6.7.10

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Publirevistas
Sempre que vou ao dentista, divirto-me a folhear aquilo a que se convencionou (quem?) chamar revistas cor-de-rosa.
Mais parece um álbum de bacocos.
O paleio, sempre o mesmo, suponho que escrito pelo publi-reporter, versa invariavelmente por:
Estou a atravessar uma nova fase da minha vida:
Quer dizer, que se separou
-          Estou num novo projecto:
Quer dizer que faliu, e anda á procura de quem lhe abra um novo estaminé.
-          Eu e o meu marido temos muita cumplicidade:
Quer dizer que cada um vai para seu lado e o casório está pelas ruas da amargura.
O mais espantoso, e fiquei a saber isso há bem pouco tempo, é que esta parolada paga forte e feio, para ter a fronha lá estampada.
Claro que não aparece lá gente normal, só gente que anda de festa em festa,(com vestidos e jóias emprestadas), gente que anda de cama em cama e torna-se rapidamente conhecida por ser a nova namorada dum Epaminondas qualquer, ou gente que se despe melhor e mais rápido para mostrar o corpinho na publi-revista.
Resumindo:
São publi-revistas, feitas por publi-reporteres, que escrevem publi-artigos, sobre publi-pessoas.
E assim vai Portugal.
Política?????? pfuuuuuuuu que nojo, não há pachorra, diz-me mas é onde vai ser chic este mês que eu preciso esfolar aí algum

ruivianajorge@kanguru.pt

1 comentário:

Um lavrense vivo disse...

Não é de admirar com as chamadas revistas:cor-de- rosa.Há programa televisivo de segunda a sexta, que são a mesma probreza de contiudo,mas que tem audiência,logo serve para dar uma ideia do nivel cultural e civico de alguns Lusitanos, mais não digo por uma questão de respeito...
Um Lavrense atento