27.7.10

2229




Outros que paguem a crise

Preocupado com "a pobreza e as desigualdades", o bispo auxiliar de Lisboa, D. Carlos Azevedo, desafiou os "políticos cristãos" a dar 20% dos rendimentos a um "fundo social", pois "aquilo que nós temos em situações de necessidade não é nosso, é do bem comum; este é o princípio da moral cristã".

Ouvidos pelos jornais, os políticos, cristãos e não, ou se puseram de fora ou, não se pondo de fora, também não se puseram dentro ou, tendo-se posto dentro, ficaram-se por declarações de intenção.
Começa a fazer escola - até, pelos vistos, na Igreja Católica - a demagógica ideia de que, sendo os políticos os responsáveis pela crise, eles que a paguem e não aqueles que engordaram com ela.
Há que reconhecer que a Igreja desenvolve já um importantíssimo trabalho assistencial, mas porque não ocorreu ao bispo desafiar também a sua Igreja (que gastou 60 milhões num novo e sumptuário templo em Fátima, ignorando-se quanto terá gasto com a visita do Papa) a dar 20% das receitas do Santuário para o tal "fundo social"? Ou o " princípio da moral cristã" de que "aquilo que temos não é nosso" não se aplica à Igreja?

1 comentário:

Anónimo disse...

Gosto das suas crónicas: simples e objectivas.


Os que bons conselhos dão

ás vezes fazem-me rir

por ver que eles mesmos, são

incapazes de os seguir.


Lavrense atento