12.12.10

ainda a municipalização













Posso não me ter dado conta, mas à esquerda (do PS) ninguém tem nada a dizer sobre a municipalização dos estádios?
Será que estão de acordo?
Que entendem que é um investimento produtivo, criador de riqueza, gerador de desenvolvimento, bom para o fortalecimento cultural e desportivo dos munícipes?


Ou é melhor não se falar nisso que se podem perder votos?  



3 comentários:

Rui Viana Jorge disse...

Gostei de ver o Leixao entregar de mão beijada o termo esquerda ao PCP e ao BE.
Não sou porta voz do PCP, nem sequer uma voz autorizada, mas como tenho sentido critico poderei ajudar o Leixao a perceber algumas coisas que se passam:
Os ataques e distorções que todos os dias fazem ao PCP, obrigam-no a criar prioridades,de modo a travarmos uma luta consequente, sob pena de se ripostassemos a tudo e todos , 1º corriamos o risco da dispersão e 2º ainda ficavamos ourados de tanto olhar á volta.
Aconselho o Leixao a acompanhar o PCP na sua actividade autarquica que é la que a "bola" vai rolar

leixão disse...

Rui:
Como te terás dado conta, inseri uma pequena alteração no texto, para passarmos a falar de quem está à esquerda do PS.
Poderiamos discutir aqui se o teu partido – e o rancho folclórico – são verdadeiramente de esquerda. Se a sociedade que se propõe constituir é uma sociedade que se mova pelos valores da esquerda. O que nos levaria longe. Começávamos na ditadura do proletariado e acabavamos sei lá aonde.
Se calhar na monarquia hereditária norte-coreana.
Mas, no que aqui me interessa, no combate político que se trava neste país posso considerá-los à esquerda do PS; Digo, à esquerda da política que tem vindo a ser conduzida por esta direcção do PS, por este governo.
Não temos nem tu –creio - nem eu, qualquer dúvida que esta clique socretista governou com o programa, as solução, as políticas e os resultados que uma qualquer direita gostaria de ter tido.
Mais, da direiita neo-liberalpura e dura que por aí campeia.
Penso que aqui sim, nesta matéria, sepatenteia na prática a «morte das ideologias».
A este propósito podemos sempre pensar no exemplo do Alegre.
Como te lembras entrou no PS, em 75, pela direita e para ajudar o dr. Soares a derrotar, como derrotou, a esquerda que havia: Manuel Serra e outros.
Se dermos de barato que o Alegre é um rocghedo ideológico (!!!) e não mudou de lugar, então foi todo o partido que passou para a direita dele, a ponto deele quase ter saído pela esquerda.
E se isto é assim a nível nacional, muito pior é o que se passa a nível local, designadamente em Matosinhos.
Aqui não podemos falar de morte de uma coisa que nunca existiu: a ideologia.
Os narcisos, oe pintos e outros actores ainda menores da política local têm a vantagem de que nunca deixaram a ideologia atrapalhar-lhes o caminho, empeçar-lhes o paço.
O negócio deles é outro: o negócio própriamente dito, a ocupação de cargos para benefício próprio, o nepotismo, o oportunismo, tudo quanto os beneficie ainda que em prejuízo da comunidade e dos concidadãos.
Tenho para mim que esta questão da municipalização dos estádios está nessa linha.
E que é necessário, e função das esquerdas, combatê-lo.
Ao que parece achas que não.
Lá saberás porquê!

Anónimo disse...

Eu penso que sei porque é que o Rui Viana Jorge e o PCP não comentam esta hipótese de municipalização dos estádios. É que estão muito preocupados com a ditadura do proletariado, diga-se que há muitos anos até nos Estatutos abolida, ou na defesa da monarquia hereditária norte-coreana, diga-se que nunca feita. Mas, enfim, insinuações destas ficam bem nem que seja como medalhas para se usar quando der jeito, embora considere que o Leixão não tenha este comportamento e, sinceramente, o digo. Mas desta vez, houve um despropósito, para dizer assim, flagrante.
Quanto à municipalização estamos a falar de notícias que ainda não mereceram a discussão na Assembleia Municipal e que o Plano de Actividades para o próximo ano talvez venha a clarificar. Quem veio agitar as águas foi quem propôs que a Câmara fizesse parte da SAD do Leixões, quem muito pressionou as empresas para contribuirem, quem confundiu Câmara com Leixões e empreiteiros e, mesmo, se intrometeu nas eleições para os corpos directivos do clube.
Este assunto é importante, não pode ser minimizado e, pelo que conheço, não o será pelo PCP, hoje com menor poder de intervenção devido aos Matosinhenses terem embarcado na paixão em detrimento da razão, dado que deixou de estar representado na Câmara.
Não menorizando este assunto, e não menorizo até porque representa uma forma preocupante de se ver Matosinhos, há tanto para discutir, desde a destruição da sua matriz social e económica até ao seu desenvolvimento. E é aqui que devemos encontrar o ponto de partida: Que desenvolvimento para Matosinhos? O PCP e a CDU na preparação das últimas leições autárquicas fizeram cinco, creio que foi este o número, debates tendo na sua génese essa discussão.
Muito foi discutido, muito foi concluido, o Programa o reflectiu.
Mas os Matosinhenses decidiram como decidiram.
Muito longa esta opinião, demasiado para os meus hábitos, mas hoje Leixões e Matosinhos, com interesses muito discutiveis, obrigaram-me a este percurso.
Peço desculpa
Ao Leixão e ao Rui os meus cumprimentos