A "excepção"
Foi decidido ontem ao almoço: na votação dos projectos de lei sobre o casamento homossexual em debate na AR, os deputados do PS não serão livres de votar de acordo com o que pensam, tendo que votar de acordo com o que pensa o secretário-geral do partido.
Assim, irão votar o fim da discriminação dos homossexuais quanto ao casamento mas votarão, ao mesmo tempo, a sua discriminação no que toca à adopção, pois há que assegurar o equilíbrio do défice discriminatório, compensando a despesa eleitoral à direita do fim de uma discriminação com a receita da criação de uma outra. Haverá, no entanto, "excepções". Uma delas, segundo o DN, a do deputado Miguel Vale de Almeida, que nas últimas legislativas aceitou colorir as cinzentas listas do PS, avalizando-as junto das comunidades "gays". O respeito intelectual que tenho por Miguel Vale de Almeida e pela sua coragem cívica não me impede de considerar que terá sido excessivamente ingénuo. Se for agora coerente consigo, não se sujeitará à condescendente discriminação que lhe é oferecida em relação aos colegas de bancada heterossexuais que pensam como ele
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