer pensar muito...

Abraço