31.12.08
30.12.08
29.12.08
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Assim se fecham corações
Como podia eu, com um coração tão vasto que, como canta Jacques Brel, só se consegue ver metade dele, deixar de acreditar no que me garantia há meses, olhos nos olhos, o primeiro-ministro, que "ninguém que esteja com o coração limpo, com o coração aberto, pode concluir que esta proposta do Governo de Código do Trabalho não se destina a combater a precariedade e a defender os trabalhadores"?
Foi, por isso, um tremendo choque para o meu pobre, "limpo" e "aberto" coração ficar a saber pelo Tribunal Constitucional que o alargamento de 90 para 180 dias do período experimental afinal "dificulta o acesso […] à segurança no emprego". A agitação que vai no meu coração, com aurículas e ventrículos recriminando-se mutuamente e a tricúspide mergulhada em profunda crise de confiança nas instituições! De tal modo que, quando quis convencer o coração de que, como o primeiro-ministro garante agora, "a avaliação dos professores é indispensável para a melhoria do sistema educativo em Portugal nos próximos anos", o coração, outrora crédulo, me fez - imagine-se! - um manguito. Ou talvez não tenha sido a mim.
27.12.08
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26.12.08
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O pântano!
Já não se escolhem candidatos que se identifiquem com os valores do partido e sejam capazes de lutar pelo bem-comum das populações, mas contratam-se "craques" do jogo de ilusões, como no futebol.
24.12.08
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Autárquicas: PS/Marco considera "ultrage" convite da Distrital do Porto a ex-vereador de Ferreira Torres
Marco de Canaveses, 23 Dez (Lusa) - O secretariado do PS/Marco de Canaveses considerou hoje "um ultrage" o convite ao antigo vereador de Avelino Ferreira Torres para candidato socialista à câmara local, em 2009.
Em reunião realizada segunda-feira aquele órgão socialista - que conseguiu demover da anunciada demissão o presidente da Concelhia - decidiu denunciar aos órgãos nacionais do partido o comportamento da liderança do PS/Porto.
O "ex-número dois" de Avelino Ferreira Torres, Norberto Soares, que já tinha anunciado uma candidatura independente, foi convidado pela distrital do Porto do Partido Socialista a encabeçar a lista do PS à Câmara do Marco de Canaveses nas Autárquicas de 2009.
Segundo os socialistas do Marco de Canaveses, a atitude do PS/Porto foi considerada "um ultraje aos órgãos do partido".
"Esta atitude encerra em si mesma tudo o que mais vil e torpe se pode imaginar, não só ao nível do relacionamento pessoal e institucional, mas sobretudo porque não atende à história do PS em Marco de Canaveses que sempre lutou com denodo e afinco pelos mais elementares direitos democráticos na sua terra", refere o comunicado socialista.
O secretariado dos socialistas marcuenses também decidiu não aceitar a demissão do presidente da Concelhia, Artur Melo, manter a proposta de o candidatar pelo partido às eleições autárquicas no próximo ano e solicitar a convocação de uma reunião da Comissão Política Distrital do PS/Porto.
"Os princípios e os valores que defendemos levam-nos, pelo contrário, a exigir que tais comportamentos sejam, em definitivo, expurgados do Partido Socialista e da sociedade em geral", defende a estrutura socialista do Marco de Canaveses, que entrou definitivamente em ruptura com a liderança do PS/Porto.
A Lusa não consegiu contactar, em tempo útil, a direcção distrital dos socialistas portuenses.
JDS.
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Não passarão! |
Cara/o militante, simpatizante, marcoense,
Foi num clima de grande fervor e amor à terra e ao partido que ontem reuniu o Secretariado da Concelhia do PS Marco. Tivemos a honra de ver a casa cheia de militantes, simpatizantes e cidadãos independentes que nos honraram com a sua presença. Esta reunião decorreu conforme os estatutos do PS que no seu artigo 21º prevê a participação de cidadãos independentes nas reuniões dos órgãos do partido, excepto nas deliberaçoes, como é natural.
As pessoas que participaram nesta reunião, para além dos membros do Secretariado, fizeram-no em resposta ao convite pessoal que lhes enderecei. Para algumas foi a primeira vez que entraram naquela sede e sei que o fizeram porque sentem que a situação que agora se vive no PS do Marco de Canaveses, extravasa já o partido: é uma questão de afirmação da cidadania e de amor à terra.
A reunião culminou com a aprovação de uma proposta do Secretariado (ver texto integral secção comunicados) que na sua essência apela a um sentimento novo na sociedade portuguesa: é preciso higienizar a política e na expurgá-la deste tipo de comportamentos. Igualmente, não foi aceite o meu pedido de demissão. Quanto a isto, senti um forte sentimento de coesão em volta das decisões tomadas e de repulsa e censura por tudo o que nos/me fizeram. Também sei que muitos esperavam a minha morte política e alguns até já me tinham feito o enterro. Mas enganaram-se. Depois do que ontem vi, senti profundamente que ainda há causas e que estas podem mobilizar as pessoas.
