19.8.10

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Vamos lá a ser sérios
Vamos lá pôr de lado(se isso for possível) as ideologias e falemos da nossa crise como uma certa malta gosta.
Vamos lá ser pragmáticos então.
Púnhamos de lado a nossa crise que começou por ser financeira, passou a crise económica e descambou em crise social. Até aqui estaremos todos de acordo? Então continuemos.
Que a crise começou nos EUA que andaram a vender gato por lebre, e nós não podemos(queremos) fazer nada! Também concordamos?? Então continuemos.
Aqui chegados, deixando de lado os restantes motivos que a originaram, o certo é que temos uma crise grave no nosso país e temos que a resolver, porque ninguém a vai resolver por nós.
Claro que há sempre uns patuscos que aconselham a só comprar produtos nacionais como solução. Digo patuscos para não lhes chamar azémulas, pois se todos os outros países em crise fizessem a mesma coisa.....bem digo que uma pessoa que seja só economista pouco mais é que analfabeto.
Não é por acaso que todos os só economistas vêm com a conversa dos impostos etc etc.
O tal principio a que eu chamei de "Principio do Abílio", que era o meu merceeiro e tinha por vicio quando as coisas corriam mal, despedir o "xiço"(moço de recados) e subir ao preço das batatas.
Como saír da crise?
Como pôr o país a seguir em frente?
Basta olhar para trás, e verificar quando em democracia porque progrediu o país.
Saímos duma noite bem escura onde as liberdades não existiam em 1974; Que se passou a seguir?
De país de emigração passamos a receber emigrantes.
O analfabetismo, a pobreza, foram desaparecendo, dando lugar a bem estar, viagens, saúde, etc.
Aqui chegados acho que ainda estaremos todos de acordo.
Porque foi isso possível?
Porque havia estabilidade no emprego; a saúde era garantida por um SNS; o ensino público era gratuito.
Os índices sociais tiveram uma melhoria que nos punha ao lado de toda a Europa, quando poucos anos atrás essa comparação era vergonhosa para nós.
Então acho que poderiamos estar todos de acordo, que estes dados terão que ser repostos.
Alto aí e pára o baile. Aqui já muitos discordam dizendo que não havendo dinheiro isso não é possível.
Ok. Também concordo.
Então vamos lá a ver por onde anda a "massa" para resolver o nosso problema.
E aqui meus amigos separamo-nos definitivamente.
Sabendo todos onde está o dinheirinho, há uns que acham que não se deve tocar nos bolsos de alguns(bem poucos) para resolver o problema de muitos.
Serão os ricos que acham isso? também mas não só.
A sua claque de apoio divide-se em vários grupos. a saber:
1-Os realmente ricos
2-Os que esperam obter um tacho dos ricos
3-Os que nem acham nem deixam de achar porque já alguém achou por eles
4-Os que achando que é isso que o PCP defende, é mau de certeza.
Façamos um exercício bem simples;
O Estado, continuava a ser detentor de empresas chamadas estratégicas, ou seja as que são essenciais para a nossa independência, como por ex. a energia(eléctricidade, petróleo) e a água.
Temos que estar de acordo nisto porque se aceitamos comprar submarinos por uma questão de soberania, não poderemos aceitar que alguém(um accionista qualquer), nos corte a energia paralisando o país, ou nos retire a água(bem essencial para a vida).
Pois bem, se o Estado detivesse estes bens(e só estes) a crise ia ás malvas.
Será que não nos podemos pôr de acordo????
Ou será que inventamos algo para justificar a desgraça de tantos portugueses?
Seremos tão maldosos assim??????

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