7.6.09

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Gostaria de voltar ao PS?

Sou socialista de coração e alma *, não preciso de cartão. Sou socialista de princípios, cresci assim. Sou muito mais socialista do que outros que têm cartão. Adoraria que Portugal tivesse, em todas as estruturas partidárias, militantes fortes. Lamento é a inexistência de lideranças fortes, de um debate político que não se perdesse em fait-divers. 

* Onde ouvi eu já isto?

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Fátima Felgueiras e José Sócrates foram amigos....

Somos amigos! Eu não perdi nenhum amigo. Tenho amigos dentro do partido em todos os sectores. Não deixarei de ser amiga por não ter cartão. Continuo a ser a mesma pessoa com os meus amigos, tenho a mesma postura, independentemente daquela que é a minha condição de participação activa na vida política.

Tem falado com José Sócrates?
Falo todas as vezes que tenho de falar, com toda a comunicação social a fazer distorções dos momentos em que temos de estar. Naturalmente, José Sócrates é o nosso primeiro-ministro. Há uma relação institucional que nos põe em várias situações... É absolutamente normal.

E a amizade pessoal?
As minhas amizades pessoais mantenho-as e preservo-as, com enorme carinho. Não façamos confusões numa coisa: deixei de ser dirigente nacional do PS. A minha participação na vida político-partidária do PS não existe. 

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Ficou magoada com o PS quando a tentou expulsar?

Reprovo veementemente a atitude de alguns responsáveis do PS, ao tempo que tomaram decisões profundamente erradas e inadmissíveis em relação a Felgueiras e a mim própria - estou a falar de Ferro Rodrigues, de Francisco Assis - que resultaram em atitudes nada coerentes, como se verificou depois na postura em relação a Paulo Pedroso.

Sócrates deu-lhe apoio?
A maioria generalizada do PS, e das pessoas de bem dos diferentes partidos, não se reviu naquilo que foi a atitude do PS e dos outros partidos, de claro aproveitamento perverso de uma situação exclusivamente política que pôs a nu um conjunto de fragilidades da vida política nacional. Foi um processo exclusivamente de ordem política. Hoje, em termos partidários, existe uma postura de muita gente que é movida por interesses e não mede meios para atingir fins. Lançam mão a tudo o que é perverso na vida social e política. 

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O procurador Lopes da Mota é seu amigo. Como tem acompanhado a polémica em torno das alegadas pressões sobre magistrados no caso Freeport?

Não convivo com o procurador Lopes da Mota há muitos anos. Primeiro, porque foi trabalhar para Lisboa, depois para fora do país. Lopes da Mota foi procurador em Felgueiras durante anos, trabalhou comigo e as nossas relações de amizade são de anos. É uma pessoa de uma integridade intocável e acho lamentável tudo o que vai acontecendo. Mas sobre isso não quero falar.

(Como, de que modo e em que matérias  é que um procurador da comarca trabalha com o presidente da Câmara?)


a entrevista no I

1 comentário:

Anónimo disse...

Não se poderá dizer que a Dª Felgueiras exagera ou mente. Pelo que refere o Público, ela até disse que tomara que este governo fosse tão sério como Felgueiras.