6.5.10

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Acção directa, diz ele

Odeputado Ricardo Rodrigues estava a ser entrevistado na AR pela revista "Sábado" e, não gostando das "perguntas inquisitórias" dos jornalistas sobre certos "azares" (a expressão é do próprio) do seu passado como sócio, procurador e advogado de Débora Raposo, condenada por burla e falsificação de documentos num caso em que a CGD foi defraudada em milhões de euros, não esteve com meias medidas: "tomou posse" dos gravadores dos jornalistas, escapando com eles no bolso das calças para parte parlamentar incerta. "Exerci acção directa", explica o deputado. A coisa só não descambou porque os jornalistas, pelos vistos gente pacata, não optaram também pela "acção directa" eliminando (é o verbo usado no Código Civil) a resistência do deputado ao exercício do seu direito à informação através das vias de facto apropriadas, se necessário "tomando-lhe posse" das calças para recuperar os gravadores. Os deputados da Oposição que se cuidem com as "perguntas inquisitórias" que fazem na Comissão de Inquérito ao caso PT/TVI ou ainda terão que se haver com a tendência do deputado Rodrigues para a "acção directa".



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