Sócrates pode declarar-se progressista e querer governar com Paulo Portas, antineoliberal e negociar com Passos Coelho, keynesiano e não dar nenhuma abébia à esquerda. Já nada disto quer dizer nada.
A missão de José Sócrates é chegar ao dia de amanhã vivo e primeiro ministro. O convite de hoje destina-se a resolver a contradição de ontem; o beco sem saída de amanhã ver-se-à depois como fazer. É angustiante e fascinante e até mesmo aterrador. É como a pessoa que paga as dívidas do cartão de crédito anterior com o novo cartão de crédito e começa a pensar pagar esssas dívidas com o cartão de crédito seguinte.
RUI TAVARES no Público
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