O Dr. Vital publica hoje no "Público" um texto cuja leitura se recomenda ao Dr. Pinto e a outros autarcas do concelho.
Não quer isto conceder que por avançar uma opinião acertada - lá calha - o Vital se torne menos repelente.
Mas quem, como o Dr. Pinto, tem (ou tinha) por ele elevada consideração, profundo respeito e grande estima não pode deixar de considerar a «lição».
Lembro-me de ver o Dr. Pinto aquando da campanha para as europeias proclamar em directo nas televisões essa veneração, acrescentando até que o Vital foi o melhor professor que teve na faculdade.
Claro que depois dos resultados desastrosos das eleições o Dr. Pinto mudou de opinião e passou a criticá-lo, imputando-lhe até a responsabilidade da desgraça.
Mas isso são peculiaridades do carácter; e o nosso presidente tem esta tendência para esquecer quem admirou e idolatrou, atraiçoar quem o fez e guindou aonde chegou, menosprezar quem antes bajulou.
Vem isto a propósito dos crucifixos nas escolas e da recente decisão do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem nessa matéria, condenando a Itália.
Em Matosinhos a Câmara e as Juntas têm uma tendência errada e incorrecta para misturar a Igreja Católica nas cerimónias públicas.
E, mais, ter presentes os seus símbolos em instalações públicas destinadas a ser utilizadas por todos os cidadãos, sejam ou não cristãos.
Estou-me a lembrar da recente inauguração da Casa Mortuária de Perafita, inaugurada com bênção.
Não se destina a ser utilizada por todos os cidadãos independentemente da sua religião?
E também pelos que não tem religião?
Não é também uma violência impor a todos a presença de crucifixos?
Até mais do que no caso das escolas porque os impõe num momento de particular sofrimento espiritual?
Leia o Vital, Dr. Pinto, leia o Vital!
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