Tal como no passado um grupo de marcoenses se barricou na ponte de Canaveses derrotando com arames e paus as baionetas e a pólvora dos canhões do melhor exército do mundo, também os marcoenses saberão agora dizer a quem nos quer assaltar: NÂO PASSARÂO!.
Artur Melo e Castro, Presidente da Comissão Política Concelhia
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Comunicado do Secretariado |
23 Dezembro 2008 | |
Os membros do Secretariado Concelhio do PS Marco, reunidos no dia 22 de Dezembro de 2008, para analisar a situação criada pelo presidente do PS Distrital em convidar para candidato às autárquicas de 2009 o ex-número 2 de Avelino Ferreira Torres, consideram que tal atitude é um ultraje aos órgãos do partido e, particularmente, ao presidente da Concelhia do PS Marco e candidato democraticamente escolhido pelos órgãos do partido às próximas eleições autárquicas, Artur Melo e Castro.
Esta atitude encerra em si mesma tudo o que mais vil e torpe se pode imaginar, não só ao nível do relacionamento pessoal e institucional, mas sobretudo porque não atende à história do PS em Marco de Canaveses que sempre lutou com denodo e afinco pelos mais elementares direitos democráticos na sua terra, enquanto e, pelo contrário, aquele que o PS Distrital queria agora escolher pactuava com um poder genuinamente antidemocrático.
Por isso, abandonar o partido significava também aceitar tal decisão do presidente do PS Distrital. Os princípios e os valores que defendemos levam-nos, pelo contrário, a exigir que tais comportamentos sejam, em definitivo, expurgados do Partido Socialista e da sociedade em geral.
Assim, o Secretariado toma a seguinte posição:
• Não aceitar o pedido de demissão do presidente da Concelhia e rejeitar a forma e o conteúdo adoptados pelo presidente da Federação do PS Porto; • Ratificar a estratégia autárquica adoptada até agora, nomeadamente a escolha do candidato do PS Marco às autárquicas de 2009, Artur Melo e Castro; • Solicitar a convocação de uma reunião da Comissão Política Distrital com carácter de urgência para analisar a conduta do presidente da Distrital e do coordenador dos deputados neste processo e que dessa análise se retirem as devidas consequências, pois tal actuação não deve ficar impune a bem da higiene política no interior do PS e da Democracia em Portugal; • Levar esta infâmia ao conhecimento dos órgãos do partido a nível nacional.
Esta proposta depois de discutida foi aprovada por unanimidade e será remetida à Comissão Política Concelhia para ratificação, com reunião prevista para o início Janeiro de 09.
Esta reunião decorreu de acordo com os Estatutos do PS, nomeadamente o artigo 21º, que prevê a participação de cidadãos independentes nas reuniões dos órgãos do partido e foi votada somente pelos membros do Secretariado.
Marco de Canaveses, 23 de Dezembro de 2008. O Secretariado do PS Marco. |
23.12.08
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22.12.08
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Taticismo rasca!
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18.12.08
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O anúncio da candidatura independente do Narciso Miranda à Câmara, e a sua confirmação pública e definitiva, compromete-o de forma a não poder recuar, e vem introduzir um factor relevante na definição da estratégia do PS.
Se essa candidatura fosse, como até aqui, uma mera intenção, poderia sempre surgir na discussão interna a posibilidade de uma proposta, no órgão próprio, de o apresentar como candidato do partido.
E essa eventual proposta, na discussão que suscitaria, faria acantonar todos os que estão contra ele atrás do G. P. (do mal o menos).
Ultrapassada essa possibilidade tem o partido, a nível local, de discutir e escolher quem vai integrar as listas à Câmara e à A. M.
As listas, e não só os respectivos presidentes.
E creio que a resposta não pode deixar de ser negativa.
Não, porque ao longo deste mandato não deram provas de ter um projecto estruturado, pensado e coerente para o concelho, que cative e atraia os eleitores.
Não, porque com a crise que aí vem, com a política que o governo tem (ou não tem) para socorrer as necessidades dos mais pobres e carenciados, com as duas eleições, europeias e legisltivas antes das autárquicas , o apoio explícito do Sócrates e do aparelho do partido ao G. P. pode ser um autêntico beijo da morte.
Parece pois evidente que para ter sucesso, ou seja para não perder a Câmara, o P. S. vai ter de encontrar dentro de si, em Matosinhos, uma alternativa credível que possa disputar as eleições para ganhar.
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17.12.08
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16.12.08
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CAPÍTULO VI DOS CARGOS POLÍTICOS |
Artigo 91º (Da designação para cargos políticos) |
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