Boas notícias do PEC
Depois de uma reunião extraordinária de Conselho de Ministros, que durou três horas, Teixeira dos Santos deu aos do costume, que começavam a ficar injustificadamente preocupados, boas notícias do PEC: a tributação das mais-valias mobiliárias fica, afinal, só para "quando a conjuntura económica melhorar".
Entretanto, para que a conjuntura económica melhore e o Governo possa, como é sua firme intenção, tributar finalmente os lucros da especulação bolsista, Teixeira dos Santos confirmou as mexidas no subsídio de desemprego, que poderá ser inferior ao salário mínimo nacional de modo a estimular os desempregados, gente preguiçosa, a trabalhar (trabalhar onde é que o ministro não disse), os cortes nas prestações sociais e nas deduções fiscais com a saúde e a educação e a redução dos salários reais da função pública (que se repercutirão depois na generalidade dos salários), tudo medidas para não "pedir aos mais pobres e carenciados que paguem a consolidação orçamental, deixando os cidadãos de rendimentos mais elevados descansados". Em resumo, os pobres ficarão ainda mais pobres mas é com boa intenção.
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