A questão dos vencimentos e prémios dos gestores das empresas públicas e das empresas em cujo capital o Estado tem uma participação pode e deve ser discutida politicamente.
E também das empresas, seja qual for a sua natureza jurídica, que prestam serviços essenciais de interesse público, que exploram recursos naturais ou os transportam, laboram ou comercializam, em regime de monopólio ou quase monopólio.
Os vencimentos e prémios dos gestores saem do resultado da exploração dessas empresas; ou do endividamento que para esse fim criam.
E portanto são repercutidos nos preços dos serviços que prestam e bens que comercializam.
Quer isto dizer que é o «utente» que, indirectamente paga esses vencimentos e prémios.
Portanto, quando uma empresa os paga, e paga em valores desmesurados, está a encarecer os custos dos bens e serviços em que negoceia.
Daí resultam por um lado o aumento do custo de produção das empresas, com a sua consequente debilidade económica - sobretudos as pequenas e médias - a degradação da economia e o consequente aumento do desemprego.
E o agravamento das condições de vida das classes mais desfavorecidas.
Portanto, quem paga os vencimentos e prémios excessivos são os do costume.
Há quem se diga socialista, se afirme de esquerda, e conviva e defenda isto.
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