6.1.10

1638


Governo admite isentar utilizadores diários das Scut

Por Andrea Cruz
Autarcas do Litoral Norte, recebidos pelo ministro, consideram encontro "positivo" . Movimentos prometem mais contestação


O ministro das Obras Públicas, António Mendonça, reafirmou que o processo de cobrança virtual nas vias Sem Custos para o Utilizador (Scut) é irreversível em três concessões, Norte Litoral, Grande Porto e Costa de Prata. Num encontro com autarcas de concelhos atravessados pelo Norte Litoral, o ministro não adiantou datas para a aplicação da medida, mas avançou a ideia de isentar do pagamento de portagens os "utilizadores frequentes" das vias como uma das medidas que vão ser tomadas para minimizar o impacto de introdução das portagens.
Os autarcas de Viana do Castelo, Esposende, Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Matosinhos consideraram que o encontro foi "positivo" pela "abertura" manifestada por António Mendonça "para analisar outras soluções", para além da isenção para o "trânsito local" ou da beneficiação de alguns troços da Estrada Nacional (EN) 13, já anunciadas por anteriores titulares da pasta. Em declarações ao PÚBLICO, o autarca socialista de Viana do Castelo, José Maria Costa, adiantou mesmo que o "diálogo" irá ter continuidade com realização de novos encontros com o ministério.
Costa, que lidera a Plataforma do Entendimento, criada por estas cinco autarquias, e que actualmente já integra 15 concelhos que, directa e indirectamente, serão afectados pela intenção do Governo, não apontou datas mas admitiu que decorrerão em breve e onde serão colocadas em cima da mesa "mais soluções" para tentar reduzir "os efeitos lesivos que a medida terá na região".
Apesar das excepções previstas para a A28, o autarca de Vila do Conde, Mário Almeida, prometeu a oposição dos autarcas da região que não se mostram dispostos a aceitar a instalação de portagens. "Entendemos que são lesivas do interesse das populações e do próprio dinamismo empresarial que todos procuramos protagonizar no sentido de melhorar as condições de vida das populações", frisou. Para o recém-constituído movimento Naturalmente... Não às Portagens na A28, as isenções previstas, para além de "insuficientes e avulsas", levantam dúvidas quanto à sua exequibilidade.
"Como se vai definir o que é trânsito local? Pelas matrículas? E se uma pessoa do Alto Minho comprou o automóvel, por exemplo, pelo sistema de leasing e essa viatura está registada noutra cidade, deixa de ser trânsito local?", questionou o porta-voz do movimento, Jorge Passos, adiantando que os protestos terão que continuar. O responsável do movimento, espera reunir-se ainda este mês com as comissões de utentes das três Scut para traçar uma estratégia conjunta. Os protestos poderão passar por um megabuzinão em simultâneo, que se faça ouvir em todos os concelhos que serão afectados.
O PÚBLICO tentou perceber junto do ministério quais são os critérios que estão a ser estudados e a forma de os aplicar, mas foi informado que, de momento, ainda não há nada a anunciar. com Luísa Pinto
PÚBLICO




Nem todos pagarão portagem na A28



2 comentários:

Anónimo disse...

O Ministro não conhece o Programa do Governo de que faz parte e no qual devia ter partcipado em termos de elaboração. Os Presidentes da Câmara, apenas cinco, também não o devem conhecer e só se preocupam com o seu quintal, mostrando a sua qualidade de gestores. Se todos conhecessm o referido Programa não apresentavam propostas tão espatafúrdias. Mas não é por acaso. O engº da Independente pediu que os Presidentes da Câmara do PS apoiassem as medidas do Governo e els aí estão a cumprir o seu papel. O Presidente da Cãmara da Póvoa, do PSD, também está satisfeito porque sempre esteve nessa onda. Mas pode ser que a população os mande dar uma curva, protestando e reclamando pela defesa dos interesses de uma região que está a bater no fundo.
Neste Dia de Reis um Bom Ano para "O Leixão".

Anónimo disse...

O Guilherme Pinto nada fez por nós...


António Melres
Lavra