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Em conferência de imprensa, a CDU considerou hoje "ruinoso" o negócio entre a Câmara de Matosinhos e a Sonae relativo ao direito de superfície do terreno, por metade do valor fixado pela comissão de avaliação. Na reunião do executivo de terça feira foi aprovado, com os votos a favor do PS e do PSD e contra dos vereadores independentes da "Narciso Miranda Matosinhos Sempre", a cedência pela câmara, por direito de superfície durante 25 anos, à Sonae de um lote de terreno municipal de cerca de 4500 metros quadrados. Segundo a CDU, a Sonae, aquando da construção do Colégio Efanor nos terrenos da antiga fábrica com o mesmo nome, teve que ceder uma parcela de terrenos -- segundo o fixado por lei -- à Câmara de Matosinhos, sendo estes destinados à construção de equipamentos sociais. A 02 de outubro de 2008, foi proposta e aprovada em Assembleia Municipal a desafetação destes terrenos do domínio público, cuja Comissão de Avaliação da Câmara de Matosinhos apreçou em 664.550 euros. Os deputados municipais da CDU alertaram, nessa mesma reunião, para o facto desta apresentação à Assembleia Municipal ser apenas "um pró-forma" para se fazer uma hasta pública, que ficaria "deserta" para depois se proceder a "negociação direta" com a empresa. Em hasta pública os terrenos não foram vendidos e agora foram cedidos, por metade do valor fixado, à Sonae, considerando o deputado municipal da CDU João Avelino que "fica claro que aqui havia interesses que estavam escondidos e que hoje estão claros", apelidando de "ruinoso" este negócio para os matosinhenses. A CDU pede agora que este assunto "desça" à discussão em reunião da Assembleia Municipal, apelidando-o de "negócio de gato escondido com rabo de fora". Já na terça feira, os vereadores independentes da Candidatura "Narciso Miranda Matosinhos Sempre" manifestaram o seu voto contra este negócio, considerando que "esta atitude é inaceitável e vai no sentido de beneficiar os mais poderosos e contribuir para um investimento privado com fins lucrativos" para a empresa. "Lamentamos esta prática (...). Assumimos, de forma responsável, construtiva a nossa firme oposição contra esta maioria claramente de direita que só defende os mais privilegiados, constituída pelos eleitos do PS, PSD e CDS", acusaram os deputados independentes. Em declarações à Lusa, o presidente da autarquia Guilherme Pinto explicou que "cedeu um terreno, por 25 anos, para que se construa um pavilhão para ser utilizado a meias com a câmara", considerando que esta "é uma bela parceria em que ganham todos". Segundo o autarca, neste negócio "ganham ambas as entidades", garantindo Guilherme Pinto que o valor de cedência "foi calculado nos termos da lei" e que sairia aos cofres da câmara mais caro "construir um pavilhão gimnodesportivo", sendo este equipamento rentabilizado a 100 por cento, de dia pelos alunos do colégio Efanor e no restante período pelos matosinhenses, coletividades e equipas locais. AQUI (?) |
10.7.10
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1 comentário:
Ora viva.
Isto do dá para aqui, recebes de acolá, não me cheira a coisa boa, a não ser para alguns, senão vejamos:
Dos 664.500€ que tinham sido avaliados, pela Comissão de Avaliação da Câmara Municipal, e aprovados em Assembleia Municipal, que era o valor do terreno, não seria melhor fazer lá o parque público e pegar no dinheiro e arranjar o gimnodesportivo da Senhora da Hora, que já tem actividade, e, é um edifício público e camarário? Matosinhos só ganharia com isso, e a Senhora da Hora também. Mas já estou a ver o "filme", na próxima campanha, já está garantido o apoio do jornal do Sr. Belmiro, ao Sr. Guilherme Pinto, para não andar a dizer mal deste, assim é que é, e, assim vai a política deste país.
Já agora me desculpe mas vou citar um verso de António Aleixo, que não foi dedicado para um fim como este, mas dá para fazer uma interpretação ao caso:
Mas quem, como eu, o conhece,
Sabe que ele infelizmente,
Por Dentro é muito diferente
Do que por fora parece.
Um abraço,
Um Matosinhense atento
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