25.11.09

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Maldita realidade


Vítor Constâncio é a Pítia do regime. Da sua trípode do Banco de Portugal, anuncia regularmente o lamentável futuro económico do país. Mas das duas uma, ou terá negado os favores a Apolo e pena agora o castigo de ninguém o levar a sério ou inala pneuma a mais (ou, em vez das puras águas de Castália, prefere alguma bebida mais espirituosa) e as profecias saem-lhe furadas.
A verdade é que, com a mesma regularidade com que profetiza, corre no dia seguinte atrás da profecia a corrigi-la. Parece haver, de facto, um conflito insanável entre Vítor Constâncio e a realidade. As previsões do défice que foi fazendo ao longo do ano foram sucessivamente desmentidas pelos factos; e quando, há dias, o Governo anunciou, afinal, um défice de 8%, o mais que, surpreendido, encontrou para dizer foi que "esperava menos". Agora foi o aumento dos impostos. Anteontem, para Constâncio, isso era "necessário"; ontem, Sócrates desmentiu-o; horas depois, Constâncio desmentia que tivesse sugerido tal coisa. Melhor será Constâncio continuar a fazer como no caso BPN, fazer previsões só depois de os factos terem acontecido.

1 comentário:

Anónimo disse...

O sr. Constâncio,tem duas funções;fazer previsões económicas, e fazer supervisão sobre os bancos.
Nas previsões,além de anedótico,é incompetente.
Na supervisão a falha é de tal modo grave que até cheira a concubinato com:BPN,BPA,e o outro banco que nem me lembro como se chama.A fumar cachimbo com o cabelo pintado parece um "zigoto atontado depois de bater nas paredes do útero