Despesas do município com pessoal aumentaram 5 milhões
INÊS SCHRECK
As despesas com pessoal na Câmara de Matosinhos aumentaram cinco milhões de euros em três anos. O Executivo aprovou as contas de 2008 com os votos a favor do PS e contra do PSD/PP e CDU. A dívida total subiu de 55 para 57 milhões.
Guilherme Pinto, presidente da Câmara de Matosinhos, justifica o crescimento das despesas com pessoal (mais 22%) com a absorção de funcionários dos ex-serviços municipalizados e com a contratação de profissionais para responder ao desafio da "Escola a Tempo Inteiro".
Numa conferência de Imprensa antes da reunião do Executivo que aprovou as contas de 2008, o autarca tentou antecipar as críticas ao documento e disparou em várias frentes. "As despesas com pessoal é o argumento a que se vão agarrar as ignorâncias", previu Guilherme Pinto.
Dos 102 milhões de euros executados (despesa total), 30% referem-se a investimentos, 35% a despesas de funcionamento e 35% a despesas em actividades, analisou o presidente da Câmara. "É uma repartição muito confortável", referiu. O total da receita também aumentou, apesar da quebra acentuada nos impostos indirectos (-52%). Valeram os 8,5 milhões de euros em transferências de capital (fundos comunitários e nacionais), mais 4,8 milhões do que em 2007, mas menos 6 milhões do que em 2006.
Minutos depois de disparar a primeira crítica, Guilherme Pinto voltou a atacar, desta vez, os críticos dos recentes empréstimos à banca. "Mostram ignorância e até má-fé", lamentou. No final, ainda sobre os empréstimos (num total de 32,3 milhões de euros) e sobre as críticas à cedência de terrenos à Administração Central, lamentou que quem diz mal agora se tenha esquecido do que fez no passado. E concluiu, sem chegar a pronunciar o nome do seu antecessor, que "há políticos com alzheimer".
Números são números, mas as interpretações variam consoante a cor política. Enquanto Guilherme Pinto se orgulhou de apresentar, "pelo terceiro ano consecutivo, a maior taxa de execução de sempre", situada nos 82%, Nélson Cardoso, vereador do PSD, diz que neste mandato "não aconteceu nada em Matosinhos" e que a "capacidade de execução da autarquia está a diminuir".
Honório Novo, vereador da CDU, olha para a execução das Grandes Opções do Plano e vê "um investimento directo baixíssimo, inferior a 2007". Pior, realça o comunista, "a Educação, a grande bandeira desta maioria, teve uma execução de 63%, abaixo da média, que se situa nos 65%". Honório Novo não aceita que o discurso da crise - a táctica de Sócrates - sirva para encobrir "metiras". "As receitas correntes comportaram-se de forma aceitável e são a melhor forma de mostrar que os argumentos de Guilherme Pinto para justificar um empréstimo não são verdadeiros", referiu.
Para o PSD, o relatório - o último do mandato - mostra que Matosinhos paralisou. "Continuam a verificar-se as mesmas carências" e a "baixa taxa de execução evidencia as guerras políticas do PS em Matosinhos", diz Nélson Cardoso. Ainda assim, acrescentou, "só o aumento desenfreado" da dívida justifica o voto contra.
no JN
4 comentários:
só Leixão...então os emprestimos não eram superiores!
Esta foto do Pinto é sugestiva... Parece que está a tentar explicar... o inexplicável...
Viva o Narciso
Esta foto do Pinto é sugestiva... Parece que está a tentar explicar... o inexplicável...
Viva o Narciso
CLARO ESCOLA A TEMPO INTEIRO.
Orvalhadas, orvalhadas, orvalhadas.
abra o olhos sr. vereador
abra os olhos sr. Presidente.
Este dá para os dois lados e tem montes e montes de pessoal que não faz nada, porque não lhes dão trabalho e quer sempre e sempre e sempre contratar mais.
Deve ser para justificar a sua direcção, de merda, claro.
O gajo É absolutamente acefalo.
Também fala á boca cheia que ele é que é o vereador e morre de medo que lhe tirem a sua pupila, papoila, a Pombalina, das escolas para a darem á nova amiga dela dos cabelos lisos e compridos.
Que podridão, que gente
Está tudo minado desde o tempo do Barroselas.
Viva a líxivia
Viva a soda cáustica
Viva a limpeza.
cartas na mesa
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