17.3.10

1923





Fome & fartura

Nestes dias de (diz-se) crise, e em que nunca como hoje um Governo conjugou tantas vezes o verbo diminuir (diminuir o Rendimento Mínimo, diminuir o subsídio desemprego, diminuir o Complemento Solidário para Idosos, diminuir os apoios aos deficientes, diminuir as pensões, diminuir os salários, diminuir as deduções com a saúde e educação...), é reconfortante saber que alguma coisa cresce, e não apenas a revolta e os lucros da banca e das "empresas do regime".

Congratulemo-nos, pois, por os gestores da PT terem, em 2009, recebido 7 milhões em salários e "prémios" e por, desses 7 milhões, 1,533 terem cabido ao meritório "boy" Rui Pedro Soares (que bem os mereceu pelo esforço com que se terá dedicado a levar a TVI ao bom caminho). E por também a REN ter contemplado outro dos arguidos da "Face oculta", José Penedos, com 243 750 euros de "bónus", mais um salário de quase 27 mil euros por mês, o que dá qualquer coisa como meio milhão e picos. Com efeito, como profetizou há meio século Cesariny, "afinal o que importa não é haver gente com fome/porque assim como assim ainda há muita gente que come".

1 comentário:

Anónimo disse...

Crise é só para alguns... não chega a todos nem a todas.

Em Matosinhos a crise não chega a alguns funcionários camarários.

Eles têm carros com motorista privativo, têm telemóvel pago pelos Matosinhenses, cartão de crédito, almoços e jantares pagos com dinheiro dos munícipes... e ainda...

... direito a festas privadas...

Chamam a isto crise... não brinquem comigo... crise é ter que trabalhar no duro para pagar os empréstimos com o carro, casa, etc...

Atentem no projecto de FDO para Cabanelas - Lavra. Chamam a esse projecto crise?? Não brinquem comigo quando é sabido que a Olga Maia vai receber um dos apartamentos gratuitamente...

Isto é que é a verdadeira crise! Mas é só para alguns!!!