“Os presidentes de junta, os militantes e secretários coordenadores mobilizaram-se, fizeram um excelente trabalho. Faltou o envolvimento da sociedade civil, que ficou confundida com a mudança de posições da candidata”, observou Orlando Soares Gaspar, em declarações à Lusa.
A “discrepância” entre as propostas que o PS tinha vindo a defender e as propostas de Elisa Ferreira deixaram o eleitorado “confundido”, alerta Orlando Soares Gaspar, que foi afastado do processo eleitoral após algumas divergências com a escolha da candidata. “À última hora mudou-se tudo. Considero errado que a candidata não tenha assumido as posições que o PS tinha defendido. Nem houve troca de opiniões sobre isso”, criticou o dirigente, referindo-se aos processos do bairro do Aleixo e do Parque da Cidade.
Orlando Soares Gaspar olha para os resultados do concelho do Porto com “muita consternação e pena”, frisando que “mais uma vez, houve uma oportunidade perdida”. “Os resultados foram muito maus. Salvaram-se as juntas de freguesia”, afirmou.
Questionado sobre os culpados do resultado, Orlando Soares Gaspar considera que é preciso analisar alguns dados, nomeadamente aqueles que mostram que o PS teve mais votos nas juntas de freguesias do que na autarquia. “Não houve uma potenciação da candidatura. Houve um problema de origem. Há que fazer um debate interno para perceber claramente o que falhou”, disse.
Soares Gaspar não se mostrou preocupado com as declarações do líder distrital do PS/Porto, Renato Sampaio, que, na sede de candidatura de Elisa Ferreira, admitiu existirem militantes do PS que não apoiaram a candidata “tanto quanto deviam”. “Isso não me preocupa minimamente. Os militantes do Porto é que irão julgar”, frisou.
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